Educação Científica, Inclusão e Diversidade

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Educação do campo: democracia e controle social Nilmar dos Santos Silva Ana Paula Inacio Diório Priscila Brasileiro Silva do Nascimento

Introdução Esse capítulo é resultado parcial de uma pesquisa de dissertação de mestrado, em andamento, que trata de processos educativos emancipatórios no interior do movimento de mulheres trabalhadoras rurais, e cujas pesquisas desenvolvidas comungam com os debates teórico-metodológicos da Educação do Campo como práxis educativa, especialmente, no que diz respeito aos espaços não escolares de aprendizagem e construção de conhecimentos e luta dos povos do campo. Nos últimos decênios, no âmbito das políticas públicas, sejam elas em educação ou em outras áreas, têm sido notória a importância da articulação da sociedade em prol da construção de ações participativas e fiscalizadoras das ações do Estado, de modo que este momento tem se configurado como sendo de enfrentamentos por parte da classe trabalhadora. Diante do avanço de um estado neoliberal, em que os direitos sociais são desprezados, tem-se o conceito de meritocracia, espaço e parâmetro para uma falsa promoção de igualdade, em que os sujeitos sociais são vistos como “empresários de si mesmos” (CHAUÍ, 2018). Com o alargamento do espaço privado em forma de organizações em detrimento do fortalecimento das instituições públicas, é perceptível a importância que o processo de participação democrática e controle social, com o intuito de fiscalizar as práticas do poder público e reivindicar direitos e a implementação de serviços,


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