#255 Revista Forum Estudante - Abril 2013

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crónica

NOTÍCIAS CNJ em Dublin, Irlanda Três jovens portugueses estiveram em representação do CNJ na Conferência Europeia de Juventude da Presidência da UE Irlandesa, que tratou o tema da Inclusão Social dos Jovens. A Conferência reuniu jovens e ministros da juventude dos 27 Estados membros que, em conjunto, trabalharam recomendações para a Inclusão Social dos Jovens, nas áreas de: emprego, educação, participação, acesso ao estado social, apoios sociais aos jovens, organizações de juventude e qualidade do trabalho socioeducativo com os jovens. Os resultados desta conferência estão disponíveis em http://europa.eu/youth. Este evento faz parte do processo do Diálogo Estruturado que é um processo que promove o debate conjunto entre jovens e decisores públicos sobre as prioridades, implementação e acompanhamento da cooperação europeia no domínio da juventude. É um mecanismo de consulta e auscultação que deve sustentar a política de juventude, quer a nível europeu como nacional. O documento que saiu da Conferência Irlandesa irá estar na base da conceção de uma Resolução do Conselho Europeu sobre Inclusão Social e das Conclusões do Conselho sobre a Qualidade do trabalho socio-educativo dos/para os Jovens no seu desenvolvimento, bem estar e inclusão social. Esta foi pois uma oportunidade para os jovens de toda a Europa poderem influenciar directamente as diretrizes europeias para a política de juventude.

Parcerias para o reconhecimento da aprendizagem não formal As organizações de juventude são os princiais promotores de educação não formal na Europa. Em todo o continente, milhares de organizações de juventude desenvolvem as competências dos jovens, capacitando cidadãos ativos e promovendo a sua empregabilidade. Por conseguinte, é prioritário o reconhecimento formal, político, social e

pessoal da educação não formal, de modo a cumprir os objetivos da agenda ‘Europa 2020’ e a criar uma sociedade europeia baseada no conhecimento. Neste âmbito, o Conselho Nacional de Juventude de Portugal está a realizar um projeto para o desenvolvimento de uma comunidade de práticas em Educação Não Formal no sul da Europa, conjuntamente com 9 Conselhos Nacionais de Juventude de 8 países europeus (Espanha, Itália, Eslovénia, Croácia, Bulgária, Roménia e Grécia). Destacamos o objetivo de reforçar a capacidade dos Conselhos Nacionais de Juventude e das suas organizações-membro através da partilha de boas práticas relacionadas com as metodologias educativas que suportam as estratégias nacionais de formação. O projeto visa promover recomendações de ação de advocacy – nacional e europeia – com base nas necessidades educativas nacionais, bem como promover uma plataforma de e-learning para desenvolver e levar a cabo atividades de formação presenciais e à distância para os membros das bolsas de formadores de todas as organizações parceiras; Através capacitação, da investigação e da advocacy, esta parceria de aprendizagem irá desenvolver uma estratégia integrada para consciencializar acerca da necessidade de se estabelecer uma abordagem holística da educação e formação. Esta, deverá promover o reconhecimento formal, político, social e pessoal da educação não formal, de modo a cumprir os objetivos da agenda ‘Europa 2020’ e a criar uma sociedade europeia baseada no conhecimento.

Dia do Associativismo Jovem No âmbito das comemorações do Dia do Associativismo Jovem, organizadas pelo Instituto Português do Desporto e Juventude, I.P. (IPDJ, I.P.), o CNJ dinamizará as Jornadas “Educação Não Formal como um caminho para a cidadania ativa”, que se realizam nos dias 27 e 28 de abril, na Faculdade de Psicologia e de Ciências de Educação em Coimbra. As inscrições são feitas online e decorrem de 20 março a 14 de abril. Mais informação em: www.cnj.pt

SABIAS QUE... O Conselho de Ministros aprovou um diploma que define as chamadas “legal highs” como uma ameaça para a Saúde Pública? As novas substâncias psicoativas são componentes sintéticos, não regulamentados, disponibilizados em lojas virtuais ou físicas (Smart Shops), com indicação de “ Legal highs” (drogas legais) ou “ not for human consumption” que imitam os efeitos das drogas ilegais (ex. cannabis, ecstasy). O Conselho de Ministros aprovou no passado dia 7 de Março de 2013 um diploma – “que define as novas substâncias psicoativas” como uma ameaça para a saúde pública e que proíbe o desenvolvimento de “qualquer atividade” relacionada com as mesmas, determinando

também o “encerramento de locais utilizados para esses fins (Smart Shops)”. Será proibido «toda e qualquer atividade, continuada ou isolada, de produção, importação, exportação, publicidade, distribuição, detenção, venda ou simples dispensa das novas substâncias psicoativas. (Comunicado do Conselho de Ministros, Março 2013) O Conselho Nacional de Juventude (CNJ) felicita o Governo pela preocupação com a Saúde pública e em particular dos nossos jovens. Ainda assim, recomenda que esta medida legal seja acompanhada por uma estratégia nacional de sensibilização para o perigo inerente ao consumo destas substâncias e para a promoção dos estilos de vida saudáveis junto dos jovens.

Ivo Costa Santos Presidente do CNJ

GERAÇÃO DA REVOLUÇÃO VS GERAÇÃO DA SOLUÇÃO! Em momentos difíceis como os que vivemos, qualquer debate público tem pouco de razão e muito de emoção. Sentimos na pele os sacrifícios a que somos sujeitos, e nasce em nós um sentimento de injustiça e uma vontade de contrariar tudo o que nos condiciona, limita, magoa, tudo o que nos impede de sermos mais, de termos mais apoio, de acedermos àquilo que nos faz felizes, muitas vezes, que nos impede apenas de levar a nossa vida, sem sequer ter o direito de sonhar muito. É por isso, e sem qualquer paternalismo, que é compreensível que não haja, de facto, qualquer debate público, mas apenas uma, ou várias, manifestações. Manifestações do que sentimos, do que vai cá dentro, e cada vez mais, cá fora também, porque muitas vezes precisamos de gritar: “não dá mais”. Mas a manifestação, por fundamental que seja, nem sempre garante solução e alternativa. Podemos dizer que as manifestações são isso mesmo, manifestações, e não têm, nem devem propor alternativas ou soluções. Esse não é o nosso papel, mas sim o papel daqueles que escolhemos, democraticamente, para identificar, propor, implementar e responsabilizarem-se por essas mesmas soluções. Contudo, de cada vez que assim é, e tem sido muito assim, não acrescentamos valor, não apresentamos soluções, não nos envolvemos em alternativas e deixamos por facilidade, displicência, ignorância ou vontade, que outros decidam por nós, restando-nos a manifestação do que não gostamos. É como deixar que outros decidam por nós a refeição, a cozinhem, a apresentem e no fim, ficamos descontentes com o sabor, a textura e o cheiro, e dizemos que não gostamos, sem nos envolvermos na alternativa. Por isso mesmo, a cidadania, o envolvimento de cada um na busca de uma solução, com razão e saber, por difícil que seja, para lá da manifestação e do descrédito e mal dizer, são fundamentais, para que no fim, a nossa vida possa voltar a ter um sabor, uma textura, um cheiro que nos faça sentir felizes, plenos, que no fim, seja novamente possível ter confiança no futuro. Como desafio fica o desejo de deixarmos de ser a geração da revolução e passemos a ser a geração da solução! 22 de Março 2013


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