Depois de sua abordagem sobre o tema, Orkuto incentivou a escola a pensar nas dimensões sociais e humanas envolvidas no lixo. Essa atividade deixou os alunos da escola pensativos. Até mesmo os que não tinham aulas de sociologia discutiam a tal reflexão proposta pelo professor. Assim, um movimento para a adoção de um novo “R” surgiu entre os estudantes. Era muito legal andar pelos corredores e ver crianças e adolescentes debatendo questões socioambientais. Aqui e ali também se via alguém fotografando, fazendo vídeos ou entrevistando pessoas da limpeza da escola, garis e catadores pelas ruas. Ainda assim, como era de se esperar, alguns engraçadinhos irritavam os colegas mais envolvidos, fazendo piadas e falando um monte de asneiras que começavam com a letra R: a brincadeira era dizer que o outro “erre” era de Rock, de Roça, de Ronaldinho, de Ricota...
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O GRANDE ENCONTRO
Toninho Separes foi para casa pensativo, achando graça dos “erres” inventados pelos colegas, mas ao mesmo tempo procurando uma resposta para o desafio feito por Orkuto Triagem. No meio do caminho, viu um gari varrendo uma calçada. O homem, que aparentava uns quarenta e poucos anos, estava concentrado no trabalho. Rapidamente, ele recolhia os materiais e os colocava em um carrinho com um enorme saco de lixo preto.
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