Casos de Sucesso de Ater

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EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DE ATER

CACAU Theobroma cacao O casal Robson Aparecido Martins de Souza e Maura Maria Rufino da Silva tem dois filhos gêmeos de 4 anos de idade e sempre esteve ligado às atividades agrícolas. Trabalhando ano após anos, juntou todas as suas economias e conseguiu comprar uma propriedade com área de 7,2 hectares, localizada na BR-421,linha C-00, Lote 18 Gleba 39, no município de Monte Negro. A princípio foi bem difícil para a família, pois eles não tinham uma fonte de renda e, por muitas vezes, o produtor precisou prestar serviços para a vizinhança, para manter o sustento da família e investir em sua propriedade. Em janeiro de 2019, o produtor procurou o escritório local da Emater-RO em Monte Negro com interesse em implantar uma lavoura de cacau clonal, dizendo que precisava de orientação para iniciar a atividade. A primeira orientação que recebeu foi que iniciasse o plantio de banana para servir de sombreamento para o cacau e gerar renda até que a cultura almejada

400 pés de cacau em uma área de 1,3 hectares.

começasse a produzir. E assim, a EmaterRO começou a prestar serviços de assistência técnica para a família. As atividades foram realizados em parceria com a Secretaria Municipal de Agricultura (Semagric) e com a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac) desenvolvendo ações como: construção do viveiro, preparo das mudas, disponibilização das hastes para clonagem, treinamento em clonagem, análise de solo, preparo da área, correção e adubação do solo, plantio e condução da lavoura, disponibilizando sempre o acompanhamento técnico com orientações sobre o manejo da lavoura e o controle de pragas e doenças. Com o apoio dos parceiros, o produtor implantou 400 pés de cacau em uma área de 1,30 hectares e a previsão é que já, em 2021, a família obtenha uma renda de média de R$ 5.200,00 com a produção. PRODUTOR

Assistência técnica da Emater-RO foi muito importante para o desenvolvimento da lavoura cacaueira.

Róbson Aparecido Mar ns de Souza Maura Maria Rufino da Silva RESP. TÉCNICO

Evaristo Souza Gonçalves

Monte Negro-RO

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INHAME Colocasia esculenta Milton Soares Rodrigues Filho tinha um grande interesse em conhecer a cultura do inhame ou cará, como também é conhecido o tubérculo rico em fibras e vitaminas. Incentivado pelos extensionistas da Emater-RO do escritório local de Machadinho do Oeste, o produtor começou a participar das excursões técnicos nos municípios que produziam a cultura. Em 2014 os técnicos intensificaram seus conhecimentos sobre a cultura do inhame referenciando-a com as vantagens para produção, demanda e comércio dentro e fora do estado de Rondônia. Selecionou alguns municípios que já despontavam no plantio dessa cultura como referencial e levou os produtores de Machadinho do Oeste interessados em explorar inhame, para conhecerem propriedades rurais em Alvorada do Oeste, São Miguel do Guaporé e São Francisco do Guaporé, que já demonstravam grande potencial produtivo. Com o incentivo, Milton passou a plantar inhame São Tomé em sua propriedade e foi contemplado com o transporte das sementes adquiridas para plantio. A expectativa era de encontrar uma cultura de exploração anual com pouco ataque de pragas e doenças, fácilidade nos tratos culturais. Nesse primeiro ano, ainda em 2014, o

Os extensionistas da Emater-RO intensificarem seus conhecimentos sobre a cultura do inhame para dar suporte aos produtores.

produtor familiar plantou 12,5 hectares de inhame, obtendo produtividade de 24 toneladas por hectare, sem usar o total de insumos adequados. Nos dois anos seguintes, utilizou só um pouco de tecnologia, já que sua capacidade financeira não permitia investir mais na técnica, ainda assim o resultado foi surpreendente, colheu aproximadamente 60 toneladas por hectare. Com esse resultado o agricultor equilibrou suas pendências financeiras, passando a ter condições de investir na propriedade.

A cultura do inhame tem grande potencial produtivo na região.

PRODUTOR

Milton Soares Rodrigues Filho RESP. TÉCNICO

Josimar Moreira Barros

Machadinho D’Oeste-RO


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MANDIOCA Manihot esculenta O Produtor Edivaldo José dos Santos reside na BR-421, Km 90, linha C-2, Lote 57, Gleba 1, no município de Campo Novo de Rondônia. Há alguns anos Edivaldo vinha explorando sua área com atividades voltadas para a olericultura, culturas perenes, culturas anuais e bovinocultura leiteira, mas sentiu a necessidade de diversificar a sua produção. Para isso recebeu orientação e assistência dos extensionistas da EmaterRO. Há pouco mais de um ano, o produtor iniciou o plantio da cultura da mandioca pensando em beneficiar o produto e produzir farinha. A princípio, a produção era para consumo próprio, porém, por necessidade e pela facil aceitação no m e r c a d o c o n s u m i d o r, c o m e ç o u a comercializar o excedente para seus vizinhos. O produtor também foi inserido nos programas de políticas públicas governamentais para fortalecimento da agricultura e passou a comercializar suas hortaliças no Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), além das feiras livres e no comércio local. Com a introdução da venda da

A princípio era para consumo, depois passou a comercilizar o excedente.

O produtor iniciou o plantio da cultura pensando em produzir farinha.

mandioca, sua renda familiar aumentou em 10%. Hoje, Edivaldo e sua família estão tão satisfeitos com a facilidade de comercialização do produto e com os resultados que vem obtendo, que já se dispôs a transmitir os conhecimentos adquridos a outros agricultores interessados no plantio da cultura. PRODUTOR

Edivaldo José dos Santos RESP. TÉCNICO

Antônio Vieira Brito

Campo Novo de Rondônia-RO

Produção de farinha.

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OLERICULTURA O agricultor Lourival Soares Dias, que tem sua propriedade localizada na linha-C-105, lote 30, Gleba 64, do município de Alto Paraíso, se interessou pelo plantio de olerícolas no ano de 2013. Logo no início, já recebeu assistência técnica dos extensionistas da Emater-RO que lhe orientou no preparo de solo, adubação orgânica com produtos alternativos e outros métodos de produção No início do plantio o produtor já recebeu assistência técnica da com a mão de obra familiar. Emater-RO. Nesse mesmo ano o produtor começou a comercializar a sua produção e foi inserido no Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), agregando renda à família. Em 2017, Lourival começou a vender sua produção também na feira municipal do agricultor, realizada semanalmente no município, e nos supermercados locais.

Emater-RO continua presente, fomentando a produção, orientando e acompanhando todo o processo produtivo, desde os tratos culturais até a comercialização do produto. PRODUTOR

Lourival Soares Dias RESP. TÉCNICO

Hoje, a produção de olerícolas é a principal fonte de renda da família e a

A olericultura é a principal fonte de renda da propriedade. 8

Júnior Adriano Nogueira

Alto Paraíso-RO

O excedente da produção é comercializado através do PAA.


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CAFÉ Coffea canephora Sérgio Antônio Braz, e sua família chegaram ao município de Campo Novo de Rondônia em 2006, dispostos a melhorar de vida, mas foi somente em 2009 que veio a primeira conquista. Nesse ano, a família foi contemplada pelo Programa Nacional de Reforma Agrária (PNRA) com uma propriedade na Linha Altamira, no Travessão Birigui e foi a l i q u e c o m e ç a r a m a p r o d u z i r. Inicialmente foram plantados 5,0 hectares de café seminal e lavouras para subsistência das família, como: milho, melancia, feijão, entre outras. Em 2017, diante da baixa produção do café seminal, procurou assistência da Entidade Autárquica de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Rondônia (Emater-RO), onde recebeu orientações técnicas individuais dos extensinistas e passou a participação dos eventos coletivos, como reuniões, palestras, dias de campo e demonstrações de métodos, para aprimorar o conhecimento. Com as novas experiências adquiridas, viu uma oportunidade na diversificação e plantou 2,0 hectares de café clonal na tentativa de aumentar a produção e a renda familiar. Conseguiu mudas de café clonal distribuídas pelo programa do governo de Rondônia, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri) e executado em parceria entre a Emater-RO e a Secretaria Municipal de Agricultura. Em 2019, a família obteve uma

2,0 hectares de café clonal plantado. aumento da produção e melhoria da renda familiar.

produção total de café de 71 sacas. Essa produção aumentou em 2020, passando para 100 sacas e previsão de 120 sacas para 2021. Hoje, a principal renda da família é proveniente da comercialização do café. Em 2020, a saca foi vendida pelo valor médio de R$ 335,00, resultando em uma renda de R$ 33.500,00. A família demonstra grande satistação com o atentimento que vem recebendo dos extensinistas da Emater-RO e com o resultado que vem obtendo seguindo as orientações e aplicando as técnicas recomendadas. Ainda em 2019, motivado pelas novas conquistas, participou do 4º Concurso de Qualidade e Sustentabilidade do Café de Rondônia (Concafé) obtendo 75,00 pontos. Em 2020, motivado para melhorar ainda mais a qualidade do seu produto, participou do 5º Concafé, obtendo um grande avanço em relação ao ano anterior, com 81,42 pontos em qualidade de bebida do café (café especial) e conquistou o 1º lugar na classificação dos cafés de qualidade da região do Território Vale do Jamari e do município de Campo Novo de Rondônia. PRODUTOR

Sérgio Antônio Braz

2,0 hectares de café clonal plantado. Aumento da produção e melhoria da renda familiar.

RESP. TÉCNICO

Márcio André de Menezes

Campo Novo de Rondônia-RO

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BOVINOCULTURA LEITEIRA Em 2016, o produtor rural Rildo Jaconi Tavares procurou os serviços da EmaterRO para orientação no manejo adequado da bovinocultura leiteira. A ideia era promover a melhoria das técnicas de exploração de seu plantel visando o aumento da produtividade e renda na propriedade. Foi agendada uma visita para iniciar os trabalhos intensivos na propriedade localizada na linha 22, Km 12, lote 29, Gleba 04-A no município de Ouro Preto do Oeste, onde o produtor Rildo reside com a esposa Sonia Alves da Silva Tavares e o filho Lucas Alves da Silva Tavares. A primeira ação foi a mensuração da área onde seria implantado o projeto de manejo intensivo de pastagem, com recursos próprios, em uma área de 3,6 hectares dividida em 24 piquetes com capim Mombaça em uma taxa de lotação de 18 UA por piquete. Com projeto elaborado pelos extensionistas da Emater-RO, o produtor teve acesso ao crédito rural para aquisição de 20 matrizes com aptidão leiteira. A proposta visava a formação da base genética do rebanho, assim foi adquirida uma ordenhadeira mecânica, dando início ao processo de adoção de tecnologias para o aumento da eficiência na atividade leiteira. Em 2017 foram realizadas análise de solo e recomendações de calagem e adubação. Também foram adotadas medidas de melhoria no controle sanitário do rebanho por meio de um calendário de vermifugação associada a vitaminas para bezerros, resultando em uma diminuição da mortalidade em 90%, e ajustes no manejo nutricional concentrado e volumoso. Antes de seguir as orientações dos extensionistas da Emater-RO para implantação da pastagem melhorada com capim Mombaça, no ano de 2017, Tavares 10

Com assistência técnica e acesso ao crédito rural, o produtor melhorou as condições de vida de sua família.

trabalhava com o capim brachiarão, com a mudança obteve uma oferta de 30 kg de volumoso/cabeça/dia. Também foi realizado um plantio de milho para produção de silagem de grão úmido, visando à suplementação no período seco, cuja produção foi de 30 toneladas. No ano de 2018 foi implantada uma área de 0,5 hectares de capim Capiaçu para fornecimento de 10 Kg por animal após a ordenha da manhã com o objetivo de melhorar ainda mais a nutrição do rebanho. Em 2019 o produtor passou a adotar a avaliação reprodutiva por meio de ultrassonografia, resultando em uma taxa de prenhez de 70%. Foram realizados ainda, acasalamentos direcionados para produção de leite a pasto. Tavares conta com a ajuda do filho, Lucas, no processo produtivo, com salário e renda do leite em nome dele. Em 2020, o produtor também iniciou a construção de uma casa, em um segundo imóvel, visando à permanência do filho próximo à família e aumentando a força de trabalho na propriedade. PRODUTOR

Rildo Jaconi Tavares RESP. TÉCNICO

Lorena O. de Castro Souza

Ouro Preto do Oeste-RO


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CAFÉ Coffea canephora O produtor rural Mauricio Bueno, reside no Sítio Bom Jesus localizado na BR-364, Km 20, Lote 84, Gleba Pyrineos, no município de Presidente Médici. Iniciou a atividade da cafeicultura no ano de 2016, com uma área de 0,25 hectares, onde plantou 600 pés de café clonal. Em abril de 2018, obteve a primeira colheita, com uma produção de 18 sacas beneficiadas. Com o resultado da primeira colheita, ampliou sua área em 1,25 hectares.

Com os resultados satisfatório o produtor ampliou a área de lavoura de café clonal em 1,25 hectare, totalizando 1,5 hectares, com 4.100 pés. Mesmo com a oscilação das novas áreas, a safra foi de 70 sacas beneficiadas, atingindo uma produtividade de 46,6 sacas por hectare. A família Bueno foi beneficiada com 2.500 mudas de café do Programa “Plante Mais", do governo de Rondônia e espera, já na próxima colheita, um número superior a 80 sacas/ha.

Com orientações técnicas e incentivo da EMATER-RO, o produtor rural tem

interesse em melhorar sua infraestrutura visando melhorar a qualidade de sua produção e participar do Concurso de Qualidade e Sustentabilidade do Café de Rondônia (Concafé). PRODUTOR

Maurício Bueno RESP. TÉCNICO

Wagner Osair de Oliveira Presidente Médici-RO

Na primeira colheita o produtor beneficiou 18 sacas de café.

A família foi beneficiada com 2.500 mudas de café do programa «Plante Mais», do governo estadual. 11


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FRUTICULTURA No ano 2019 o produtor Sebastião Rosa Dias ficou interessado em iniciar o plantio da lavoura do maracujá da variedade amarela. Para obter in formações sobre a cultura, procurou os serviços de assistêrncia técnica e extensão rural do escritório local da Emater-RO em Nova Londrina. Após coleta e análise do solo, o produtor foi incentivado a fazer um viveiramento das mudas, limpeza da área, abertura de covas e adubação para o plantio e, em uma área de 0,37 hectares foram plantados 470 pés de maracujá. A produção dessa área foi de 23.000 quilos em duas safras, trazendo ao

Animado com o lucro obtido, o produtor planeja ampliar seu plantio e implementar novas tecnologias.

de produtos químicos é aplicado de maneira racional, respeitando o prazo de carência conforme indicação no produto. Animado com o lucro obtido, Sebastião planeja ampliar seu plantio e implementar novas tecnologias, como por exemplo, instalar um sistema de irrigação. PRODUTOR

Sebas ão Rosa Dias

O produtor foi orientado pelos extensionistas a fazer coleta e análise do solo.

produtor uma renda bruta de R$ 69.000,00. O maracujá é uma cultura que necessita de muita atenção, principalmente na época da polinização que é feita manual e envolve toda a mão de obra familiar no processo, e é notória a interação da família na atividade. Hoje, a cultura do maracujá está em franca expansão, tanto na produção do fruto para consumo in natura, como para produção suco. Orientados pelos extensionistas, o uso

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RESP. TÉCNICO

Ana Paula dos Santos Rocha

Nova Londrina Ji-Paraná-RO

O maracujá é uma cultura que precisa de muita atenção.


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MANDIOCA Manihot esculenta O produtor Alexandre Cardoso da Silva possui um contrato de comodato, para explorar 4,84 hectares na propriedade de seus pais, localidada na 3ª linha, lote 21/22-A, Gleba 06, setor Leitão, do município de Presidente Médici.

Através das ações de assistências técnica e extensão rural (Ater) aplicadas na propriedade, a família despertou a necessidade de implantar uma agroindústria para regularizar a atividade.

É nesta área que ele explora a mandioca que lhe dá a renda principal da família, mas, também explora a pecuária de leite e uma criação de pequenos animais. No ano de 2014, Alexandre implantou uma área de 0,25 hectares de mandioca de mesa, da variedade cacau. A produção era beneficiada e comercializada nos mercados da cidade. Em 2017, assistido pela Emater-RO, o produtor foi beneficiado com o programa de fomento, recebendo, na época, R$ 2.400,00 utilizados na aquisição de vários equipamentos como: freezer usado, seladora, caixa de isopor e balança digital. Com o sucesso da atividade, em 2019 a área de plantio foi ampliada para 0,5 hectares, mas em 2020 a produção beneficiada foi insuficiente para atender a demanda dos mercados, o que o fez adquirir mandioca de outros produtores da comunidade, obtendo nesse ano, uma renda bruta de R$ 40.320,00.

Com assistência técnica da Emater-RO a família despertou para a necessidade de implantar uma agroindústria.

O produtor já conta com uma planta da estrutura física de uma pequena agroindústria familiar e deve iniciar a construção já, no próximo ano. Também está em seus planos o aumento da área de plantio de mandioca. A regularização dessa atividade ampliará a oferta para o mercado consumidor e abrirá oportunidades para comercialização em novas frentes, inclusive com incentivo das políticas públicas governamentais onde o produtor terá oportunidade de vender seu produto para Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). PRODUTOR

Alexandre Cardoso da Silva RESP. TÉCNICO

Josué Nery Santos e Maria Aparecida Origo Lima Presidente Médici-RO

A mandioca é a principal renda da família. 13


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SOJA, MILHO e FEIJÃO Claudemir Krupinski, residente no Km 85, gleba 05, da linha 628, lotes 39 e 41, no distrito de Tarilândia, em Jaru, vem trabalhando em sua propriedade com cultivos de grãos desde o ano de 2009. A propriedade está localizada em uma região onde o solo tem boa fertilidade, possibilitando assim, uma excelente produção de milho e feijão, mesmo sem a aplicação de corretivos e adubos adequados. Em 2017, extensionistas da Emater-RO fizeram um mapeamento de solo na propriedade para dar iníciar ao processo de correção e adubação do solo. Com essa prática, o resultado foi um aumento expressivo na colheita do milho e do feijão. No ano de 2018, Claudemir ampliou seu leque de produção introduzindo o cultivo de soja na área. Para isso, investiu R$ 102.000,00 financiados através do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), adquirindo, com o recurso financeiro, uma colheitadeira semi-nova. O primeiro cultivo de soja também foi realizado com financiamento do Pronaf, no valor de R$ 56.238,00 e foram de suma importância para alavancar a produção de grãos.

Com financiamento através do Pronaf o produto conseguiu adquirir uma colheitdeira semi-nova. 14

Claudemir ampliou seu leque de produção introduzindo o cultivo de soja na área.

O resultado foi uma safra de 73,2 sacas por hectare e receita bruta do total das culturas em 2020 (milho e soja), foi de R$ 236,100,00. Com a orientação técnica prestada, o agricultor realiza a rotação de cultura e, para a safra 2020/2021 a expectativa é de aumentar a colheita e a área de plantio. PRODUTOR

Claudemir Krupinski RESP. TÉCNICO

Emerson Dias da Silva

Tarilândia Jaru-RO

Com financiamento através do Pronaf o produto conseguiu adquirir uma colheitdeira semi-nova.


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CACAU Theobroma cacao A propriedade de Inês Ferreira Rocha veio como herança de família. Considerada uma das pioneiras do município de São Felipe do Oeste, na década de 80, Inês tinha a propriedade somente para refúgio de lazer, nos finais de semana Em 2017, interessada em tornar suas terras produtivas e iniciar nas atividades agrícolas, a produtora buscou orientação na Emater-RO, que visitou a propriedade para identificar suas potencialidades.

O produtor foi orientado a diversificar sua cultura com banana, mandioca, maracujá e abóbora.

Os extensionistas recomendaram que Inês iniciasse sua produção com diversificação de culturas como: banana, mandioca, maracujá e abóbora.

Inês passou a se dedicar mais à atividade na propriedade e a geração de insumos agrícolas possibilitaram o sustento da familia.

Com o tempo, a cultura do cacau tornouse a principal renda da propriedade, associanda à criação de suínos para consumo do excedente não comercializável, criando-se múltiplas oportunidades de comercialização, porém, sua atividade principal era a de promoção de eventos.

Com o sucesso econômico obtido com a dedicação exclusiva na lavoura, a propriedade passou a ser sua principal atividade econômica. Hoje, seu plantio de cacau tornou-se uma excelente oportunidade de negócio da agricultura familiar.

Apesar dos altos e baixos advindo com a pandemia do coronavírus (covid-19), que impactou sua principal fonte de renda,

A boa cotação de mercado associados aos materiais clonais mais resistentes às pragas e doenças têm reduzidos os custos de produção e, com a assistência técnica da Emater-RO a produtora tem se estabelecido na lavoura. Sua amêndoas de cacau são de qualidade e possuem maior valor agregado no mercado, ampliando os resultados financeiros da propriedade. PRODUTOR

Inês Ferreira Rocha RESP. TÉCNICO

O cacau passou a ser a principal renda da propriedade.

Silésia da Silva

São Felipe D’Oeste-RO

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EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DE ATER

CAFÉ Coffea canephora

A família encontrou na assistên cia tércnica da Emater-RO a solução para aumentar a sua produtividade e aumentar a renda.

Em 2016 a cafeicultura estava em expansão no estado de Rondônia. Foi quando Gilmar Aparecido Lorenzoni sentiu que já era hora de diversificar as atividades na sua propriedade e iniciou seuis primeiros plantios de café. Com o incentivo do governo do estado fomentado pela distribuição de mudas de café por meio da Secretaria de Estado da Agricultura e orientação técnica dos extensionistas da Emater-RO, Gilmar ampliou sua lavoura, utilizando para o plantio de café, 1,73 hectares. A família, que buscou nos serviços de assistência técnica e extensão rural aumentar a sua produtividade e melhorar a rentabilidade por hectare, superou o que a pecuária leiteira estava oferecendo naquele período. Para chegar a esse resultado, eles foram inseridos no Programa de Revitalização das Lavouras, elaborado em parceria pela Seagri, Emater e Embrapa, que tem por objetivo melhorar a qualidade e produtividade do café de Rondônia. Em 2019, o produtor rural, convidado pela equipe técnica do escritório local da EmaterRO em Primavera de Rondônia, na região de Pimenta Bueno, conheceu uma técnica de fermentação induzida no café desenvolvida, que lhe traria melhores práticas de pré e pós-colheita para produção de um café de melhor qualidade. Assim, seguindo as recomendações técnicas, realizou o processo de secagem suspenso com sucesso e separou a colheita em lotes, 16

alcançando mais controle do café na propriedade. O acompanhamento técnico sistemático prestado pela Emater-RO, por intermédio dos seus extensionistas, despertou o produtor para a inovação tecnológica, assim com seu espírito empreendedor, Gilmar instalou internet na sua pequena propriedade a fim de otimizar a comunicação e a busca de novos conhecimentos e a consequente agregação de valor à sua produção em lotes, alcançando mais controle do café na propriedade. A esposa, Luciane Alves da Silva Lourenzoni, tem uma posição fundamental na propriedade. É dela a responsabilidade de acompanhar as ferramentas de gestão, essencial para obtenção do controle de entrada, saídas, custos e resultados que garantem o sucesso da atividade. Entusiasmado com os resultados obtidos com a lavoura cafeeira, em agosto de 2020 a família participou do 5º Concurso de Qualidade e Sustentabilidade do Café de Rondônia (Concafé) conquistando a pontuação 80,17, o que lhe trouxe ofertas interessantes para a compra do seu café. Entre os planos para o futuro, Gilmar e Luciane pensam em destinar grande parte da lavoura para produção de café especial, garantindo maior visibilidade e melhores negócios.

O acompanhamento técnico daEmater-RO despertou o produtor para a inovação tecnológica. PRODUTOR

Gilmar Aparecido Lorenzoni e Luciane Alves da Silva Lorenzoni RESP. TÉCNICO

Yangson Fan ni Vieira

Primavera de Rondônia-RO


EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DE ATER

INHAME Colocasia esculenta O sítio Monte Alto, localizado na linha Kapa 80, Km 33, lote 139-A, gleba 24, no município de Espigão do Oeste, pertencente ao produtor Vanderlei Adami, recebe assistência técnica da Emater-RO há muitos anos, tanto individualmente, na propriedade como em grupo, através da Associação de Produtores Rurais de Espigão do Oeste. A piscicultura foi o primeiro projeto implantado com assistência técnica e acompanhamento da EMATER. Posteriormente, motivado pelo crescimento da cultura do inhame no estado, começou o plantio no intuito de ampliar as atividades na propriedade gerando oportunidade de trabalho para seus dois filhos. Motivado pelo crescimento do inhame no estado, o produtor plantou uma

Produção de 900 kg de inhame entregues semanalmente nos mercados locais.

lavoura da cultura no intuito de ampliar as atividades da propriedade e abrir novas oportunidades de trabalho para seus dois filhos. Com a comercialização em alta, a família que vendia da produção na região, tornou-se a maior fornecedora do produto e o aumento da demanda levou o produtor

Vanderlei Adami recebe assistência técnica da Emater-RO há muitos anos.

a investir em maquinário para lavagem do inhame. Atualmente, Vanderlei Adami entrega semanalmente 900 Kg de inhame nos mercados locais, faturando em torno de R$ 135.720,00. A propriedade a família Adami é reconhecida pela alta diversificação e é exemplo de inclusão produtiva de toda família. Além do inhame a propriedade tem atividades como: pecuária leiteira, piscicultura e, atualmente, a família está iniciando com o plantio de café. A Emater tem prestado assistência técnica mostrando oportunidades e otimizando o sistema produtivo de forma consistente. Com isso, a expectativa é agregar e maximizar as rendas na propriedade, aumentando o desenvolvimento socioeconômico e ambiental para realizar a sucessão familiar. PRODUTOR

Vanderlei Adami RESP. TÉCNICO

Cris ane Abid Mundim Almeida e Erick Silva Nogueira Espigão do Oeste-RO

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EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DE ATER

OLERICULTURA Motivados pelos extensionistas da Emater-RO, o produtor rural, Ismael Marques do Amaral e sua esposa, Luzia Camargo do Amaral deram inicio ao cultivo de hortaliças em sua propriedade, localizada na linha Projetada, Lote 70, Gleba 72, em 2007, em São Felipe do Oeste, com intuito de implementar uma cultivo de retorno e ciclo rápido. A produção era comercializada na feira O produtor foi orientado a controlar pragas e doenças e reduzir o uso de defensivos agrícolas.

A assistência técnica foi essencial para o sucesso na produção de hortaliças.

livre do município, com incentivo do governo estadual, por meio da EmaterRO, em 2019 o produtor foi cadastrado no Programas de Aquisição de Alimentos ( PA A ) e P r o g r a m a N a c i o n a l d e

Alimentação Escolar (PNAE), gerando aumento de produção e renda para a família. A intervenção dos extensionistas da Emater-RO na propriedade foi fundamental para direcionar o sucesso com incentivo à produção de hortaliças de qualidade. O produtor foi orientado a controlar pragas e doenças, reduzir o uso de defensivos agrícolas e a promover a regularização ambiental de sua propriedade através da acessibilização da outorga da água. A renda anual com a comercialização das olerícolas é de R$ 54.000,00 e o produtor realizou novos investimentos na propriedade implantando a cultura da banana e cacau, que lhe trouxeram novas oportunidades. Com o surgimento dessa nova alternativa foi possível trazer seu filho para trabalhar na atividade, unindo a família e iniciando o processo de sucessão familiar na produção. PRODUTOR

Ismael Marques do Amaral

A assistência técnica foi essencial para o sucesso na produção de hortaliças. 18

RESP. TÉCNICO

Daniel Carlos Monteiro de Souza

São Felipe D’Oeste-RO


EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DE ATER

MANDIOCA Manihot esculenta A mineira Vilma Maria da Silva morava em Rolim de Moura, mas não pensou duas v ezes quando teve a oportunidade de trocar sua residência na cidade por uma pequena chácara de 4,0 hectares, no Projeto de Assentamento Casulo, em Pimenta Bueno. Vilma tinha um conhecimento básico sobre cultivo da mandioca e produção de farinha, assim, motivada pela experiência e com a orientação técnica do extensionista da Emater-RO, iniciou o seu sonho de cultivar a sua produção. Com o plantio da mandioca, iniciou uma pequena produção de farinha, em processo artesanal, para consumo da família e comercialização do excedente para aumentar a sua fonte de renda. Com o passar dos anos, a demanda de farinha foi aumentando e Vilma sentiu a

A agroindústria, que tem capacidade atual de produção de 700 quilos de farinha por mês.

necessidade de ampliar seu plantio e seu processo de produção, inclusive fomentando o plantio de mandioca com alguns vizinhos. Em 2018, orientada pelos extensionistas da Emater-RO, investiu em um processo de automatização da produção. Adquiriu dois fornos com revolvimento automático, ralador motorizado, prensa hidráulica, descascador, balança e empacotadora 19

A produtora iniciou a atividade com uma pequena produção de farinha em processo artesanal, para consumo.

entre outros. Com a profissionalização do empreendimento e aumento da escala de produção surgiu a “Farinheira Silva”. A agroindústria, que tem capacidade atual de produção de 700 Kg de farinha por mês, está em processo final de regularização junto a Vigilância Sanitária. Vilma está vencendo seu principal desafio, que é manter a qualidade e padronização do produto, além de incrementar a produção de mandioca na propriedade, reduzindo a necessidade de compra externa para maximizar os custos e elevar a rentabilidade. Hoje, a produtora vende seu produto em programas de incentiuvo do governo, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e Programa Nacional de Educação Alimentar (PNAE), além de comércios e mercados de Pimenta Bueno, faturando, aproximadamente, R$ 54.600,00 por ano. PRODUTOR

Vilma Maria da Silva RESP. TÉCNICO

Alnex Groner

Pimenta Bueno-RO


EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DE ATER

AGROECOLOGIA Integrante do projeto de Reflorestamento Econômico Consorciado e Adensado (Projeto Reca), o produtor Semildo Kaefer foi um dos beneficiários da certificação orgânica, de seus produtos, garantindo um diferencial adicional na comercialização e no aumento de sua renda familiar.

A preocupação em gerar o alimento agroecologicamente correto permitiu ao agricultor o reconhecimento de seu trabalho.

Semildo foi um dos primeiros produtores rurais a investir na produção de alimentos de forma natural, seguindo a proposta de preservar o meio ambiente, o solo e os microssistemas que englobam todo o sentido do termo “agroecológico”.

Sócioparticipativa da Amazônia, entidade que certifica a produção de venda direta ao consumidor por meio de vendas em feiras. Com a necessidade de comercializar o produto industrializado, em 2008 deu-se início à certificação por auditoria com o Instituto Biodinâmico, que hoje certifica 35 produtores rurais agroecológicos. Por meio da Emater-RO, esse grupo tem recebido capacitação contínua em processos naturais, sendo orientados no manejo agroecológico com informações na confecção de caldas, defensivos, compostagem e adubação verde, levando à família opções de produção no âmbito agroecológico, não apenas do produto comercializado, mas também como opção de vida, além de proporcionar ao consumidor final, produtos de qualidade com a garantia de uma produção sustentável.

Essa preocupação em gerar o alimento agroecologicamente correto permitiu ao agricultor o reconhecimento de seu trabalho na pequena propriedade, em Porto Velho. Visitantes de várias partes de Rondônia e de estados circunvizinhos tiveram a oportunidade de conhecer e trocar experiências sobre a prática de 15 anos de dedicação à esse sistema. Em 2005, junto com um pequeno grupo de agricultores, Semildo filiou-se à Associação de Certificação

Semildo Kaefer foi um dos beneficiários da certificação orgânica, de seus produtos.

PRODUTOR

Semildo Kaefer RESP. TÉCNICO

Simone Kaefer

Porto Velho-RO

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EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DE ATER

PISCICULTURA Manoel Ramos da Costa, agricultor familiar, residente e domiciliado no sítio Boa Esperança, localizado na linha 632, lote 20, gleba 4-A, no município de Candeias do Jamari, é assistido pela Emater-RO desde o ano de 2014, com culturas permanentes e temporárias. No ano de 2017, a família resolveu arriscar na atividade da piscicultura, pois eles queriam diversificar a produção, aumentar a renda e a qualidade de vida. O produtor conta com apoio do filho Ellington, que reside em Porto Velho e retornou ao sítio para dar suporte ao pai nessa atividade. A partir desse momento, a família participou de palestras, dia de campo e encontros sobre piscicultura, realizados pela Emater-RO e instituições parceiras, a fim de aprender mais sobre a atividade piscícola. Eles também foram orientados na formalização das licenças prévia (LP), de instalação (LI) e de operação (LO) e da outorga da água. A família iniciou a atividade no sistema semi-intensivo com sete tanques, onde recria e engorda peixes da espécie tambaqui (Colossoma macropomum) e pintado (Pseudoplatystoma fasciatum), mantidos sob lâmina de água em profundidade média de 1,50 metros. No ano de 2019 a família Ramos fez a primeira despesca de tambaqui, quando

A família iniciou a atividade no sistema semiintensivo com sete tanques, onde recria e engorda peixes da espécie tambaqui.

foram retiradas seis toneladas de peixe no valor de R$ 5,00/kg, e duas toneladas de pintado no valor de R$ 7,00/kg. Com o programa “Peixe Saudável”, por meio dos projetos “Laboratório Móvel” e “Custo de Produção”, o produtor foi capacitado em alguns tipos de análise e monitoramento da qualidade da água, importância do manejo de arraçoamento e demonstração de método em necropsia de peixes para visualização macroscópica de possíveis lesões e/ou alterações que indicam problema sanitário. Também foi aderido e firmado o compromisso do escritório local da Emater-RO de Candeias do Jamari junto ao produtor Manoel, para gestão da atividade, com anotações e arquivo dos recibos e notas de compras e vendas de tudo que envolve a atividade para composição dos custos de produção, tornando possível a identificação e o diagnóstico da eficiência produtiva e econômica da atividade piscícola em desenvolvimento. PRODUTOR

Manoel Costa Ramos

A primeira despesca de tambaqui foi realizada em 2019, com seis toneladas de peixe. 21

RESP. TÉCNICO

Nilson Rodrigues Ramos

Candeias do Jamari-RO


EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DE ATER

RAMBUTÃ Nephelium lappaceum O produtor rural Selso Rudi Rech, catarinense, chegou na região do distrito de Nova Califórnia na década de 1980, onde adquiriu a chácara Rech, no ramal dos Pioneiros, no Km 4, buscando novos horizontes na agricultura. Em meados de 1990, outro produtor, também da comunidade, trouxe por curiosidade uma fruta exótica, de origem asiática, comprada fora do estado, o rambutã, e comercializou com os demais sitiantes do distrito. Selso Rudi resolveu investir na nova fruta e para isso, implantou um pouco mais de um hectare para saber um pouco mais sobre a fruta. Observou que a cultura se adaptou bem ao clima e ao solo e que teve boa aceitação pelo consumidor. Desta forma, começou a fazer uma troca gradual dos cultivos que já trabalhava pela do rambutã. Orientado pelos extensionistas, em 2009 o produtor fez seu primeiro financiamento e adquiriu um trator. Nessa época, Nova Califórnia não contava ainda com um escritório da Emater-RO que foi inaugurado somente em 2011, o que dificultava um pouco o atendimento. O

O produtor procurou a Emater-RO para conhecer mais sobre o rambutã.

escritório mais próximo de sua propriedade era o de Extrema, ainda assim ele conseguiu receber as orientações que necessitava. Ao longo desta última década, Selso foi incentivado e contemplado com créditos que impulsionaram sua podução e suas vendas de rambotã. Hoje, a cultura é o seu produto principal, com a safra de aproximadamente 25 toneladas de frutos comercializado em todo estado de Rondônia. A última aquisição do produtor, que trouxe para a família mais segurança e confiabilidade para dar continuidade à produção de rambutã, foi um caminhão financiado pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) Mais Alimento. Com essa aquisição, o produtor poderá atender seus clientes em todo o estado, com excelência na produção e redução de perdas. PRODUTOR

Selso Rudi Rech RESP. TÉCNICO

Simone Kaefer

Nova Califórnia Porto Velho-RO

O produtor procurou a Emater-RO para conhecer mais sobre o rambutã. 22


EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DE ATER

AÇAÍ Euterpe oleracea O produtor rural Francisco Monteiro Santos tem uma propriedade localizada no Km 66 da BR-364, ramal Jorge Alagoa, Km 10 e sua principal a vidade é o cul vo de Açaí. Assis do pelos extensionistas da Emater-RO desde o ano de 2017, quando passou a ter o acompanhamento da assistência técnica, o produtor recebeu orientações para escolha e preparo da terra, adubação e mudas para uma área de, aproximadamente, três hectares. Implantou tecnologia através do sistema de irrigação por gotejamento, u lizando uma roda d'água que abastece uma caixa de cinco mil litros e irriga a lavoura por gravidade. A equipe técnica da Emater-RO em Jaci Paraná, promoveu o encontro do produtor com a Coopera va de Produtores Rurais do Observatório Ambiental Jirau (Coopprojirau) que mostrou interesse em comercializar a safra de açaí para abastecimento da agroindústria de polpas de frutas. O preço tem sido hoje a R$ 2,03 por quilo de

A lavoura de açaí está dando ao produtor uma oportunidade de aumento de renda familiar.

fruto e as entregas estão sendo realizadas quinzenalmente, variando de 600 a 900 quilos por entrega. Hoje, a lavoura de açaí está dando à Francisco uma grande oportunidade de aumento de renda familiar.

O produtor recebeu orientações dos extensionistas da Emater-RO para escolha e preparo da terra.

PRODUTOR

Francisco Monteiro Santos RESP. TÉCNICO

A Emater-RO promoveu o encontro entre o produtor e a cooperativa para viabilizar a comercialização do produto. 23

Dilmar Elias dos Reis

Jaci-Paraná Porto Velho-RO


EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DE ATER

CAFÉ Coffea canephora O produtor rural Juarez Gonçalves da Silva é natural do estado do Espírito Santo e desde pequeno trabalhava com seus pais no cul vo de café. Quando veio para o estado de Rondônia, con nuou exercendo essa a vidade, porém na propriedade de terceiros, em parceria com outros produtores Em 2001, conseguiu, através do Incra, um pedaço de terra no O produtor Juarez trabalha com a cultura do café desde Projeto de Assentamento Joana pequeno, na propriedade de seus pais. Darc III, na Agrovila União dos Camponeses, no município de Porto produção reagiu. Velho. É lá que convive com sua família até os dias de hoje e foi lá que iniciou a a vidade As a vidades foram realizadas com recursos plantando 1.500 pés de café convencional em próprios do produtor, assim, ele foi orientado seu sí o. pelos extensionistas da Emater-RO a obter melhor aproveitamento de defensivos Em 2014, do programa de distribuição de alterna vos e adubação com base mudas das secretarias de agricultura em agroecológica, melhorando as condições do parceria com a Emater-RO, adquiriu novas pomar para alavancar a produção. mudas e iniciou o plan o de café clonal. Nesse mesmo ano, par cipou do primeiro Concurso O resultado veio em 2020. A produção de de Qualidade e Sustentabilidade do Café de café teve um aumento de quase 100%, Rondônia (Concafé), mas não obteve êxito. passando das 16 sacas para 30 sacas de café A par r de 2018 decidiu ampliar a sua produção, que era de 2,5 hectares, para 4,0 hectares e em 2019, seguindo as orientações técnicas dos extensionistas da Emater-RO, sua

Animado com o êxito da nova produ vidade, Juarez inscreveu-se no 6º Concafé, concorrendo com 214 amostras de café oriundas de todo o estado e ficou entre os 30 primeiros colocados na categoria qualidade do café, sendo cer ficado como o melhor café da região de Porto Velho. Com essa conquista, outra veio logo em seguida. Com o resultado do concurso, seu café, que em Porto Velho era comercializado a R$ 320,00 a saca, foi vendido a R$ 520,00. PRODUTOR

Juarez Gonçalves da Silva RESP. TÉCNICO

Em 2020 o produtor recebeu o certificado como o melhor café da região de Porto Velho.

Dionísio Dantas de Queiroga

PA Joana Darc III Porto Velho-RO

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EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DE ATER

AGROECOLOGIA O casal Eder Borsoni e Daniele Pereira Bastos Borsoni, proprietários do sítio “Cantinho do Céu”, localizado na linha 152, Km 7,750-Norte, lote 49, gleba 03, no municipio de Novo Horizonte do Oeste, passaram a receber atendimento da Entidade Autárquica de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Rondônia (EmaterRO), através do Projeto Piloto nº 001/2017, Instrumento Especifico de Parceria entre a autarquia e a Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater).

A alternativa resultou em economia financeira para o casal

utilizar alguns produtos alternativos.

Alternativas agroecológicas de controle de pragas e doenças

No decorrer das atividades desenvolvidas e através das orientações e acompanhamentos realizados pelos extensionistas, a família passou a

Dentre os produtos trabalhados como alternativas agroecológicas de controle de pragas e doenças para serem utilizados na lavoura de café estão: calda bordalesa e calda sulfocalcica entre outras que contribui para uma diminuição na incidência de pragas existentes, reduzindo o uso de pulverização com inseticidas. O uso da calda sulfocalcica resultou ainda em economia financeira para o produtor que investiu R$ 30.00 para fazer três pulverizações na lavoura, conseguindo controlar insetos como o ácaro vermelho e as cochonilhas, enquanto com inseticida seu gasto era de R$ 240,00 (R$ 80,00 por pulverização), ou seja, a alternativa gerou uma economia de 87,5% somente nos custos de controle de pragas e doenças.

PRODUTOR

Eder Bolsoni e Daniele Pereira Bastos

O produto contribui para uma diminuição na

RESP. TÉCNICO

incidência de pragas existentes, reduzindo o uso de pulverização com inseticidas.

Daniela Dalazen

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Novo Horizonte D’Oeste-RO


EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DE ATER

CACAU Theobroma cacao Em maio de 2018, Emater-RO e Ceplac deram início à divulgação do programa de revitalização da lavoura cacaueira na região, com o objetivo de distribuir sementes melhoradas de cacau para os produtores rurais que estivesse interessados em investir na cacauicultura. Gilson, que participava das palestras, procurou os extensionistas da Emater-RO para conhecer melhor a cultura e se cadastrar para receber as sementes de cacau. Sua ideia era diversificar sua cultura e agregar renda para o investimento na terra. O produtor plantou as sementes recebidas em sua propriedade, localizada na linha 188-Sul, Km 2,5, lote 18-D, gleba 32, no município de Santa Luzia do OesteRO. Quatro meses depois elas foram clonadas e seis após após o plantio, as mudas clonais foram para o campo. Hoje, Gilson já possui 700 plantas com dois anos de plantadas e adquiriu mais 200 mudas do clone PS1319 com

Gilson participou das palestras e procurou a Emater-RO para conhecer mais sobre a lavoura cacaueira.

recursos próprios, afim de aumentar e enriquecer sua lavoura. O seu cacau produz aproximadamente de 4 a 6 Kg por planta, com valor atual entre R$ 9,00 e R$13,60 o quilo. Com assistência técnica dos extensionistas da Emater-RO e empenho do produtor, a lavoura está com um bom desenvolvimento vegetativo e já possui algumas plantas em frutificação.

PRODUTOR

Gilson Oliveira de Almeida

O produtor recebeu sementes melhoradas de cacau, distribuídas pelo programa do governo estadual.

RESP. TÉCNICO

Cris ane Codeço Vieira e Sebas ão Aparecido da Silva Santa Luzia D’Oeste-RO

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EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DE ATER

FARINHEIRA O produtor Closomir Ferreira da Silva, residente na linha 47,5, Km 42, gleba III, no municíio de Alta Floresta do Oeste, iniciou na a vidade de produção de farinha depois que par cipou de um curso de capacitação oferecido pela Emater-RO, em parceria com o Senar, o que incen vou ele e sua família a iniciar a a vidade. A família recebe apoio da Associação dos Produtores Rurais local que viabiliza a u lização de equipamentos como: torrador; prensa, bolinete, triturador, lavador, classificador de farinha, seladora e balança eletrônica, adquiridos através de emenda

A família recebe apoio da Associação de Produtores Rurais que viabilizou os utensílios parea a farinheira.

parlamentar. Com o processamento do produto derivado da mandioca, a família diversificou as a vidades na propriedade conseguindo aumentar sua rentabilidade e gerar renda na comunidade. Hoje ele busca melhorar a estrutura para o processamento da farinha.

Diversificação da atividade e geração de renda para a comunidade.

PRODUTOR

Participar do curso da Emater-RO foi essencial para que o produtor despertasse interesse pela atividade. 27

Closomir Ferreira da Silva RESP. TÉCNICO

Osmar de Alcântara Benites Alta Floresta D’oeste-RO


EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DE ATER

REGULARIZAÇÃO AMBIENTAL O piscicultor João Espinoso de Morais foi um dos primeiros piscicultores a ser assistido pela Emater-RO no acompanhamento do licenciamento ambiental para atividade piscícola no município de Nova Brasilândia do Oeste. A atividade na propriedade de 20,57 hectares, localizada na linha 130-Norte, Km 12, sempre contou com mão de obra familiar. Em 2019, o produtor, sua esposa Dalva e seus filhos Deni e Bruno buscaram nos extensionistas da Emater-RO, apoio técnico para manter a criação de peixes regularizada na sua propriedade. Com essa perspectiva, a equipe, em parceria e colaboração de instituições de apoio, acompanhou este caso de regularização das atividades, conquistando a renovação da Licença de Operação (LO). Os relatórios de monitoramento ambientais semestrais foram elaborados conforme exigência da legislação vigente, objetivando a renovação e sanando as

Os relatórios de monitoramento ambientais semestrais foram elaborados conforme exigência da legislação

dificuldades até que a licença fosse aprovada. Dentre as tarefas desempenhadas para a regularidade ambiental da atividade, consta também a primeira dispensa de outorga do direito de uso de recursos hídricos, emitida pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam). Hoje, essa unidade familiar é caso de sucesso com a atividade de piscicultura atualmente regularizada e em vias de alcançar ainda mais êxitos com a atividade.

PRODUTOR

João Espinoso Morais

A atividade piscícola está regularizada e deve alcançar novos resultados positivos.

RESP. TÉCNICO

Andréia Teixeira da Silva Nova Brasilândia D’oeste

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EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DE ATER

URUCUM Bixa Orellana O produtor Josias Laurencio dos Santos, reside com sua família no distrito de Izidôlandia, na Linha 138, Km 01, há mais de 20 anos. No inicio dos trabalhos da Emater-RO na região, a principal renda do produtor era pecuária mista, corte e leite, em uma área pequena de 7,26 hectares. No ano de 2016, motivado pelo preço compensador do urucum, o produtor resolveu plantar seis hectares da cultura no espaçamento 5X4, totalizando 500 plantas por hectare e um total de 3.000 plantas em toda a área. Para o plantio da lavoura o produtor adquiriu sementes de outros produtores da região e formou sua própria lavoura. Em 2018, Josias obteve uma produção de oito toneladas e um faturamento bruto de R$ 60.000,00. Já, em 2019, o preço do urucum caiu drasticamente, chegando a não cobrir o preço da manutenção da lavoura, o que levou o produtor a não investir mais na cultura.

O produtor decidiu implantar a lavoura motivado pelo preço do urucum em 2016.

No ano de 2020, dos seis hectares plantados, o produtor colheu urucum de somente dois hectares, totalizando 2.500 Kg. Com a estabilização dos preços e mesmo com todas as dificuldades, o produtor voltou a investir na atividade, iniciando os tratos culturais de poda em toda a lavoura, fazendo analise de solo para realização da calagem e adubação. Os extensionistas do escritório local da Emater-RO o orientaram sobre a correção e adubação do solo e o incentivaram a contabilizar os custos a produção da lavoura a fim de ter o poder de barganha na negociação, minimizando possiveis prejuízos com a safra. Com isso, Josias renovou seu animo na cultura do urucum e espera manter sua família com a renda da lavoura como nos anos anteriores. PRODUTOR

Josias Laurencio dos Santos RESP. TÉCNICO

Carlos Dalazen

Reforma da lavoura através de tratos culturais em 2020. 29

Alta Floresta D’oeste-RO


EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DE ATER

AGROINDÚSTRIA DE PESCADOS Em 2019, a Associação dos Agricultores e Piscicultores de Alvorada do Oeste (AAPA), inaugurada em 1992 com intuito de ajuda mutua, passou por um processo de regularização de sua situação cadastral que resultou em grande importância na motivação dos piscicultores da região de Tancredópólis. Até então, muitos tinham abandonado a cultura por falta de mercado consumidor para o pescado. Com a atividade piscícola em baixa, havia a necessidade de se criar opções que pudessem resgatar o incentivo à piscicultura. Assim, o processamento do pescado surgiu como alternativa para agregação de valor e geração de renda tanto para os produtores rurais familiares como para o próprio município. Os extensionistas da Emater-RO de Alvorada do Oeste que prestam assistência à região iniciaram encontros para realização de reuniões técnicas e de orientação, incentivando a retomada da produção. Em 2020, a Associação conseguiu, por intermédio da Emater-RO, a liberação da licença prévia e cerca de R$ 500 mil advindos de emenda parlamentar. Esse recuso foi destinado para construção, após a elaboração de outorga e a liberação da licença de instalação junto à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam).

A associação passou por processo de regularização e reestruturação. O recursos financeiro ainda serviu de suporte para regularização da associação via Sistema de Parcelamento e outras negociações (Sispar), com liberação de demais recursos para aquisição de implementos. Através da Emater-RO foram promovidos ainda, cursos para os associados em diversas áreas e eventos para angariar fundos para despesas da associação. Também foram emitidos Cadastro Ambiental Rural (CAR) e Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP) aos associados, o que contribuiu para a liberação de recursos financeiros de emendas parlamentares.

Aquisição de implementos via Sistema de Parcelamento e outras negociações (Sispar).

PRODUTOR

Assoc. Aric. e Pisc. de Alvorada do Oeste -AAPA Antonio Mateus Viana

Assim, o processamento do pescado surgiu como alternativa para agregação de valor e geração de renda.

RESP. TÉCNICO

Juliane M. Capovilla, Geovani Tomiazzi e Paula Cris na de Araújo Alvorada D’Oeste-RO

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EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DE ATER

BOVINOCULTURA DE LEITE O produtor rural Loan Santana, morador do sítio União, localizado na BR 429 KM 48, no distrito de São Domingos do Guaporé, no município de Costa Marques, adquiriu equipamentos agricolas e matrizes de gado leiteiro melhorada geneticamente por meio das linhas de crédito rural incentivadas pelo governo e oferecida pela Emater-RO Foi o que alavancou a produtividade na sua propriedade, fazendo com que ele saísse de uma produção diária de 180 litros de leite, para alcançar a produção de 670 litros/dia. Loan vem investindo na produção de alimentos para o seu rebanho com implantação e ampliação de piquetes rotacionados e produção de silagem de milho e mantém uma área de quatro hectares de capiaçu plantados para produção de alimento para o rebanho. A propriedade é mantida com mão de obra familiar e a família está inserida no programa do governo estadual “Leite a Pasto”, com três hectares de piquetes implantados. O produtor é beneficiado ainda, com programa de melhoria da qualidade e produtividade do leite, o Proleite, recebendo nitrogênio subsidiado pelo governo.

O produtor conseguiu sair de uma produção diária de 180 litros/leite/dia, para alcançar a produção de 670 litros/leite/dia. 31

O produtor é beneficiado ainda, com programa de melhoria da qualidade e produtividade do leite.

Em de março de 2018, o produtor também implantou manejo rotacionados com capim Mombaça, saindo de uma taxa de lotação de 1,2 UA/ha para 5 UA/ha, resultando no aumento da produtividade dos animais que, de 4,6 passou para 10 litros/vaca/dia, além de outros ganhos como: animais com melhor escore corporal, menor incidência de carrapatos, entre outros. PRODUTOR

Loan Santana RESP. TÉCNICO

Wagner Borges de Oliveira

São Domingos Costa Marques-RO

Investimento na produção de alimentos para o rebanho com implantação e ampliação de piquetes rotacionados e produção de silagem de milho.


EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DE ATER

CRÉDITO RURAL A Chácara Boa Sorte, de propriedade do produtor rural Sebastião da Silva, está localizada na linha 76, lote 34-D, Gleba 04, no município de Alvorada do Oeste. Sebastião foi criado no Espírito Santo e no ano de 1999 chegou em Rondônia em busca de um pedaço de terra. A princípio, a família morou em Mirante da Serra, passando por diversos municípios, como Alvorada do Oeste, onde morou até o ano de 2009 e Urupá, mas foi somente em 2016 que conseguiu, através do incentivo do Programa Nacional de Crédito Fundiário, adquirir seu imóvel. Ainda em 2016, a equipe técnica da Emater-RO local passou a prestar assistência ao produtor, orientando sobre realização do plantio da lavoura de café clonal irrigada que o produtor conseguiu formar com crédito do recurso de contratação da linha de crédito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) categoria A, e do programa de subprojetos de investimentos básicos (SIB).

A família foi beneficiadas com as políticas públicas de governo.

Em 2016, a equipe técnica da Emater-RO começou a prestar assistência ao produtor no plantio da lavoura de café clonal irrigada.

Sebastião foi beneficiado ainda, com o programa de distribuição de mudas de café oriunda de políticas públicas do governo estadual, executado pela Emater-RO. PRODUTOR

Sebas ão da Silva RESP. TÉCNICO

Jimmi Brito Mugrabi

Alvorada D’Oeste-RO

O imóvel foi adquirido através do incentivo do Programa Nacional de Crédito Fundiário. 32


EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DE ATER

MARACUJÁ Passiflora edulis O produtor rural Moisés da Silva Leite, morador da Linha 43, Km 04, setor Planalto, no município de Seringueiras, foi um grande produtor de café nos anos 2000, mas desanimado com a atividade em virtude da desvalorização no mercado internacional, migrou para pecuária leiteira que nunca foi seu foco. Ainda insatisfeito, em 2016, por recomendação de extensionistas da Emater-RO, investiu na cultura do maracujá. Hoje, o fruto é a sua principal fonte de renda. Moisés já possui uma pequena despolpadeira de frutas que, além do maracujá, despolpa o cupuaçu e a acerola que, também produz, mas em menor quantidade.

A lavoura é mantida com mão de obra familiar e a família já pensa em investir na agroindústria.

possibilita o cultivo de outras culturas como do inhame, batata doce, banana e café, além de outras frutíferas em menor quantidade tais como, acerola, cupuaçu e abacaxi.

O maracujá é vendido tanto em frutos in natura, como polpa com semente e grande parte da produção é consumida no estado do Acre, para onde o produtor também comercializa seu produto. A lavoura é mantido com mão de obra familiar e tem se mostrado muito produtiva. A estrutura da propriedade,

A despolpadeira de frutas a acerola que também é produzida na propriedade.

A família trabalha agora, para que no futuro possa investir em uma agroindústria, que demanda um valor financeiro alto que hoje a família não tem disponível, mas cuja instalação faz parte de seus projetos futuros. PRODUTOR

Moisés da Silva Leite

O maracujá é vendido tanto em frutos in natura, como polpa com semente. 33

RESP. TÉCNICO

Alex Souza Simões

Seringueiras-RO


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OLERICULTURA O casal de produtores rurais Veroni de Fátima Wilhelme Carneiro e João Maria Crespim Carneiro chegaram a Rondônia, em 1993, no município de Cacoal, onde trabalharam por um ano como meeiros com a cultura do café conillon. No ano seguintede 1994, o casal de produtores rurais juntamente com seus dois filhos mais velhos, Gisele Wilhelme Carneiro e Fagner Wilhelme Carneiro, mudaram-se para A família teve acesso ao Pronaf e, no ano de 2016, financiou uma Seringueiras onde vivem até estufa e um sistema de irrigação para trabalhar com olericultura. hoje. assistência técnica e extensão rural na Assim como em Cacol. Em propriedade. Seringueiras eles também iniciaram a vida A família foi orientanda sobre como como meeiros em uma lavoura de café. A conduzir a lavoura de café para se obter atividade dutou quatro 4 anos. bons índices na colheita e qualidade Em 1998 dona Veroni e seu João dessa cultura e, assim, melhorar a receberam uma nova proposta de qualidade de vida. emprego: trabalhar de empregados em Em seguida, foram apresentados às uma Fazenda no setor Manoel Correira, linhas de crédito disponíveis, que ela como cozinheira e ele como capataz poderiam auxiliar na diversificação das da fazenda. Nesse mesmo período atividades na propriedade e geração de nasceu seu terceiro filho, Fábio Wilhelme renda na unidade familiar. Através do Carneiro. crédito rural, a família teve acesso ao Como empregados na fazenda, o casal Programa Nacional de Fortalecimento da conseguiu, com muito esforço e Agricultura Familiar (Pronaf). dedicação, juntar dinheiro para realização No ano de 2016 o casal financiou uma do seu grande sonho: adquirir sua própria estufa e um sistema de irrigação para propriedade rural. trabalhar com horticultura, porém, com o O ano de 2004 o sonho se tornou passar dos anos, problemas climáticos realidade e eles conseguiram comprar com ventos e chuvas muito fortes oito hectares de terra na linha 108, Km 03, dificultaram o trabalho com a estufa. no setor Aeroporto, no município de Seringueirasa a qual deram o nome de Chácara Paraná. Após aquisição de sua propriedade, o PRODUTOR casal começou a trabalhar com a lavoura Veroni de Fá ma Wilhelme Carneiro de café já existente nessa propriedade. RESP. TÉCNICO Em 2010, tiveram o primeiro contato Ta ane Ribeiro de Souza com os extensionistas do escritório local Seringueiras-RO da Emater-RO, que começaram a prestar 34


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BANANA Musa Em 2007, quando o produtor rural Élio Alves de Oliveira adquiriu a propriedade na Linha 2, 3ª P/ 2ª Eixo, Km 2, Travessão, Gleba 68, Lote 56-B, no município de Cerejeiras, na região sul do estado, já havia uma plantação de banana iniciada na área. Na época, o produtor enfrentava sérios problemas com pragas na cultura, o que vinha dizimando seu bananal e prejudicando sua principal fonte de renda. Desanimado com a situação o produtor pensou em desistir da atividade. Com a assistência técnica da EmaterRO e incentivo das politicas públicas do governo estadual, Élio conseguiu mudas de banana prata (BRS Vitória), mais resistente às doenças como: mal-doPanamá, sigatoka negra e sigatoka amarela.

O incentivo dos extensionistas da Emater-RO contribuiu para que o produtor não desistisse da atividade.

Além de um produto mais resistente às doenças, hoje ele tem mais qualidade e um fruto de maior durabilidade de prateleira. PRODUTOR

Elio Alves de Oliveira

O incentivo permitiu que o produtor retomasse a atividade e hoje ele obtém sucesso no seu bananal.

O produtor enfrentou sérios problemas com pragas, no início da atividade. 35

RESP. TÉCNICO

Lílian Ferreira de Melo Cerejeiras-RO

Produtos de qualidade e mais resistente à doenças.


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BOVINOCULTURA LEITEIRA A propriedade de Valtezer Roque Machado fica localizada na linha G1 do Projeto de Assentamento Guarajús, no município de Corumbiara. Desanimado com sua produção de leite, que era de 150 litros de leite/dia, com média de 10 litros de leite por vaca ao dia, o produtor estava desistindo da atividade leiteira, até que recebeu uma visita técnica dos extensionistas da Emater-RO. Foi nessa visita que Valtezer conheceu um projeto que visava a melhoria na parte genética e alimentar dos animais com a gestão da atividade. Isso animou o produtor a investir novamente na estruturação de sua propriedade e retomar o trabalho de produção de leite. Para dar suporte ao projeto, os extensionistas da Emater-RO elaborara outro projeto, desta vez de crédito rural para aquisição de novas matrizes leiteiras e equipamentos agrícolas. A proposta visava melhorar a produção de leite, produzir silagem e melhorar as pastagens para as vacas e novilhas.

O produtor foi contemplando ainda, com o projeto de governo Leite a Pasto, que proporcionou a implantação, em sua propriedade, de um sistema de pastagem rotacionada. Foram implantados pastagem de capim mombaça em uma área de três hectares, onde 15 animais que se encontram em produção, permanecem durante o período de chuvas, sendo feita nessa área, a cada ano, a adubação de correção. Na propriedade, como ferramenta reprodutiva, o produtor realizava a técnica de inseminação artificial e inseminação artificial por tempo fixo (IATF) em seu rebanho de leite. Com incentivo da Emater-RO, ele foi contemplado pelo projeto de Fertilização In Vitro (FIV), que promove a melhoria do gado de leite. O resultado foi um total de 10 nascimentos de animais ¾ e ½ girolando. Valtezer também produziu alguns animais frutos de FIV com recurso próprio e com isso o seu plantel de fêmeas oriundas de transferência de embrião e inseminação já ultrapassam 40 animais. O produtor participa do Projeto Inseminar, do governo estadual, com uma botija coletiva e o nitrogênio usado é subsidiado.

PRODUTOR

Valtezer Roque Machado

O produtor foi contemplando ainda, com o projeto Leite a Pasto e participa do programa Inseminar, ambos do governo estadual.

RESP. TÉCNICO

Gilberto de Oliveira Júnior

Corumbiara-RO

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EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DE ATER

CAFÉ Coffea canephora O produtor Arilson Duarte da Silva atua na atividade da cafeicultura em sua propriedade localizada na Linha 01, Km 8, rumo Colorado do Oeste, há mais de quinze anos, onde trabalhava com café seminal em uma área de aproximadamente três hectares. Oriundo de família tradicional e apaixonado pela cafeicultura, o produtor foi assistido pelos extensionistas da Emater-RO sobre as potencialidades do café clonal e encantou-se com a produtividade e precocidade. Em 2017, Arilson optou pela eliminação da antiga lavoura substituindo-a pelo café clonal, seguindo rigorosamente ao cronograma de plantação da lavoura, preparo da área, abertura dos sulcos de plantio, poda, manutenção do manejo nutricional e controle das pragas e doenças com a finalidade de alcançar boa produtividade. No processo de substituição da lavoura o produtor contou com o auxílio das politicas públicas oferecidas pelo governo do estado, sendo então contemplado com a aquisição de mudas dos clones mais precoces e produtivos para plantação de dois hectares.

Arilson já planeja novos investimentos para a próxima safra. 37

Assistido pela Emater-RO, o produtor trocou a lavoura antiga por café clonal.

No ano de 2020, o produtor realizou a primeira colheita da área total, gerando uma renda que o possibilitou adquirir seu primeiro e tão sonhado carro, gerando maior conforto e segurança para ele e sua família. Para a safra de 2020/2021 o produtor está se programando para plantação de um terreiro suspensos para realização da secagem, o que melhorará a qualidade de seu produto com perspectiva de maior alcance de mercado. PRODUTOR

Arilson Duarte da Silva RESP. TÉCNICO

Fernando Cléber Busanello Colorado do Oeste-RO

O produtor contou com o auxílio das politicas públicas oferecidas pelo governo do estado.


EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DE ATER

OVINOCULTURA O produtor Marcos José Firme iniciou sua atividade de criação de ovinos no ano de 2004, incentivado pelos extensionistas da Emater-RO do escritório regional de Colorado do Oeste que elaboraram o projeto. Na época foram adquiridas mil matrizes e 50 reprodutores P.O para beneficiar 50 produtores familiares da região do Cone Sul do estado. Cada produtor recebeu 20 matrizes e um reprodutor. Para realização do projeto, a EmaterRO contou com a parceria da Associuação dos Criadores de Colorado do Oeste (ASCCOL) com recursos do Fundo de Desenvolvimento do Banco do Brasil.

Marcos Firme conta hoje, com mais de 70 cabeças de ovinos na sua propriedade.

Hoje o produtor conta com mais de 70 cabeças na sua propriedade e vem desenvolvendo a atividade com bom manejo de pastagem, controle sanitário de vermifugação, vacinas e instalações necessárias de aprisco, bebedouros e cochos, orientados pelos extensionistas. Marcos José se destacou na atividade, sendo um dos poucos que permaneceram nesse segmento, mas pode-se verificar que a ovinocultura passou a ser uma atividade complementar, contribuindo de forma significativa no aumento da renda de sua família.

PRODUTOR

Marcos José Firme RESP. TÉCNICO

A Emater-RO incentivou o produtor a iniciar a atividade.

Sandro Malta Xavier e Ênio Roberto Milani

Cerejeiras-RO

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EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DE ATER

URUCUM Bixa Orellana A cultura do Urucum sempre teve destaque social e econômico no município de Corumbiara. Porém, em 2019, por diversos fatores, entre os quais a baixa preço e a falta de comprador para o produto, houve um recuo pela grande maioria dos produtores, extinguindo, aproximadamente, 95% da produção na região. O produtor rural Valdinei Antônio Coelho, residente na linha 04, no município de Corumbiara, obteve no ano de 2020, em uma área de 7,0 hectares, uma produtividade média de 26,620 quilos de urucum e se manteve na propriedade explorando a cultura. Em 2018, os extensionistas da EmaterRO, através do escritório local, elaboraram um projeto de crédito rural para o produtor junto ao Banco da Amazônia, o que permitiu ele pudesse continuar com o cultivo do urucum. Ainda em 2020 Valdinei conseguiu êxito na comercialização de sua produção vendendo o produto a R$ 4,00 o quilo. Para o ano de 2021, ele conta com uma perspectiva de aumento da produtividade média para 31,500 quilos e uma alta no valor a ser comercializado para R$ 7,00 o

Mesmo com a escassez de mão de obra, o produtor se manteve firme na lavoura. 39

Produtividade de mais de 26 quilos de urucum em uma área de 7 hectares.

quilo. Além da dificuldade em relação à comercialização em 2019, houve também a escassez da mão de obra tanto para tocar a cultura de urucum como para outras atividades. Mas, apesar dos percalços o produtor se manteve firme e com boas expectativas em relação à próxima safra do urucum. PRODUTOR

Valdinei Antonio Coelho RESP. TÉCNICO

Equipe local

Corumbiara-RO

Em 2020, a produção foi vendida è R$ 4,00 o quilo.



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