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:Ridéia que infelizmente é bastante comum no Ocidente. O `w ~ verdugo pode ser o governo, o sistema educacional, pais violentos, uma "família desajustada", o outro sexo ou nos so parceiro insensível. Ou ainda pode ser que voltemos a culpa para dentro: há algo de errado comigo, sou vítima de alguma enfermidade, ou de genes defeituosos, talvez. No °" entanto, o risco envolvido em continuarmos a atribuir culpa e a manter a postura de vítima é a perpetuação do nosso sofrimento - com sentimentos persistentes de raiva, frustra çãG e ressentimento. Naturalmente, o desejo de nos livrarmos do sofrimento -~ o objetivo legítimo de cada ser humane. É o coroláriodo nosso desejo de sermos felizes. Portanto, é perfeitamente apropriado que pesquisemos as causas da nossa infekidade e façamos o que for possível para aliviar nossos problemas, procurando por soluções em todos os níveis $lcbal, da sociedade, da família e do indivíduo. Porém, enQutnto encararmos o sofrimento como um estado antinatumliuma condição anormal que tememos, evitamos e rejeitarios, nunca erradicaremos as causas do sofrimento para co>Zeçar a levar uma vida feliz. Capítulo 9 O SOFRIMENTO CRIADO PELA PRÓPRIA PESSOA A TRANSFORMAÇÃO DO SOFRIMENTO foi ficando mais alta, mais furiosa e mais cheia de veneno, enquanto ele repassava queixas e mais queixas contra a exmulher ao longo dos vinte minutos seguintes. A sessão estava chegando ao final. Percebendo que ele estava só ganhando ímpeto e que poderia facilmente continuar a falar daquele jeito por horas, tentei redirecioná-lo. - Bem, a maioria das pessoas tem dificuldade para se ajustar a um divórcio recente; e sem dúvida esse é um assunto do qual poderemos tratar em sessões futuras - disse eu, em tom conciliador. - Por sinal, há quanto tempo está divorciado? - Há dezessete anos, completos em maio. No último capítulo, examinamos a importância de aceitar o sofrimento como um fato natural da existência humana. Embora alguns tipos de sofrimento sejam inevitáveis, outros são criados pela própria pessoa. Estudamos, por exemplo, como a recusa a aceitar o sofrimento como parte natural da vida pode levar a que a pessoa se considere uma eterna vítima e culpe os outros pelos seus problemas - uma A ARTE DA FELICIDADE ças pode servir a um objetivo limitado. Ela pode acrescentar dramaticidade e uma certa emoção à nossa vida, ou despertar atenção e solidariedade nos outros. Mas isso parece não compensar a infelicidade que continuamos a suportar. Ao falar sobre como aumentamos nosso próprio sofrimento, o Dalai-Lama deu uma explanação. - Podemos ver que há muitas formas pelas quais contribuímos ativamente para nossa própria experiência de sofrimento e inquietação mental. Embora em geral as próprias aflições emocionais e mentais possam surgir naturalmente, com freqüência é nosso reforço dessas emoções negativas que as torna muito mais graves. Por exemplo, se sentimos raiva ou ódio por uma pessoa, há menos probabilidade de que essa emoção atinja um nível muito intenso se nós a deixarmos de lado. Porém, se


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