Folha do Sul Gaúcho Ed. 870 (13/03/2013)

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Município não paga piso nacional do magistério desde janeiro por Niela Bittencourt O piso nacional do magistério não é pago pelo município desde janeiro de 2013. É o que garante o presidente do Sindicato dos Professores e Funcionários dos Estabelecimentos de Educação Municipal de Bagé, Loi Vaz Lacerda. Segundo explicou, está prevista para esta semana uma reunião com o executivo para acertar uma data em que a categoria volte a receber o valor previsto por lei. No ano passado, isso também ocorreu. Porém porque o valor do salário base foi definido pela União em março. Conforme Lacerda, o pagamento ocorreu naquele mês. Os retroativos referentes a janeiro e fevereiro, porém, foram pagos em seis parcelas. Ele não sabe se uma nova negociação desse tipo ocorrerá. Contudo, ele defende que em 2013 não seria necessário o pagamento do valor a partir de março, já que o reajuste anual ocorreu em janeiro. Ainda de acor-

do com o sindicalista, a informação recebida quanto a situação é de que o município enfrenta dificuldades financeiras para manter a folha dos professores. “Eles não teriam condições de pagar agora”, falou. Também afirmou que foi dito que um estudo ocorrerá para saber a partir de quando isso poderá ser, novamente, a realidade. “Não sabemos como vai ficar, talvez parcelem novamente, mas não havia porque apenas voltar a pagar em março”, ponderou. Lacerda comentou que o piso base hoje é de R$ 783, enquanto o que estava em vigor em 2012 era de R$ 725 – valor que teria sido pago também em janeiro e fevereiro de 2013. A reportagem contatou o prefeito Dudu Colombo, por telefone, e ele afirmou que o pagamento não ocorreu porque o executivo aguardava o indicativo. Ele diz que há um calendário previsto para tratar do assunto.

GERAL

QUARTA-FEIRA 13 de março de 2013

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IGP sepulta sonho de Centro Regional de Perícias em Bagé A vereadora Sônia Leite (PP) participou no último dia 11 em Porto Alegre de uma reunião com a alta cúpula do Instituto Geral de Perícias. E as notícias não são boas. Apesar da luta da parlamentar, pelo teor da conversa, fica evidente que o Estado não irá efetivar a construção do Centro Regional de Perícias em Bagé. Participaram do encontro o diretor do Departamento de Perícias do Interior, Rogério Gomes Saldanha, o chefe da Divisão de Projetos e Convênios do IGP, Jackson Dombrowski, a arquiteta Cíntia Schamm e o chefe de gabinete da Presidência da Assembleia Legislativa, Vanderlan Franck Carvalho. A equipe do IGP informou a Sônia que houve alterações quanto ao regramento para construção de centros regionais de perícias no Estado. O relato é de que a região de Bagé não teria demanda suficiente para a criação de um CRP, tendo em vista que existe uma estrutura regional semelhante em Livramento, inaugurada em 2012. “A alternativa seria a construção de um Posto de Criminalística e de Medicina Legal para atender Bagé, Aceguá, Candiota, Hulha Negra, Dom Pedrito e Lavras do Sul”, revela Sônia. O problema é que não há verba definida, muito menos o local e sequer um perito designado. O terrento destinado ao CRP, na Rua 20

Divulgação

Reunião entre Sônia e representantes do Instituto não termina com final feliz

de Setembro, não serviria mais para a estrutura que poderia ser oferecida. “Esta área tem cerca de 900 metros quadrados e apresenta muitos declives. Seria um custo inviável”, conta a vereadora. A solução seria um local com, no máximo, 300 metros quadrados e que contivesse quatro salas - uma para a Criminalística, outra para a Medicina Legal, um vestiário e um banheiro. Sônia não esconde a frustração com o encontro. Reitera que a verba de R$ 1,1 milhão que havia para o CRP foi perdida. Relembra que tentou a inclusão da obra pelo programa Estratégia

Nacional de Fronteiras (Enafron), o que também não foi possível. Conforme a vereadora, entretanto, os técnicos do IGP alertaram que, sem a designação de um perito, não adianta ter o local. “Nos mostraram um projeto para Vacaria que poderia ser adaptado para Bagé. Infelizmente aqui no município, nós não temos projeto”, lamenta. Sônia vai buscar uma audiência com o diretor geral do IGP, José Cláudio Teixeira Garcia, na próxima semana. “O Estado e o Município, hoje, já descartaram um Centro Regional de Perícias para Bagé”, afirma a parlamentar.


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