Revista Conselhos - Edição 24 (Abril/Maio 2014)

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O fato é que esses espaços temáticos estão e uma experiência de loja que, independenganhando cada vez mais força entre os torcedo- temente do momento do time, despertarão res. A SPR Franquias gerencia lojas de sete clu- o desejo de compra devido a aspectos como bes brasileiros: Corinthians, São Paulo, Vasco, inovação, diferenciação e relevância”, finaliza. O fortalecimento dessas redes é imporInternacional, Vitória, Cruzeiro e Botafogo – sendo a Poderoso Timão o maior case de su- tante para o futebol nacional. O professor de cesso da empresa. A rede, que possui 125 lojas mestrado de Gestão do Esporte da Uninove pelo Brasil, fatura em torno de R$ 200 milhões e da Universidade de São Paulo, Ary Rocco Júnior, acredita que com a proximidade da por ano, segundo dados da Pluri Consultoria. Krauser acredita que será possível criar Copa do Mundo, o clima do evento deva aqueum ciclo virtuoso nessas novas arenas, tan- cer um pouco as vendas. Contudo, ele destaca to as construídas para a Copa quanto aque- que há uma retração nos negócios relacionados ao futebol, especiallas destinadas aos clubes, como é o caso da Allianz O varejo sempre foi mente quando envolve os clubes. “As verbas foram Parque, do Palmeiras. “São um dos principais alocadas na Copa e o fuespaços nos quais os jogos tebol nacional ficou ainda podem ganhar a conotação termômetros da mais fraco. Um indicador de entretenimento, atraindo não apenas os torcedo- paixão do brasileiro são os campeonatos regionais, que estão com nível res, mas toda a família. Ou por esporte muito baixo e os clubes esseja, os torcedores terão uma relação mais próxima com o clube. As- tão sem recursos para investir”, constata. “O sim, é de se esperar que os mais engajados e li- futebol brasileiro, como produto, está em baigados ao clube queiram consumir maior volu- xa, pois está pagando a conta da Copa.” Além disso, o mercado de marketing esporme de produtos e, consequentemente, surjam tivo está pouco inovador, na opinião do consuloportunidades de abertura de lojas”, analisa. Mas nem só de estádio e Copa do Mundo tor Amir Somoggi. Segundo ele, o problema é vivem essas franquias. Em um campeonato que os players terão dificuldade de dar novos brasileiro marcado pela competitividade, é saltos na geração de divisas. Os clubes crescecomum que os clubes passem alguns perí- ram muito em patrocínio de 2003 a 2012, exodos no ostracismo. Segundo Krauser, essa plica. O salto foi da casa de R$ 70 milhões para oscilação dos clubes dentro das quatro linhas cerca de R$ 500 milhões no período. “O grande já é prevista. “O fraco desempenho do clube desafio será crescer, mesmo que com índices dentro de campo pode se refletir em menor menores, e chegar a R$ 1 bilhão de faturamento desejo de compra por parte dos torcedores, nos próximos anos”, comenta. Para ele, isso só mas isso é balanceado com as vitórias. Nessas se viabilizará se os clubes mudarem a forma de ocasiões, o nível de vendas é bem superior à fazer marketing esportivo. “Trabalhamos em média do negócio”, garante o executivo, que um cenário muito limitado”, completa. Resta complementa ressaltando o segredo para su- saber se a Copa da Mundo deixará o conheciperar esses momentos. “Oferecer produtos mento e a experiência como legados. [ ]

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