Nuda
AMARÉNENHUMA
COTAÇÃO
90
22
Acordes experimentais com gosto de carnaval pernambucano. O quarteto Nuda vai do samba ao rock com destreza e ousadia. Amarénenhuma é um espetáculo. As onze faixas devem ser apreciadas na ordem correta e sem interrupções. Destaque para Samba de Paleta, que anuncia: “Somos, todos nós, fortuitos do ziriguidum, perdidos nos mais prazerosos desenlaces”. O ouvinte não respira nas faixas intermediárias, onde os instrumentos pesados fazem a festa. A poesia utópica contrasta com guitarras psicodélicas, enquanto sobra ginga nas divisões rítmicas. O disco é encerrado com o regionalismo acertado de Prece da Ponta de Faca, uma emocionante súplica por amor.
21
SIMBIOSE
COTAÇÃO
90
Axial
“Ouço em curvas micro-ecos”. Sons eletrônicos ganham formas inesperadas e um verniz experimental nesse projeto encabeçado por Felipe Julián. Os vocais agradáveis de Sandra Ximenez casam bem com os diversos ruídos e elementos sintetizados que incrementam as dez faixas deste terceiro álbum de estúdio do Axial. Destaque para a ingenuidade de Nanuk e para participação de Kiko Dinucci, que compôs Beijo de Iara. Não há como não ser capturado pelo refrão pegajoso de Lelê, a melhor música do disco. A mistura étnica proposta aos nossos ouvidos é complementada pelas multicoloridas imagens assinadas por Vânia Medeiros no encarte do álbum físico. A versão digital é distribuída gratuitamente na internet.
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