Morra por Mim

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6 incent estava esperando por mim na entrada do metrô. Meu coração parou na garganta quando me perguntei (não pela primeira vez) porque esse muito-maravilhoso-para-ser-verdade garoto tinha qualquer interesse na simples antiquada... Ok, talvez um pouco bonita, mas de jeito nenhum bonita no nível dele... Eu. Minha insegurança desmoronou quando vi seu rosto se iluminar enquanto eu me aproximava. ― Você veio ―, ele disse, enquanto se inclinava para me dar os beijos, aqueles duplos beijos com ar nas bochechas pelos quais os europeus são famosos. Embora eu tremesse quando sua pele tocou a minha, minhas bochechas ficaram quentes por uns bons cinco minutos depois disso. ― Claro ―, eu disse, com base em cada gota da minha reserva de “calma e confiança”, desde que, para dizer a verdade, eu estava um pouco nervosa. ― Então, para onde nós vamos? Nós começamos a descer os degraus para o metrô. ― Você já esteve na Vila Saint-Paul? ― ele perguntou. Balancei a cabeça. ― Não que eu me lembre. ― Perfeito. ― ele disse, parecendo satisfeito consigo mesmo, mas não dando nenhuma explicação mais profunda. Nós mal nos falamos no trem, mas não foi por falta de assunto. Eu não sei se é apenas uma coisa cultural ou porque os trens são mesmo silenciosos,


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