Triângulo - 187

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JORNAL REGIONAL TRIÂNGULO | 30 NOVEMBRO 2010 | 9

LOURES

NO MOMENTO EM QUE A FREGUESIA COMEMORA O SEU ANIVERSÁRIO

À ATENÇÃO DO ENGº CARLOS TEIXEIRA

Fortes das Linhas de Torres inaugurados em Bucelas

História de um convite...

Luís Garcia

A Rota Histórica das Linhas de Torres conta com mais duas fortificações recuperadas. Construídos há 200 anos, o Forte do Arpim e o Reduto da Ajuda Grande, em Bucelas, integram um circuito, inaugurado no dia 27, que visa atrair turistas de todo o mundo. Não é difícil perceber por que razão a Serra da Alrota foi um escolhido pelas forças anglo-lusas, no início do século XIX, para construir o Reduto da Ajuda Grande, uma das 152 fortificações das duas linhas que defenderam Lisboa das forças napoleónicas. Do alto de uma elevação de 300 metros, os soldados podiam controlar facilmente a chegada das tropas inimigas e comunicar, através de um inteligente sistema de bandeiras, com os fortes mais próximos. O Reduto da Ajuda Grande foi construído em plataformas escalonadas para ser mais difícil de aceder pelo inimigo. Dispunha de quatro peças de artilharia e estava guarnecido de 300 soldados. A fortificação fazia a ligação entre as duas linhas defensivas e protegia a estrada militar para Bucelas. Já o Forte do Arpim, locali­ zado na fronteira entre os municípios de Loures e Vila Franca de Xira, conseguia comunicar visualmente com várias outras estruturas militares. Fazia parte da pri­meira linha defensiva, estava equipado com quatro peças de artilharia e costumava estar guarnecido com cerca de 250 soldados. Votados ao abandono durante anos, o Forte do Arpim e o Reduto da Ajuda Grande fo­r am agora recuperados pela Câmara de Loures, numa obra de 300 mil euros, co-financiada por um mecanismo financeiro do espaço económico europeu, constituído pela Noruega, pela Islândia e pelo Liechtenstein. Esta estrutura está aliás, a subvencionar, com uma verba de dois milhões de euros, todo o projecto de recuperação e valorização das Linhas de Torres, que envolve a requalificação de fortificações e a criação de centros de interpretação em seis municípios (Arruda

dos Vinhos, Loures, Mafra, Sobral de Monte Agraço, Torres Vedras e Vila Franca de Xira). Como explicou no dia 27, na inauguração do circuito Alrota/Arpim, a embaixadora da Noruega, os seis municípios que participam no projecto visam tornar o seu território “mais atraente e acessível para captar turistas não só de Portugal mas do mundo inteiro”. Segundo a diplomata, que tem estado presente em quase todas as inaugurações das estruturas militares recuperadas que integram o plano iniciado em 2007, a valorização das Linhas de Torres é um dos “projectos mais importantes” ao nível do património cultural entre aqueles em que a Noruega se tem envolvido nos últimos anos. Já o secretário de Estado da Defesa, Marcos Perestrello, considerou que a rota “cruza a prática da caminhada por entre paisagem magnífica” com as componentes cultu­ rais e históricas. De acordo com o presidente da Câmara de Loures, Carlos Teixeira, serão inaugurados, durante o próximo ano, o Circuito de Ribas (freguesia de Fanhões) e um centro de interpretação das Linhas de Torres em Bucelas. Com estas obras fica concluída a participação do concelho

no projecto intermunicipal da rota histórica. As 152 fortificações que com­punham as Linhas de Torres foram construídas sob a orien­tação do general inglês Wellington, pela população local, em segredo, de forma a surpreender os franceses. Edificadas entre 1809 e 811, as estruturas formavam uma rede de defesa e de comunicação entre o oceano Atlântico e o rio Tejo. Este sistema militar, que incluía mais de 600 peças de artilharia e implicava a

utilização de perto de 40 mil soldados, surpreendeu as tropas napoleónicas e protegeu Lisboa da terceira invasão francesa, Hoje, ainda é objecto de estudo a nível internacional. A marcação de visitas e a obtenção de informações sobre o Circuito Alrota/Arpim podem ser feitas junto do Gabinete de Arqueologia da Câmara de Loures, através do número de telefone 211 150 664 ou do e-mail gabinete arqueologia@cm-loures.pt.

Programa do aniversário Os 488 anos da freguesia de Bucelas, bem como os 83 de elevação a Vila, vão ser comemorados no dia 8 de Dezembro, com a realização de uma sessão solene, pelas 15h00, no Auditório da Junta de Freguesia. Segue-se a apresentação oficial da Infofreguesia Bucelas Capital do Arinto e, finalmente uma sessão de teatro. No dia 16 de Dezembro tem lugar a Hora do Conto e no dia seguinte haverá uma sessão de cinema. Nesse mesmo dia realiza-se um jantar de Natal para os trabalhadores da Junta de Freguesia de Bucelas.

Há uns dois meses (ou mais) recebi um telefonema da Câmara de Loures, do departamento ligado à juventude, convidando o jornal a estar presente na mesa de um debate integrado na “Jornada Loures Jovem – Um link à República”, no sub tema os jovens e a cultura. Na altura mostrei desde logo a disponibilidade para participarmos no debate, ficando em aberto a pessoa que estaria presente, bem como o fornecimento de mais informação sobre a jornada, bem como aspectos logísticos (hora, local, etc). No dia 18 de Novembro, em conversa informal com um amigo, este diz, “então, amanhã encontramo-nos lá”. Este lá era na Biblioteca José Saramago, local onde iria decorrer o debate, que estava anunciado, pelos vistos, como fui confirmar, na página da internet da Câmara de Loures, a presença de “representante do jornal Triângulo”. Apesar de irritado com a situação, mas desculpando alguma falha de momento, tive a preocupação de no curto espaço de tempo que restava, ou seja, a noite do dia 18, trabalhar na matéria que ia ser abordada no dia seguinte. Assim aconteceu e, pelas 14.10h, do dia 19 de Novembro, lá estava na Biblioteca José Saramago. Só que às 14.40h não se via vivalma. Falei com a funcionária que, pedindo muitas desculpas, informou que tinha sido alterado o local do debate para o Palácio dos Marqueses, no Parque da Cidade. Isto apesar de não existir qualquer informação no local, essencial para quem por ali aparecesse. Desloquei-me de imediato para o novo local. Encontro uma das pessoas responsáveis, funcionário da Câmara que, até por coincidência, tinha sido entrevistado pelo Triângulo duas vezes nos últimos meses, no âmbito de outro tipo de funções que desempenha em Caneças. Para meu espanto diz-me que não fazia parte da mesa do debate pois “tinham tentado contactar com o jornal e não conseguiram...”. Confesso que já ouvi muita desculpa esfarrapada, mas esta foi de bradar aos céus. O jornal Triângulo é o único projecto quinzenal no concelho, recebe todos os dias, semanas, informação autárquica, desportiva, de associações, etc do concelho de Loures, o Gabinete de Imprensa da Câmara Municipal (que não foi contactado) tem todos os contactos e mais alguns, o vereador responsável pelo sector tem o meu telemóvel particular e durante mais de dois meses não conseguiram falar com o jornal Triângulo!!! Sem comentários, a não ser que a forma desrespeitosa – até hoje nem sequer um pedido de desculpas foi feito – como o jornal Triângulo e o seu Director foram tratados mostram bem a desorganização e falta de profissionalismo de algumas pessoas que andam por ali. Carlos Cardoso ( Director do Jornal Regional Triângulo ) CARTÓRIO NOTARIAL DE TOMAR A CARGO DO NOTÁRIO LICENCIADO JOSÉ ALBERTO SÁ MARQUES DE CARVALHO EXTRACTO ANABELA ANTUNES DE JESUS, Colaboradora do Notário do referido Cartório, por competência delegada CERTIFICO, que, para efeitos de publicação, por escritura de hoje lavrada a folhas 69 e seguintes, do livro de notas número 247-L, deste Cartório: JOSÉ DA SILVA RESENDE, viúvo, residente na Rua Pedro Soares, Vivenda Resende, Catujal, Unhos, Loures, contribuinte fiscal nº 132 648 512. DECLAROU: Que, com exclusão de outrem, é dono e legítimo possuidor do seguinte: - PRÉDIO URBANO, composto de lote de terreno para construção urbana, com a área de cento e setenta e um, vírgula, dez metros quadrados, designado por lote noventa e três, sito na RUA PEDRO SOARES, CATUJAL, freguesia de UNHOS, concelho de LOURES, inscrito na matriz sob o artigo provisório 3.566, pendente de avaliação matricial, a que atribui o valor de MIL EUROS, a confrontar do norte com Joberto Martins Filipe, do sul com a Rua Pedro Soares, do nascente com José Marcelino e do poente com José Silva Resende. Que o mencionado lote é a desanexar do logradouro do prédio urbano sito na QUINTA DA FÁBRICA, CATUJAL, descrito na Segunda Conservatória do Registo Predial de Loures sob o número cento e quatro, registado de aquisição a favor de José Marcelino, casado sob o regime da comunhão de adquiridos com Gracinda Silveira Antunes, nos termos da APRESENTAÇÃO QUINZE, DE VINTE E NOVE DE AGOSTO DE MIL NOVECENTOS E OITENTA E SEIS, inscrito na matriz sob o artigo 1.044. Que a referida inscrição de aquisição resultou da partilha subsequente a divórcio com a sua ex-mulher Leonilde Antunes Marcelino, com quem foi casado sob o regime da comunhão geral. Que ele primeiro outorgante comprou verbalmente o citado lote de terreno ao titular inscrito José Marcelino mulher Leonilde Antunes Marcelino, então casados sob o registo da comunhão geral, no ano de mil novecentos e setenta e dois, não tendo chegado a assinar a respectiva escritura, não possuindo por isso, ele primeiro outorgante título aquisitivo para registar o indicado lote de terreno, que lhe pertence de facto e de direito, sendo necessária, para o efeito, a assinatura e presença dos ora titulares inscritos, desconhecendo qual a sua morada actual ou se ainda estão vivos. Já tentando por vários meios entrar em contacto com eles, mas sem qualquer sucesso. Que assim ele justificante já possui o dito prédio, dividido e demarcado anteriormente ao Decreto-Lei nº 289/73, de 6 de Junho, em nome próprio, há mais de vinte anos, sem a menor oposição de quem quer que seja, desde o seu início, posse que sempre exerceu, sem interrupção e ostensivamente, com o conhecimento de toda a gente da freguesia de UNHOS, lugares e freguesias vizinhas, traduzido em actos materiais de fruição, conservação e defesa, nomeadamente suportando os encargos da sua conservação e delimitação, com a colocação de marcos no terreno, pagando os respectivos impostos e contribuições, agindo sempre pela forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, sendo por isso, uma posse pública, contínua, pacífica e de boa fé, pelo que adquiriu o dito prédio por USUCAPIÃO, título que invoca para estabelecer o trato sucessivo. Está conforme ao original. Tomar, 23 de Outubro de 2010.

Conta nº P1454

A COLABORADORA DO NOTÁRIO, Anabela Antunes de Jesus.


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