Esmeralda

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As bocas eram iguais. O nariz e o formato dos olhos, também. Até a pele, assemelhava-se. As sardas, comuns aos ruivos, também pareciam posicionadas nos mesmos sentidos. Contudo, não se alarmou. Os mashianos eram parecidos, diziam. Então, aquilo obviamente era uma coincidência. Todavia, o fato de sua esposa estar tão graciosamente alegre diante do olhar de outro homem logo lhe instigou a raiva, mudou o rumo de seus devaneios, e Cedric viu-se a marchar, na direção deles. O sorriso – de ambos – morreu assim que lhe avistaram. Encarando-o, eles pareciam esperar alguma palavra. E, as palavras vieram, com ligeira sofreguidão: — Este jardim não é aberto à visitação! Rhianna arqueou as sobrancelhas finas, num total estado de descrença, enquanto Cael parecia se envergonhar. — Achei... — a voz masculina começou, mas foi interrompida. — Você não acha, Cael! Sabe bem que esse jardim é sagrado para mim. O par se levantou do banco em que estavam. Cael pareceu perto de deixar o ambiente, mas a jovem mulher ruiva estava com o olhar fixo no Rei, com aquele mesmo semblante desafiante de sempre, enquanto a boca abria, audaciosa:


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