Portifólio - Flávia Scóz

Estudos para sustentar a forma, 2021 (detalhe)

Portfólio / Flávia Scóz

Risco de queda, 2021.

Vídeo/performance/ vestígio (detalhe): 29x21cm; 13’’.

Sumário CV/bio

04

Danças do a.fundamento

05

Estudo para

05

sustentar a leveza

Estudos para fixar a borda

06

Prae/capitis

07

Estudos para fixar

08

a forma

Risco de queda

10

Catapulta (ou

12

contrapeso) da leveza, 2022

Cair no sono

Risco de queda

13 14

Estudos para sustentar o eu

15

Risco de queda

16

Cuidado – solo

17

instável

Prae/capitis, 2021

Exposições / curadorias / publicações

Flávia Scóz Phone number: Email: Website:

(55) 47 9.996816842 amortecer@gmail.com www.flaviascoz.com.br /

Instagram:

@flaviascoz

bio Artista visual, pesquisadora, editora e mãe. Investiga as coisas que caem, os corpos que se levantam, as bordas, os abismos, os buracos, as escavações, o voo, o peso, a leveza e a gravidade. Atualmente desenvolve pesquisa de doutorado com o tema “Polí tica da queda e do levante nas artes visuais e na literatura” vinculada ao programa de Pós-Graduação em Literatura da UFSC e é membra do corpo editorial da revista outra travessia. É mestre em Literatura (UFSC, 2018) e Bacharel em Artes Visuais, (UDESC, 2013).

Educação / Formação atual - Doutoranda em Literatura - UFSC. 2018 - Mestrado em Literatura - UFSC. 2013 – Bacharelado em Artes Visuais - UDESC.

2022: Risco de Queda; exposição individual; Galeria Municipal de Arte Victor Kursancew, Joinville-SC. 2021: Programa de residência artística Fundação Cultural Badesc, Florianópolis-SC. 2021: 15o Salão Nacional de Artes de Itajaí.

2021”: 17o Salão Nacional de Arte Contemporânea de Guarulhos.

2020: Poema “Fome”. Convidada para colaboração com o projeto “Quinta Maldita – poesia falada”, Florianópolis, SC. 2020: Classificada no edital Elisabeth Anderle 2020, categoria Artes Visuais, prêmio de produção e pesquisa em Artes Visuais, (FCC/SC).

2020: Prêmio Trajetória Cultural Aldir Blanc/SC (categoria artes-visuais).

2019: As quedas de Bas Jan Ader e Donald Crowhurst. Revista Comunitas, UFAC. 2019: Organização e participação do VIII Seminá rio de Pesquisa PPGLit-UFSC: Escrever n(um) espaço latino-americano – silêncios, narrativas e movimentos de resistência. UFSC, Florianópolis, SC. 2019: Organização/participação do IX Seminário PPGLit-UFSC: Natureza e literatura: fundamentos para uma jardinagem errante.

Florianópolis, SC. 2019 - Atual: Membro do corpo editorial da revista outratravessia - PPGLit/UFSC, Florianó polis, SC. 2018: Bas Jan Ader e a poética da queda.

Dissertação de mestrado, Florianópolis, SC. 2018: Exposição Clube do Múltiplo (exposição de “chuva artificial” e curadoria coletiva). Museu Vitor Meirelles, Florianópolis, SC. 2018-2020: Docente dos cursos de Cinema e Audiovisual e Design Gráfico, Unisociesc, Joinville, SC. 2017: Organização da mostra protesto “We Queer Museum”, no Schwules Museum (Museu Gay), Berlin, De.

Flávia Scóz Danças do a.fundamento, 2021 Fotoperfomance, 15x20cm Impressão FineArt, Papel Canson Fhotomat 200g

Estudo para sustentar a leveza, 2021. Fotografia, 30x40cm

Flávia Scóz Estudos para fixar a borda, 2021 Fotoperfomance, 21x21cm Impressão FineArt, Papel Canson Fhotomat 200g

A cabeça se lança para pensar, se projeta à frente do corpo.

Precipitar: prae/capitis – prae, adiante, capitis, cabeça.

Precipitar-se é etimologicamente manter a cabeça à frente. É lançar algo com a cabeça, o pensamento, o corpo. Precipitar é cair, é ceder ao peso da cabeça. Seria o corpo uma forma de habitar o abismo? Lançar-se no abismo seria ir ao encontro de si próprio fora de si? Precipitar não é necessariamente colocar a cabeça à frente, em sentido racional, mas, se tomarmos a cabeça como a parte mais pesada do corpo, é compreender os que se precipitam como aqueles que cedem ao peso do pensamento. É o peso da cabeça que se lança no vazio e conduz o corpo nos giros, piruetas, saltos e também na queda.

Pode-se afirmar que o bailarino ou acrobata ensaia técnicas de precipitação. Precipitar é sinônimo de chover, que metaforicamente implica no cair da nuvem para fora dela mesma. O corpo nuvem pesa sobre si mesmo e se precipita. Da mesma forma, na química, usa-se o termo precipitado para designar um corpo sólido que se forma devido a uma reação.

Uma solução supersaturada é aquela que o peso do corpo-soluç ão igualmente não se suporta em si mesmo, cai, e resta acumulada no fundo, no solo.

Flávia Scóz Prae/capitis, 2021 Fotoperfomance, 15x20cm Impressão FineArt, Papel Canson Rag 200g

Flávia Scóz Estudos para fixar a forma, 2021/22 Desenho /técnica mista: grafite, nanquim, carvão, pastel seco e oleoso, aquarela, guache Dimensões Variadas: Papel canson 200g e Hahnemühle 190g

Risco de queda, 2021.

Livro de artista/ caderno de anotação.

Instalado e detalhes 20 páginas, 20x15cm

Catapulta (ou contrapeso) da leveza, 2022.

Instalação: madeira, tijolos de barro e adesivo; 200x50x50cm.

Cair no sono, 2021/22/ Desenho; Instalação: plástico preto, nylon, gancho, Fita vermelha.

Risco de queda, 2021.

Vídeo/performance/ vestígio: 29x21cm; 13’’.

Estudos para sustentar o eu, 2022.

Instalação: pedra, nylon, neon e adesivo; 800x200x700cm.

Risco de queda, 2020. Desenho: grafite sobre papel. 40x30cm

Texto expositivo: o querer, a queda por Artur de Vargas Giorgi “Já faz algum tempo que Flávia Scóz se dedica a uma pesquisa limite: interrogar as possibilidades da queda, do cair, em seu ponto de máxima tensão, ou seja, em sua iminência, quando um corpo parece concentrar sua força e sua fragilidade ao repousar, precariamente, entre o “ainda não” e o “não mais”. A leveza e mesmo o delicado humor de alguns trabalhos reunidos em Risco de queda contrastam com a gravidade desses exercícios. Isso porque, aqui, a emergência do fenômeno estético sustenta como linha de fuga o questionamento a respeito da existência em comum, ou ainda, das formas da vida ética. Afinal, se somos seres cuja existência é marcada pela ambivalência entre natureza e cultura, corpo e linguagem, matéria e pensamento; se, nesse sentido, vivemos no limiar entre um estado e outro, e portanto numa sorte de desequilíbrio contínuo; se estar “entre a queda e o levante”, como diz a artista, é a nossa condição mais própria, condição que potencializa as maiores oportunidades, assim como os impasses individuais e coletivos mais rigorosos; enfim, se este é o caso, então não se trata apenas de reivindicar esse risco, mas de transformá-lo em princípio operatório, e mais que isso, de insistir na força disruptiva dessa operação.

Carregados de intensidade, de sentidos, os acontecimentos que vemos aqui são uma aposta: eles modulam de diferentes maneiras o desejo de um mundo possível. Essa é a proposição que parece estar cifrada nesta exposição. Nas palavras de Flávia Scóz, “apesar da distância do solo e da engenharia edificante do antropoceno, ‘tudo cai’. Mas é através dessa queda, em um lapso de tempo, quando também flutuamos, que realizamos o sonho do voo e da leveza”. https://cosmosecontexto.org.br/o-querer-aqueda-notas-sobre-a-exposicao-individual-de-flavia-scoz-na-casa-da-cultura-dejoinville/

Cuidado – solo instável, 2022. Instalação (projeto) Cavalete de poliuretano e adesivo vinílico