Lacan, (1972/2003, p. 487) vai mencionar essa volta a mais dizendo: o toro (...) é a estrutura da neurose, na medida em que o desejo, pela repetição indefinidamente enumerável da demanda, pode fechar-se em duas voltas.
Esta volta a mais e a própria ex-sistência do sujeito só podem ser contabilizadas pela intermediação do Outro. Este fato de estrutura cria a exigência lógica de um toro complementar que se encadeia ao primeiro, numa posição determinada em que o buraco central de um dos toros fica ocupado pela espessura do outro e vice-versa. Desta maneira, o círculo do desejo do sujeito vem se constituir no círculo da demanda do Outro. Esta união mostra a relação do sujeito com o Outro da linguagem, como também metaforiza a posição subjetiva do sujeito neurótico.
Vem agora um pouco de topologia
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