EM
MEADOS DE FEVEREIRO
a freqüência à escola
começou a diminuir. E quando março entrou, com as suas imensas cargas dágua, não passavam de doze ou quinze os meninos que compareciam às aulas. O
velho
João
Ricardo
cada
vez
ficava
mais
mal-humorado. E, ao lançar os olhos para os bancos vazios, resmungava ameaçadoramente: —
Que
luxo
é
esse?
Porque
chove
mais
um
pouquinho ninguém sai de casa! Eu acabo tomando medidas rigorosas. Depois, com dois ou três pigarros de asmático, se sentava, repetindo: —
Escola
é
escola!
Não
é
pilhéria,
não
é
brincadeira! Não era por brincadeira que os alunos não iam às aulas, mas pelos obstáculos das enchentes naquela aguda quadra das chuvas. No Norte, a estação das águas, que o povo chama de inverno, apresenta aspectos que vão da alegria ao desespero. É em dezembro que começa a chover. Antes disso o que existe é o inferno do calor que arruína os homens e as coisas.