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Junho de 2014

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Comunicação

Centenário da Congregação Mariana da Catedral Basílica Menor de Curitiba

Dom João Francisco Braga, 3º bispo e 1º Arcebispo de Curitiba (governou de 1908 a 1935). Em 6 de setembro de 1909 dedicou a Catedral e em 21 de junho de 1914 convocou a fundação da Congregação Mariana de Jovens. Na foto, com formadores e seminaristas do Seminário Menor São José

Historicamente denominada Congregação Mariana de Jovens da Catedral, pois seus 15 fundadores eram quase todos adolescentes. A exceção era o exemplar Felício da Costa Vieira, então com 29 anos de idade. Foi às onze horas de uma manhã de domingo, 21 de junho de 1914, que aqueles jovens, convocados pelo Bispo Dom João Francisco Braga, se reuniram na Capela do Santíssimo para fundar a Congregação Mariana sob a proteção da Imaculada Conceição e de São Luiz de Gonzaga. Eram eles: João Franco, Hugo Franco, Felício Vieira, Waldemiro Teixeira de Freitas, João Scheleder, Isaac Pereira, Bento Rocha, Carlos Natel, Cesar Biscaia, Alvaro Teixeira de Freitas, Renato Cartaxo, Jony Macedo de Souza, Celso Carneiro, Antonio Galleas e Ernani Cartaxo. A direção do sodalício foi confiada ao Revmo. Pe. Dr. Emílio Teixeira. Em um ambiente de ferrenho agnosticismo e anticlericalismo, lançava-se a promissora semente de uma nova Congregação Mariana, que floresceria produzindo os mais belos frutos da Árvore da Vida. Sua Sede foi instalada no prédio cedido pela família Hauer, atrás da Catedral, onde funcionava a Liga Católica e diversas outras associações de leigos. Apoiada por todos os Arcebispos que sucederam a Dom João Braga, a Congregação hoje está sob a Assistência Religiosa assídua e eficaz de Monsenhor Carlino Parente de Alencar e a Presidência do caríssimo Bonifácio Sielski. As Congregações Marianas propõe a seus membros a busca permanente da santidade pessoal. E o caminho seguro para isso é a doação solene e confiante à Santíssima Virgem, elegendo-a como senhora e soberana, oferecendo-lhe todos os momentos da vida e Nela reconhecendo a mediação amorosa e indispensável para se chegar a Cristo. Uma entrega total a Deus, segundo seu estado, à imitação de Maria em sua resposta ao arcanjo Gabriel: “Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1, 38). A piedade eucarística, a devoção simultânea aos Sagrados Corações de Jesus e de Maria, a obediência ao Magistério Infalível e à Hierarquia, o espírito de luta contra o pecado e toda forma de mal, são as consequências necessárias do “Sentire cum Ecclesiae” do Congregado. Aos Congregados da Catedral eram ministradas excelentes aulas e conferências de formação religiosa.

Congregados Marianos da Catedral na sala do teatro de sua Sede, no prédio da Liga Católica, situado atrás da Catedral e cedido pela família Hauer

Sielski e Manoel Cavalcanti foram os médicos beneméritos que deram vida ao Ambulatório. Em 1937, Grimaldo Dutra, acadêmico de medicina, fundou a Escola Noturna São José, no terreno da Igreja dos Capuchinhos das Mercês, destinada ao ensino primário dos filhos de operários que durante o dia ajudavam no sustento de suas famílias. Os professores eram os nossos Congregados. Ponto culminante de nossa atuação foi o estabelecimento em 1972, de um Centro Social na Vila Guaíra, junto à Favela do Valetão, com amplo espectro de assistência aos necessitados, cujo nome homenageia seu grande incentivador, Felício da Costa Vieira. Hoje ele é administrado pelo Instituto Salesiano de Ação Social, que recebeu em doação da Congregação Mariana, o imóvel de 3.456 m².

Crianças do Centro Social Felício da Costa Vieira em momento de descontração no antigo pátio do Colégio Santa Maria

Dava-se o exemplo da freqüência assídua aos Sacramentos, a assistência à Santa Missa e os tradicionais atos de piedade: visita ao Santíssimo, reza do Terço, Tríduos a São Luiz de Gonzaga, romarias ao Cruzeiro do Atuba e à Gruta de Nossa Senhora de Lourdes, no Colégio Cajuru. Além dessas práticas, desenvolviam-se também atividades culturais e recreativas como o teatro, o coral São Pio X, passeios e até um torneio de ping-pong, coisas que a geração do Tablet e do I-Pad terá talvez, dificuldades de entender e apreciar. Incontáveis foram as ações praticadas pelos Congregados, com dedicação e gratuíta caridade, só explicadas como consequência de uma vida de piedade exemplar: o Ambulatório Médico São Luiz de Gonzaga, instituído por insistência de Felício Vieira para atender aos doentes que diariamente acorriam à Liga. Orlando de Oliveira Mello, Mario Kormann, Agostinho

AS CONGREGAÇÕES MARIANAS NO BRASIL No Brasil, a primeira Congregação Mariana foi fundada em 1583, no Colégio dos Jesuítas da Bahia, por ninguém mais do que São José de Anchieta. Depois da restauração da Companhia de Jesus pelo Papa Pio VII em 1814, as Congregações só vão retornar em 1870, no Colégio São Luis de Itú, Estado de São Paulo. Em 1909 começa a ser editada a revista das Congregações, a “Estrela do Mar”, a mais antiga publicação ainda em circulação no País. A primeira Federação Estadual surgiu em 1927, no Estado de São Paulo. Em 1937, a Confederação Nacional, no Rio de Janeiro. Impulsionado por impressionante e inesperada graça, o Brasil acaba assumindo a liderança mundial no número e crescimento de Congregações e Congregados. Fonte e fotos: Congregação Mariana de Jovens da Catedral

Convite Para a comemoração do Centenário, no sábado, 21 de junho de 2014, às 12:00, acontecerá uma Missa de Ação de Graças na Catedral Basílica Menor de Curitiba, celebrada por S. Exa. Revma. Dom Moacyr José Vitti CSS, Arcebispo Metropolitano da Arquidiocese de Curitiba. Depois da Santa Missa, almoço por adesão no Restaurante Dom Antonio, à Avenida Manoel Ribas nº 6121, em Santa Felicidade.


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