Relatório Anual da Revenda de 2013

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Driblando as dificuldades Em janeiro de 2012, um único assunto dominava as preocupações, e discussões, no setor de downstream brasileiro: a chegada do S50. Afinal, surpreendendo o mercado, a ANP havia baixado em dezembro de 2011 a Resolução 62, obrigando cerca de três mil postos a comercializar o diesel de baixo teor de enxofre cimento nacional. Apesar de todas as dificuldades de adaptação, o S50 chegou aos postos, embora os caminhões com motores Euro 5, que só podem utilizar o novo diesel, tenham demorado quase um semestre para serem encontrados nas estradas brasileiras. A Fecombustíveis, juntamente com a ANP e seus Sindicatos Filiados, promoveu amplo trabalho de esclarecimento para mostrar aos usuários que o combus-

Claudio Ferreira/Somafoto

em todo o país, com o objetivo de assegurar o abaste-

O diretor de Rodovias da Fecombustíveis, Ricardo Hashimoto, e vários segmentos do setor se reuniram no Rio de Janeiro para fazer um balanço da introdução do S50

tível estava disponível em todo o Brasil, refutando as acusações de algumas montadoras, que tentavam en-

do S10, a partir de janeiro de 2013, já que todos os

cobrir a baixa produção de veículos novos com o argu-

estudos e testes demonstravam que o produto era

mento de que não havia S50 em quantidade suficiente

altamente suscetível à contaminação, o que elevaria

nos postos. Não foi à toa, portanto, que a Federação

o teor de enxofre até chegar às bombas e, inevita-

promoveu, em maio, o painel “Os desafios trazidos

velmente, resultaria em autuações dos postos. Feliz-

pelo diesel de baixo teor de enxofre”, reunindo todos

mente, após um ano de intensos debates e muitos

os elos da cadeia para discutir as mudanças que o S50

estudos, a ANP publicou em meados de dezembro

trazia para o mercado e saber o porquê da “falta” de

a Resolução nº 46, adotando, para efeito de fisca-

caminhões com motor Euro 5.

lização nas autuações por não conformidade, uma

Superada a fase do S50, uma das maiores tarefas da Fecombustíveis foi discutir a implementação

tolerância de 5 partes por milhão (ppm) de enxofre no diesel S10 na distribuição e revenda. Claudio Ferreira/Somafoto

Palestrantes do painel “Os desafios trazidos pelo diesel de baixo teor de enxofre”, promovido pela Fecombustíveis

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