CONSTRUÇÕES GEOGRÁFICAS

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Contra a Seca (DNOCS), órgão do Governo Federal, fator que contribuiu bastante para a atração de mais pessoas para a comunidade. As únicas fontes de sobrevivência do povoado eram a caça, a pesca e a agricultura de subsistência. Não havendo nenhum tipo de infraestrutura básica, como luz elétrica, água encanada, estradas asfaltadas, dentre outros. Na década de 1950 todas as terras nas proximidades da comunidade foram compradas e passaram a ser propriedade do senhor Tarcísio de Vasconcelos Maia, figura importante no cenário político estadual, onde foi fundada a Fazenda São João. De acordo com Gomes da Silva (1995) essa fazenda tinha uma área total de 5.000 hectares de terras, dessas 600 hectares no geral eram áreas irrigadas sendo que 500 ha estavam voltadas para o cultivo do melão, destinado a exportação, além do cultivo irrigado de outras frutas como manga, melancia e banana. A instalação da fruticultura irrigada na Fazenda São João gerou uma demanda por mão-de-obra e passou a atrair pessoas para residirem na comunidade Barrinha que se localizava próxima a mesma. Esse aumento na edificação de casas na localidade contribuiu para o crescimento da comunidade e aos poucos foi crescendo e adquiriu a categoria de povoado. Dessa forma muitos dos moradores da comunidade que antes sobreviviam praticamente da agricultura tornaram-se mão-de-obra assalariada para a fazenda, bem como muitas pessoas de demais localidades vizinhas. A infraestrutura da comunidade foi se organizando ao longo das décadas. No aspecto da educação foi construída a primeira escola da comunidade na década de 1970, pelo então prefeito da época João Newton e teve por nome Escola Municipal de 1° Grau Professor Manoel Assis, com apenas duas salas de aula, considerada um avanço para o povoado que precisavam se deslocar até Mossoró para conseguir concluir o ensino de 1° grau. Em relação à saúde os moradores tinham a necessidade de se deslocarem até a zona urbana de Mossoró, dificultando bastante a vida dos moradores, principalmente os de menor condição financeira. Com a chegada da energia elétrica na década de 1980 foi proporcionado um incremento de vida urbana nas áreas rurais, de modo que as pessoas começaram a adquirir eletrodomésticos e utilizá-los em suas residências. Com isso foi instalada, então, uma televisão na praça pública, que hoje tem por nome Manuel Francisco do Nascimento, sendo um acontecimento bastante significativo para as pessoas da comunidade, tendo em vista que nem todos podiam possuir sua própria televisão. Em relação à via de acesso da comunidade, existiam apenas estradas viscinais, onde o principal destino dos moradores era a cidade de Mossoró, sendo a carroça o meio de transporte mais utilizado por estes. Por volta de 1986 teve início a construção da rodovia RN 015 pelo governo do Estado. Que liga o município de Mossoró ao de Baraúna. Considerada uma das mais importantes vias de aceso entre o Estado do Rio Grande do Norte e o Estado do Ceará. Ao longo dos anos a comunidade foi avançando em infraestrutura e adquiriu a instalação de uma rede de linha telefônica, onde a principio foi instalado apenas um telefone fixo de uso para toda a comunidade na residência do senhor Francisco Xavier da Silva, meio mais avançado de comunicação da época e em seguida com o aumento do número de habitantes foram implantados quatro orelhões, além de telefones fixos em algumas residências.

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