27 28 JUN Allegro
Vivace
FORTISSIMO Nยบ 11 / 2019
Ministério da Cidadania e Governo de Minas Gerais A P R E S E N TA M
Allegro
27/06
Vivace
28/06
ENRIQUE ARTURO DIEMECKE, REGENTE CONVIDADO JEAN-LOUIS STEUERMAN, PIANO
PROGRAMA
JOÃO GUILHERME RIPPER Fantasia Tarumã
FELIX MENDELSSOHN Concerto para piano nº 1 em sol menor, op. 25
Molto allegro con fuoco
Andante
Presto – Molto allegro e vivace
I N T E R VA L O
ALEKSANDR BORODIN Sinfonia nº 2 em si menor
Allegro
Scherzo – Prestissimo
Andante
Finale: Allegro
CAROS AMIGOS E AMIGAS, Dois consagrados artistas se apresen-
Enrique Arturo Diemecke, o programa
tam com a Filarmônica no programa
tem também a mais conhecida das
de hoje, unindo talento e experiência.
sinfonias do russo Borodin, com a força
Eles trazem pela primeira vez a
dramática, riqueza melódica e colorida
BH a Fantasia Tarumã, do prolífico
orquestração que a caracterizam.
compositor carioca João Guilherme Ripper, e revisitam um dos con-
Uma noite envolvente e revigorante,
certos mais alegres do repertório
certamente um deleite para todos.
pianístico, o Primeiro Concerto para piano de Mendelssohn.
Tenham um ótimo concerto.
Pelas mãos do regente titular da Filar-
FOTO: BRUNA BRANDÃO
mônica de Buenos Aires, o mexicano
FA B I O M E C H E T T I
FABIO MECHETTI DIRETOR ARTÍSTICO E REGENTE TITULAR
Diretor Artístico e Regente Titular
sua estreia no Carnegie Hall de Nova
da Orquestra Filarmônica de Minas
York conduzindo a Sinfônica de Nova
Gerais desde sua criação, em 2008,
Jersey. Continua dirigindo inúmeras
Fabio Mechetti posicionou a orques-
orquestras norte-americanas e é
tra mineira no cenário mundial da
convidado frequente dos festivais
música erudita. Além dos prêmios
de verão norte-americanos, entre
conquistados, levou a Filarmônica
eles os de Grant Park em Chicago
a quinze capitais brasileiras, a uma
e Chautauqua em Nova York.
turnê pela Argentina e Uruguai e realizou a gravação de nove álbuns,
Igualmente aclamado como regente
sendo quatro para o selo interna-
de ópera, estreou nos Estados Unidos
cional Naxos. Natural de São Paulo,
dirigindo a Ópera de Washington. No
Mechetti serviu recentemente como
seu repertório destacam-se produções
Regente Principal da Filarmônica
de Tosca, Turandot, Carmem, Don
da Malásia, tornando-se o primeiro
Giovanni, Così fan tutte, La Bohème,
regente brasileiro a ser titular de
Madame Butterfly, O barbeiro de
uma orquestra asiática.
Sevilha, La Traviata e Otello.
Nos Estados Unidos, Mechetti
Suas apresentações se estendem
esteve quatorze anos à frente da
ao Canadá, Costa Rica, Dinamarca,
Orquestra Sinfônica de Jacksonville
Escócia, Espanha, Finlândia, Itá-
e, atualmente, é seu Regente Titular
lia, Japão, México, Nova Zelândia,
Emérito. Foi também Regente Titular
Suécia e Venezuela. No Brasil,
das sin-fônicas de Syracuse e de
regeu todas as importantes orques-
Spokane, da qual hoje é Regente Emé-
tras brasileiras.
rito. Regente Associado de Mstislav Rostropovich na Orquestra Sinfônica
Fabio Mechetti é Mestre em Regência
Nacional de Washington, com ela
e em Composição pela Juilliard
dirigiu concertos no Kennedy Center
School de Nova York e vencedor do
e no Capitólio. Da Sinfônica de San
Concurso Internacional de Regência
Diego, foi Regente Residente. Fez
Nicolai Malko, da Dinamarca.
ENRIQUE ARTURO DIEMECKE
suas obras executadas nos Estados Unidos, Europa e América do Sul. Dirigiu a Orquestra Sinfônica Nacional do México por vinte anos e teve a gra-
Enrique Arturo Diemecke é Diretor
vação de concertos de Carlos Chávez
Artístico do Teatro Colón de Buenos
indicada ao Grammy Latino. O CD com
Aires. Está em sua décima segunda
obras de Revueltas, Chávez e Moncayo
temporada como Diretor Artístico da
deu ao maestro e à orquestra o Golden
Filarmônica de Buenos Aires e em
Record Award. Também foi indicada
sua vigésima oitava temporada como
ao Grammy sua gravação da Primeira
Diretor Artístico da Flint Symphony,
Sinfonia de Mahler, versão 1896, com
em Michigan.
a Flint Symphony. Recebeu medalha da Sociedade Mahler pela direção das
O mais importante regente mexicano de
sinfonias completas do compositor.
sua geração, Diemecke tem uma carreira internacional que envolve gravações,
Nascido em uma família de músicos,
concertos e ópera. Sua regência equilibra
Enrique Arturo Diemecke estudou vio-
paixão, intelecto e técnica; calor, pulso e
lino com o lendário Henryk Szeryng.
espontaneidade são suas marcas. Para
Aos nove anos incluiu trompa, piano e
o The New York Times, um regente de
percussão à sua formação. Estudou na
“ferocidade e autoridade”.
Universidade Católica de Washington e recebeu bolsa de estudos para a Pierre
Diemecke regeu orquestras em todo
Monteux School for Advanced Conduc-
o mundo, entre elas as sinfônicas de
tors, onde foi aluno de Charles Bruck.
San Francisco, da BBC, de Queensland, de Porto Rico, de Baltimore; Orquestra Nacional da França, de Washington, da Rússia, de Montpellier; Orquestra de Paris, Filarmônica Real, Orquestra Simón Bolivar; filarmônicas de Los Angeles, Varsóvia e Bogotá. Experiente condutor de ópera, foi Diretor Musical da Ópera de Bellas Artes do México e é convidado regular do Teatro de óperas lhe renderam importantes prêmios. Compositor e arranjador, teve
FOTO: MÁXIMO PARPAGNOLI
Zarzuela de Madri. Suas gravações
JEAN-LOUIS STEUERMAN Baltimore Symphony e Indianapolis O pianista Jean-Louis Steuerman
Symphony Orchestra. Foi solista com
ganhou grande reconhecimento como
a Filarmônica de Minas Gerais em
solista e recitalista internacional depois
2010 e 2015.
de conquistar, em 1972, o segundo lugar no Concurso Johann Sebastian
O pianista fez grandes turnês na Europa,
Bach, em Leipzig.
América do Norte e Japão, apresentando-se nas principais séries de reci-
Steuerman se apresentou como solista
tais. Como camerista, tem tocado com
com a London Symphony sob regên-
alguns dos mais renomados músicos
cia de Claudio Abbado, com a Royal
internacionais.
Philharmonic sob a batuta de Lord Menuhin e Vladimir Ashkenazy (com
Suas gravações para a Philips Classics
quem tocou o Concerto de Britten no
incluem a obra para piano solo de
Festival de Atenas). Jean-Louis debutou
Scriabin, a obra completa de Men-
nos Concertos Promenade BBC in 1985
delssohn para piano e orquestra com
com grande sucesso de crítica, tocando
a Moscow Chamber Orchestra, os
o Concerto em ré menor de Bach com
concertos para piano de Bach com
a Polish Chamber Orchestra. Também
a Chamber Orchestra of Europe e as
subiu ao palco com a English Chamber,
Seis Partitas de Bach, gravação que
Hallé, Royal Liverpool Philharmonic, City
lhe rendeu o prestigioso Diapason d'Or.
of Birmingham Symphony Orchestra e a Bournemouth Sinfonietta. Jean-Louis Steuerman esteve em concertos com a Orquestra do Gewandhaus Leipzig com Kurt Masur, Basel Symphony com Heinz Holliger, Helsinki Philharmonic (Tippett Piano Concerto), Zurich Tonhalle, Berlin Symphony, Nouvel Orchestre Philharmonique, a Orchestra Sinfonica di Milano, Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, Dallas Symphony, Seattle Symphony,
FOTO: DUSAN MADIC
Petrobras Sinfônica, Sinfônica Brasileira,
João Guilherme
RIPPER R I O D E JA N E I RO , B R A S I L , 1 9 59
Atual presidente da Academia Brasileira de Música, João Guilherme Ripper é, sem dúvida, um dos mais ativos e versáteis músicos de sua geração. Autor de inúmeras obras encomendadas para os principais grupos sinfônicos do país, Ripper é um ativo professor de composição, além de destacado gestor cultural. Entre 1999 e 2003, liderou a Escola de Música da Universidade Federal do I N S T R U M E N TA Ç Ã O
Piccolo, 2 flautas, 2 oboés, 2 clarinetes, 2 fagotes, contrafagote, 4 trompas, 2 trompetes, 3 trombones, tímpanos, percussão, cordas.
Rio de Janeiro (UFRJ). Entre 2004 e 2015, dirigiu a reputada Sala Cecília Meireles e presidiu a Fundação Theatro Municipal do Rio de Janeiro de meados de 2015 a começo de 2017. Nesse mesmo ano, recebeu o Prêmio Especial pelo Conjunto da Obra da Associação Paulista de Críticos de Artes, como reconhecimento à sua abrangente e influente atuação no cenário da música
EDITORA
Academia Brasileira de Música PA R A O U V I R
CD Desvelo – João Guilherme Ripper – Tons e Sons/UFRJ TS9810 – 1998
de concerto brasileira. Em 1979, Ripper ingressou na Escola de Música da UFRJ, onde estudou com Henrique Morelenbaum, Ronaldo Miranda e Roberto Duarte. Em 1988, tornou-se professor de composição, harmonia e análise dessa mesma instituição. Mais tarde, sob orientação do violinista e
PA R A A S S I S T I R
Orquestra Filarmônica de Goiás – Neil Thomson, regente – Jean-Louis Steuerman, piano Acesse: fil.mg/rtaruma
compositor Helmut Braunlich e da musicóloga Emma Garmendia, doutorou-se em composição musical pela The Catholic University of America, Washington D.C. Sua obra, vasta e diversificada, é predominantemente politonal e revela um interesse particular pelos gêneros
PA R A L E R
Vasco Mariz — História da Música no Brasil — Nova Fronteira — 2005
dramáticos, como a ópera, e por peças concertantes.
Primeira apresentação com a Filarmônica
Fantasia Tarumã 2018
13 MINUTOS
Obras como Jogos Sinfônicos — enco-
entre motivos mais curtos e rítmi-
menda da Filarmônica de Minas Gerais
cos e episódios mais melodiosos e
de 2015 — evidenciam ainda o interesse
atmosféricos sugere, de acordo com o
do compositor pelo esporte e pelas
compositor, “os cantos dos pássaros e
relações entre o músico e o atleta,
a imensidão do Amazonas”, ao mesmo
relação que se dá tanto no campo
tempo que provocam no ouvinte uma
metafórico, quanto em sua vida, uma
sensação ora de contração, ora de
vez que Ripper frequentemente atrela
distensão temporal. Definida pelo
sua criatividade musical às atividades
compositor como “um painel musical”,
esportivas que permeiam seu cotidiano.
a Fantasia reverbera os modelos
É desse encontro de universos que
dramáticos da ópera Kawah Ijen e da
nasce a Fantasia Tarumã. Praticante
cantata Icamiabas, compostas logo
de remo em pé, Ripper aprecia remar
antes, e combina a encomenda da
em lugares inusitados. Foi assim que,
Orquestra Filarmônica de Goiás com
em maio de 2018, quando esteve em
um desejo antigo do compositor de
Manaus para a estreia de sua ópera
compor uma obra para seu amigo
Kawah Ijen, teve a oportunidade de
Jean-Louis Steuerman. A Fantasia
conhecer a Lagoa do Tarumã, um
Tarumã para piano e cordas foi estreada
remanso do Rio Negro. O espaço,
em 11 de outubro de 2018, no Teatro
sonoramente estimulante, com seus
Goiânia, pela Filarmônica de Goiás
pássaros canoros e vegetação far-
sob a regência de Neil Thompson e
falhante, serviu de inspiração para a
solo de Steuerman.
composição da fantasia homônima, uma rapsódia recheada de episódios
IGOR REYNER
Pianista,
de caráter variado que estimulam o
Mestre em Música pela Universidade
constante diálogo entre o pianista
Federal de Minas Gerais e Doutor em
solista e a orquestra. A oscilação
Literatura pelo King’s College London.
Felix
MENDELSSOHN HAMBURGO, ALEMANHA, 1809
LEIPZIG, ALEMANHA, 1847
Mendelssohn morreu jovem. Era belo, inteligente, culto e rico; teve uma vida feliz. Excelente pianista, compositor e regente, era admirado por Goethe, Schumann e Wagner. Amava a música alemã do século XVIII e seu gosto refinado pendia mais para o passado do que para I N S T R U M E N TA Ç Ã O
o futuro. Aclamado em vida por toda a Europa, descobriu
2 flautas, 2 oboés, 2 clarinetes, 2 fagotes, 2 trompas, 2 trompetes, tímpanos, cordas.
e divulgou, para o mundo, a música de Johann Sebastian
EDITORA
Breitkopf & Härtel
Bach e fundou, em 1843, o Conservatório de Leipzig. Em 1835, quando assumiu a direção da Gewandhausorchester Leipzig, foi o responsável pela introdução da moderna colocação da orquestra no palco, com o
PA R A O U V I R
regente de costas para o público e os instrumentistas
CD Mendelssohn — Piano concertos nos. 1&2; Violin concerto — Philadelphia Orchestra; Columbia Symphony Orchestra — Eugene Ormandy, regente — Rudolf Serkin, piano — Isaac Stern, violino — Sony Essential Classics – 1991
à sua volta, em semicírculo. Antes de Mendelssohn, o regente ficava no meio da orquestra, de frente para o público. Alguns dos instrumentistas ficavam de costas para o público, para enxergarem o regente que, por sua vez, não conseguia enxergar todos os músicos. Tal tradição remetia ao século XVIII, quando o cravista ou o primeiro violino, de algum ponto no meio da orquestra, conduzia o conjunto. Na posição introduzida por Mendelssohn, com os instrumentistas de frente para o
PA R A A S S I S T I R
Verbier Festival Orchestra — Kurt Masur, regente — Yuja Wang, piano Acesse: fil.mg/mpiano1
público, a projeção do som foi um ganho definitivo. E o regente conseguiu, finalmente, ver e ser visto por todos. Mendelssohn nunca foi um criador moderno. Seu gosto musical era calcado no estilo de seus antecessores,
PA R A L E R
François-René Tranchefort — Guia da Música Sinfônica — Nova Fronteira – 1990
especialmente J. S. Bach, Mozart e Beethoven. Mas, para
Concerto para piano nº 1 em sol menor, op. 25 1831
Última apresentação: 24 de agosto / 2010 Roberto Minczuk, regente convidado Jean-Louis Steuerman, piano
21 MINUTOS
ser um continuador de Beethoven,
grandiosos, ora singelos, que se colo-
era necessário muito mais coragem
cam como uma antítese do concerto
do que supunham seus opositores.
beethoveniano. Em Mendelssohn, o
Apesar de sua grande afinidade com
piano retoma o papel do protago-
o mestre, Mendelssohn precisava se
nista que possuía em Mozart. Mas,
firmar como um compositor de sinfo-
enquanto em Mozart a orquestra
nias e concertos pós-beethoveniano.
funciona como um espelho psicológico,
O fato de ter tentado impor-se nos
em Mendelssohn o piano não deixa
gêneros em que Beethoven obteve mais
muito espaço para que a orquestra
sucesso demonstra uma personalidade
tenha esse papel. O virtuosismo de
segura e corajosa, personalidade que
sua escrita chega a superar o de
os críticos da época, inebriados pelas
Beethoven, em alguns momentos.
conquistas dos modernos, relutavam
O Concerto para piano nº 1 foi para
em enxergar.
Mendelssohn uma tentativa de se opor ao estilo heroico de Beethoven.
Quando Mendelssohn compôs seu
Não foi fácil compor um concerto
Concerto para piano e orquestra nº 1,
na Alemanha pós-Beethoven, mas
Beethoven morrera havia apenas quatro
Mendelssohn foi bem-sucedido e
anos. A condensação da forma talvez
a obra continua entre os concertos
tenha sido o ponto de partida que Men-
mais amados pelos pianistas.
delssohn encontrou para estabelecer uma maneira de compor diferente de Beethoven. Em Mendelssohn, os três
GUILHERME
movimentos do Concerto para piano nº 1
NASCIMENTO
são condensados em um único movi-
Doutor em Música pela Unicamp,
mento. Numa primeira audição, movi-
professor na Escola de Música da UEMG,
mentos interligados podem funcionar
autor dos livros Os sapatos floridos
como uma coleção de momentos ora
não voam e Música menor.
Compositor,
Aleksandr
BORODIN SÃO PE TERSBURGO, RÚSSIA, 1833
1887
O movimento musical nacionalista russo conseguiu força decisiva por volta de 1862, com a formação do Grupo dos Cinco. Curiosamente, todos os seus integrantes dedicaram-se de maneira muito irregular à música, mantendo outras atividades profissionais. Aleksandr Borodin sempre se considerou químico de profissão. E foi por seus feitos científicos — e não pelos musicais — que o governo soviético erigiu uma estátua em sua homenagem. I N S T R U M E N TA Ç Ã O
Piccolo, 3 flautas, 2 oboés, 2 clarinetes, 2 fagotes, 4 trompas, 2 trompetes, 3 trombones, tuba, tímpanos, percussão, harpa, cordas.
O folclore de colorido semioriental da região do Cáucaso marcou profundamente a sensibilidade do compositor. A amizade com Mussorgsky (músico de inspiração intrinsecamente russa) e o casamento com a pianista Ekaterina Protopopova (grande intérprete de Chopin,
EDITORA
Schumann e Liszt) foram fatores decisivos para o ama-
Kalmus Reimpressão: Bessel
durecimento de seu estilo. Borodin soube conciliar a
PA R A O U V I R
CD Borodin – Symphonies Nos. 1-3 – Seattle Symphony – Gerard Schwarz, regente – Naxos Historical – 1995 PA R A A S S I S T I R
Royal Concertgebouw Orchestra – Karel Mark Chichon, regente Acesse: fil.mg/bsinf2
tradição musical da antiga Rússia com as novidades do Romantismo ocidental. O reconhecimento internacional chegou-lhe, em 1880, pelas mãos de Liszt, que dirigiu a Sinfonia nº 2 em Baden-Baden. No primeiro movimento (Allegro), um vigoroso motivo inicial, em uníssono, serve de introdução e constitui a primeira parte do tema principal. A segunda metade surge no registro superior, em terças. O caráter russo dessa melodia domina todo o movimento, desenvolvido em tessituras e ritmos diversos. O segundo tema, contrastante, apresenta melodia encantadora, baseada em uma escala de cinco notas que aparece primeiramente
PA R A L E R
Ralph Hill – Sinfonia – Editora Ulisseia – 1959
Última apresentação: 25 de novembro / 2014 Fabio Mechetti, regente
Sinfonia nº 2 em si menor 1 8 6 9/ 1 8 7 5
33 MINUTOS
nos violoncelos. Na sequência, os
em sua métrica. O colorido orquestral
dois temas se alternam. O motivo
parece feito de mosaicos encantadores,
inicial, porém, será sempre o mais
com vários fragmentos temáticos.
valorizado – no desenvolvimento, os
A trompa, como um eco longínquo,
trombones e a tuba o conduzem a
conclui o movimento.
uma espécie de stretto sobre uma longa nota dos metais; no final, três
O grande Allegro final possui dois temas:
acordes fortíssimos o anunciam mais
o primeiro é proclamado pela flauta no
dilatado e prolongado.
registro agudo; depois, pelo clarinete e pelo oboé. O segundo tema possui
O Scherzo: prestissimo inicia-se com
melodia cantabile, anunciada por um
um acorde violento. O primeiro tema
solo de clarinete. A Sinfonia termina
tem desenho ascendente e serve de
com uma coda muito condensada,
refrão. Uma seção em allegretto (Ré
mas notável pela síntese dos temas
maior) funciona como o Trio central:
principais. A animação fervilhante
com um toque oriental, sua melodia
desse final evoca as danças festivas
se extingue num agradável efeito de
de legendários guerreiros medievais
diluição sonora. Repete-se então o
russos comemorando a vitória junto
prestissimo, enriquecido com novos
ao tumulto da alegre multidão.
desenvolvimentos das ideias temáticas. O andamento termina com um longo acorde de clarinete e trompa, dimi-
PA U L O S É R G I O
nuindo até tornar-se quase inaudível.
MALHEIROS DOS SANTOS
Pianista, Doutor em Letras, professor na O Andante seguinte (Ré bemol maior)
UEMG, autor dos livros Músico, doce
tem caráter rapsódico. O clarinete cria
músico e O grão perfumado – Mário
uma ambientação nostálgica para a
de Andrade e a arte do inacabado.
trompa que, acompanhada pela harpa,
Apresenta o programa semanal Recitais
entoa longa melodia, bela e irregular
Brasileiros, pela Rádio Inconfidência.
APROVEITE A NOITE PARA JANTAR EM UM DE NOSSOS RESTAURANTES PARCEIROS
FOTO: DAEN JAKUBVAN DZ IU BE BAK ERS——UNS UNS PL PL AS AS HH
Confira os benefícios para o público da Filarmônica
Rua Rio Grande do Sul, 1236 — Santo Agostinho Tel: 2525-6092
ASSINANTES E PÚBLICO DO DIA:
válido para a data do concerto • Uma taça de vinho da casa ou uma trilogia de brusquetas PROGRAMA AMIGOS:
válido para a data do concerto • 50% de desconto no segundo prato (de igual ou menor valor)
Rua Curitiba, 2244 — Lourdes — Tel: 3291-1447
PROGRAMA AMIGOS E ASSINANTES:
válido para todos os dias • 15% de desconto para o titular do cartão e acompanhante • uma taça de vinho ou espumante (até R$ 25) ou uma sobremesa • possibilidade de reserva tardia (após 22h15) para mesa de até 4 pessoas PÚBLICO DO DIA:
válido para a data do concerto • 15% de desconto para o portador do ingresso e acompanhante
Necessária a apresentação do cartão de Amigo ou Assinante ou, no caso de público do dia do concerto, a apresentação do ingresso.
ORQUESTRA FILARMÔNICA DE MINAS GERAIS
Diretor Artístico e Regente Titular FABIO MECHETTI Regente Associado MARCOS ARAKAKI
PRIMEIROS VIOLINOS
Mikhail Bugaev
FAGOTES
HARPA
Anthony Flint – Spalla
Nathan Medina
Catherine Carignan *
Clémence Boinot *
Rommel Fernandes –
Victor Morais ***
Spalla associado
VIOLONCELOS
Andrew Huntriss
TECLADOS
Ara Harutyunyan –
Philip Hansen *
Francisco Silva
Ayumi Shigeta *
Spalla assistente
Robson Fonseca ***
Ana Paula Schmidt
Camila Pacífico
TROMPAS
Ana Zivkovic
Camilla Ribeiro
Alma Maria Liebrecht *
GERENTE
Arthur Vieira Terto
Eduardo Swerts
Evgueni Gerassimov ***
Jussan Fernandes
Joanna Bello
Emília Neves
Gustavo Garcia Trindade
Laura Von Atzingen
Lina Radovanovic
José Francisco dos Santos
INSPETORA
Luis Andrés Moncada
Lucas Barros
Lucas Filho
Karolina Lima
Roberta Arruda
William Neres
Fabio Ogata
Rodrigo M. Braga
CONTRABAIXOS
TROMPETES
ASSISTENTE ADMINISTRATIVO
Rodrigo de Oliveira
Nilson Bellotto *
Marlon Humphreys *
Risbleiz Aguiar
Wesley Prates
André Geiger ***
Érico Fonseca **
Rodrigo Bustamante
Marcelo Cunha
Daniel Leal ***
ARQUIVISTA
SEGUNDOS VIOLINOS
Marcos Lemes
Tássio Furtado
Ana Lúcia Kobayashi
Frank Haemmer *
Pablo Guiñez
Hyu-Kyung Jung ***
Rossini Parucci
TROMBONES
ASSISTENTES
Gideôni Loamir
Walace Mariano
Mark John Mulley *
Claudio Starlino
Diego Ribeiro **
Jônatas Reis
Jovana Trifunovic Luka Milanovic
FLAUTAS
Wagner Mayer ***
Martha de Moura
Cássia Lima *
Renato Lisboa
Pacífico
Renata Xavier ***
SUPERVISOR DE MONTAGEM
Matheus Braga
Alexandre Braga
TUBA
Rodrigo Castro
Radmila Bocev
Elena Suchkova
Eleilton Cruz *
Tiago Ellwanger
OBOÉS
TÍMPANOS
Hélio Sardinha
Valentina Gostilovitch
Alexandre Barros *
Patricio Hernández
Klênio Carvalho
Públio Silva ***
Pradenas *
MONTADORES
Rodolfo Toffolo
VIOLAS
Israel Muniz
João Carlos Ferreira *
Maria Fernanda Gonçalves
Roberto Papi ***
PERCUSSÃO Rafael Alberto *
Flávia Motta
CLARINETES
Daniel Lemos ***
Gerry Varona
Marcus Julius Lander *
Sérgio Aluotto
Gilberto Paganini
Jonatas Bueno ***
Werner Silveira
Katarzyna Druzd
Ney Franco
Luciano Gatelli
Alexandre Silva
Marcelo Nébias
* principal
** principal associado
*** principal assistente
INSTITUTO CULTURAL FILARMÔNICA CONSELHO ADMINISTRATIVO
Oscip — Organização da Sociedade Civil de Interesse Público Lei 14.870 / Dez 2003
OS — Organização Social Lei 23.081 / Ago 2018
EQUIPE TÉCNICA
Presidente Emérito
Gerente de Comunicação
Jacques Schwartzman
Merrina Godinho Delgado
Roberto Mário
Conselheiros
Douglas Conrado
Jovem Aprendiz Sunamita Souza
SALA MINAS GERAIS
Gerente de Produção Musical
Gerente Contábil
Claudia da Silva
Graziela Coelho
Guimarães
Angela Gutierrez Arquimedes Brandão
Gerente Administrativofinanceira
Mensageiro
Ana Lúcia Carvalho
Presidente Gonçalves Soares Filho
EQUIPE ADMINISTRATIVA
Berenice Menegale
Assessora de Programação Musical
Bruno Volpini
Gabriela de Souza
Celina Szrvinsk
Gerente de Infraestrutura Renato Bretas
Gerente de Recursos Humanos
Gerente de Operações
Quézia Macedo Silva
Jorge Correia
Fernando de Almeida
Produtor
Analistas Administrativos
Técnicos de Áudio e de Iluminação
Ítalo Gaetani
Luis Otávio Rezende
João Paulo de Oliveira
Diano Carvalho
Paulo Baraldi
Rafael Franca
Cunha Castello Branco
Analistas de Comunicação
Secretária Executiva
Assistente Operacional
Mauricio Freire
Fernando Dornas
Flaviana Mendes
Rodrigo Brandão
Octávio Elísio
Lívia Aguiar
Sérgio Pena
Renata Gibson Renata Romeiro
Assistente Administrativa
FORTISSIMO
Carolina Moraes Santana
Cristiane Reis
Junho nº 11 / 2019
Analista de Marketing e Projetos
Assistente de Recursos Humanos
Godinho Delgado
Lilian Sette
Jessica Nascimento
Edição de texto
Analista de Marketing e Relacionamento
Recepcionistas
Capa Detalhe da foto
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Igarapé Tarumã —
Itamara Kelly
Vivian Figueiredo
Instituto Durango Duarte
Assistente de Produção
Auxiliar Contábil
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Marco Antônio Pepino Marco Antônio Soares da
DIRETORIA EXECUTIVA
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Diretor Presidente Diomar Silveira
Diretor Administrativofinanceiro Joaquim Barreto
Diretor de Comunicação Agenor Carvalho
Berenice Menegale
Pedro Almeida
Rildo Lopez
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Editora Merrina
Auxiliares de Produção
Auxiliar Administrativa Geovana Benicio
André Barbosa
Diretor de Operações Ivar Siewers
Jeferson Silva
Auxiliares de Serviços Gerais Ailda Conceição Rose Mary de Castro
Este programa foi impresso em papel doado pela Resma Papéis.
FOTO: ALEXANDRE REZENDE
NO CONCERTO Cuide da Sala Minas Gerais.
Seja pontual.
Traga seu ingresso ou cartão de assinante.
Não coma ou beba.
Desligue o celular (som e luz).
Deixe para aplaudir ao fim de cada obra.
Não fotografe ou grave em áudio / vídeo.
Se puder, devolva seu programa de concerto.
Faça silêncio e evite tossir.
Evite trazer crianças menores de 8 anos.
PRÓXIMOS CONCERTOS Dia 30 jun, 11h
CLÁSSICOS NA PRAÇA / BETIM
Dia 5 jul
T U R N Ê E S TA D U A L / U B E R A B A
Dia 6 jul
T U R N Ê E S TA D U A L / I T U I U TA B A
Dias 11 e 12 jul, 20h30 Dia 16 jul, 20h30 Dia 20 jul, 18h
PRESTO E VELOCE FILARMÔNICA EM CÂMARA
FORA DE SÉRIE / MÚSICA E PINTURA
Restaurantes parceiros Nos dias de concerto, apresente seu ingresso, cartão de Amigo ou Assinante e obtenha descontos especiais. Saiba mais: fil.mg/restaurantes
Rua Curitiba, 2244
R. Rio de Janeiro, 2076
Rua Pium-í, 229
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Lourdes
Cruzeiro
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Lourdes
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RUA T E N E N T E B R I TO M E LO , 1. 090 — BA R RO PR E TO C E P 3 0 .1 8 0 - 0 7 0
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