1a Edição

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“Eu me ligo nas misturas que eu faço para evitar fazer uma coisa absurda, em questão de roupa, por exemplo, mas também não fico horas escolhendo o que vou usar nem passando cremes para ficar mais jovem.”

Como tudo começou “Comecei a trabalhar como roteirista muito jovem, aos 14 anos. No início tive como referência Chico Anysio e Jô Soares. Depois eu fui vendo outras coisas e fiz uma grande mistura, como Pedro Cardoso, Nelson Rodrigues, Woody Allen, Monty Python, Seinfeld, entre outros.” Influência do pai “Meu pai teve uma influência total na escolha na minha escolha profissional. Primeiramente eu comecei a admirar o que ele fazia, depois comecei a ser levado por ele para os bastidores, então eu comecei a ver como tudo funcionava. Como ele viu que eu gostava disso começou a me incentivar. Deu-me uma máquina pequena de escrever, reservou uma parte do escritório dele pra mim e depois quando a coisa começou a ficar séria ele foi me ajudando nos conselhos, nos toques, nos palpites. Com certeza se eu não fosse filho dele, não estaria aqui agora.” Humor brasileiro atual “Acho que está surgindo uma safra incrível de novos humoristas. Tem uma turma muito boa, só acho que falta mais programa de televisão. Mas a internet está de alguma maneira fazendo com que eles mostrem seu trabalho.”

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Acho que o mundo é feminino e o que falta no mundo de hoje é doçura e quem traz isso são as mulheres.

Atuar ou escrever? “Às vezes eu só escrevo, às vezes eu escrevo e atuo e outras vezes eu só atuo. Mas do que eu gosto mesmo é de fazer bons trabalhos. O importante é fazer um trabalho bacana independente das minhas funções e do veículo que seja.” Inspirações “Me inspiro no dia-a-dia, olhando em volta, no cotidiano. Até para possibilitar que as pessoas que estejam assistindo se identifiquem com aquilo, porque facilita que elas achem graça. Então é sempre no cotidiano, na relação das pessoas, nas loucuras do mundo, mas sempre na realidade.”

conhecedor desse mundo das mulheres para poder escrever uma coisa onde a mulher e suas questões sejam porta-vozes, mas espero que eu esteja no caminho certo.” Cinema “Meu próximo filme, ‘Muita calma nessa hora’, será rodado a partir de março para ser lançado nas férias de julho. É um filme jovem, de verão e será estrelado por quatro mulheres. Espero que eu consiga me sair bem.”

“Enfim, Nós” “A idéia surgiu da vontade de fazer uma peça que discutisse a relação e, como isso é um assunto muito recorrente na cultura, a gente achou que essa forma de discutir relacionamento no banheiro fosse um jeito diferente para que isso acontecesse.”

Vaidade “Às vezes eu sou vaidoso e outras vezes não. Na verdade eu procuro estar confortável, sentindo-me bem dentro de um padrão. Eu me ligo nas misturas que eu faço para evitar fazer uma coisa absurda, em questão de roupa, por exemplo, mas também não fico horas escolhendo o que vou usar e nem passando cremes para ficar mais jovem. Eu gosto de ser vaidoso, mas dentro do limite da minha correria.”

Universo Feminino “Eu sou fã desse universo feminino. Acho que o mundo é feminino e que falta no mundo de hoje é doçura e quem traz isso são as mulheres. Hoje elas estão em ascensão, crescendo, mas se o mundo fosse comandado pelas mulheres talvez não fosse tão violento e cheio de coisas negativas que a gente vê. Eu adoro poder entrar nesse mundo e até às vezes falar como mulher sem ser, como em alguns personagens. Não sei se sou um profundo

Projetos para 2009 “Continuar viajando com a peça, rodar o filme, lançar o segundo DVD do Ciladas e acertar com a Multishow a nova temporada, ou se a gente vai trocar o programa. Tem alguns projetos ainda embrionários, e eu sempre faço muitas coisas esperando o que vai sair primeiro. É melhor dar dez chutes para ver se acerta uns três; se chutar só uma vez e essa bola for na trave, fica mais difícil, porque acabo não acertando nada.”

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