Cadernos Técnicos de Veterinária e Zootecnia - nº 80 - Ureia em Dietas de Ruminantes

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Continuação da Tabela 3 FONTE

BARONI et al., 2010.

ANIMAIS

NOVILHOS NELORE CASTRADOS 30m, 415 kg

PASTAGEM

B. brizantha CV. MARANDU 7,4 ton MS/ha

SUPLEMENTO

111 a 32% PB 25 a 2,5 % de ureia

INGESTÃO/DIA

GPD (G/dia)

0; 0,25; 0,5; 1,0; 2,0 e 4,0 kg/ animal/dia

0 kg - 0,287 0,25 kg - 0,195 0,5 kg - 0,099 1,0 kg - 0,274 2,0 kg - 0,372 4,0 kg - 0,588 Efeito linear Y = 0,174 + 0,0994X

Médias de ganho de peso diário com letras diferentes entre si diferem estatisticamente (P<0,05).PB – Proteína Bruta; PV – Peso Vivo; GMD – Ganho de Peso Médio Diário; MM – Mistura Mineral; AMI – Concentrado Rico em Amido; OLE – Concentrado Rico em Óleo; A + O – Concentrado Rico em Amido e Óleo.

ína não degradada no rúmen (PNDR) podem ter efeitos benéficos similares. Outra estratégia é a suplementação com frações proteicas com altos níveis de aminoácidos essenciais, mas de baixa degradabilidade ruminal. O consumo de energia e proteína do bovino deve ser balanceado para otimizar a fermentação e maximizar a produção de proteína microbiana. Consumo excessivo de proteína, sem quantidade adequada de energia, resulta em perda de N na urina. Perdas de proteína podem ocorrer com gramíneas e leguminosas quando a quantidade de proteína excede a 210 gramas de PB/kg de matéria orgânica digestível. As gramíneas tropicais com degradabilidade entre 55 e 65% dificilmente ultrapassarão esse limite crítico, com exceção de pastagens adubadas com N. Cerca de 75% do carboidrato digerido pelos ruminantes é fermentado pelos microrganismos no rúmen, suprindo aproximadamente 50% da pro-

teína exigida pelos bovinos. O tipo de energia suplementar é importante, uma vez que esta deve estar disponível para a microbiota ruminal ao mesmo tempo em que a amônia (NH3). Em pastagens temperadas, especialmente na primavera, com algumas leguminosas tropicais e com gramíneas tropicais, imediatamente após o período chuvoso, e aquelas adubadas, que possuem elevado teor de NH3, o uso de suplementos energéticos ajuda a minimizar a perda ruminal de N e contribui para maior eficiência da fermentação. A relação energia e proteína no rúmen varia de acordo com o sistema de produção, categoria animal, nível de produção, tipo de alimentação. Os tipos de suplementos energéticos para forragens são divididos em três categorias: amido (p. ex., milho, sorgo e cevada), açúcares (p.ex., melaço) e fibras (p.ex., polpa cítrica e de abacaxi), sendo que este último é eficiente em captação de amônia, além de apresentar fibra de alta

5. Uso de ureia em suplementos múltiplos e rações para bovinos de corte

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