Esmeralda

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— É impressionante como você me lembra minha mãe — Iran assumiu, diante deles, espantando Cael. O pai não era dado a demonstrações de afeto, além das que dava a Cedric. Não se enciumou, mas ficou severamente assustado. Estaria Iran nutrindo sentimentos por Esmeralda? Subitamente, aquilo lhe foi muito caro. Ora, quão maior seria sua decepção diante da verdade? Precisou esconder uma gargalhada feliz perante a possibilidade. — É mesmo? — ela fingiu interesse. — Claro que todas as mashianas são muito parecidas. Porém, é a forma de olhar que nos difere, um dos outros. E você olha como minha mãe. O mesmo ar febril, como se nada temesse ao mundo. — Ergueu as mãos da mulher, e depositou um beijo cálido em seus dedos. — Minha mãe era como Masha, impetuosa e aguerrida. Morreu jovem, nas mãos do meu pai, que não aceitou aquilo. Claro que ele não a matou com as próprias mãos, mas a trancou em uma torre alta, para que destruísse sua personalidade. Sem ver o sol e as pessoas, logo o desânimo dominou seu corpo, e minha amada genitora acabou por perder o viço. Seus dias encurtaram, e a morte a levou quando eu era um garoto. — Eu lamento muito... — Rhianna — interrompeu-a. — Homens não gostam de impetuosidade. Refreie a sua, minha querida.


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