Conexão 2.0 - Nomofobia

Page 15

m s o r s e. o, m i. ”, m

a e s s, o s s

l, r a a r à e u

e s e. m s o, s -

NOMOFOBIA Derivada de uma expressão inglesa cunhada na Inglaterra, o termo “nomofobia” tem sua raiz na expressão “no mobile phobia”, que significa medo de ficar sem o celular. A comunidade psiquiátrica adotou a definição para si, desde 2008, chamando de nomofóbicos os indivíduos que apresentam distúrbios comportamentais nessa área. O transtorno é caracterizado pela ansiedade, perda de contato com pessoas próximas devido ao uso inconsciente do celular e pelo desespero anormal ao perceber que pode ficar sem o aparelho. Apesar da nomofobia também representar pessoas que usam o celular em excesso, está mais relacionada aos prejuízos que esse hábito causa na saúde. Uma pesquisa feita pela revista Time e pela empresa Qualcomm apontou que 35% dos brasileiros consultam o celular a cada dez minutos. Além disso, 74% assumiram dormir com ele bem perto da cama porque não conseguem ficar longe do aparelho. O psicólogo Cristiano Nabuco, coordenador do Grupo de Dependência Tecnológica do Programa dos Transtornos do Impulso da USP, explica que a nomofobia é uma dependência comportamental em que o indivíduo não consegue ficar longe do smartphone por causa da sensação de bem-estar que o aparelho proporciona. No caso dos nomofóbicos, o uso do celular está associado à satisfação e liberação de dopamina, o hormônio responsável pelo prazer. “Com isso, o nomofóbico sofre toda vez que fica longe do celular, pois o uso dele é como se fosse um remédio”, complementa o especialista. Um estudo promovido pela empresa líder global em autenticação de segurança, SecurEnvoy, revelou que 41% dos britânicos são considerados nomofóbicos, além de usarem dois celulares para se manterem conectados por mais tempo. A pesquisa também concluiu que 70% das mulheres entrevistadas são mais apegadas ao celular do que os homens. Mas os mais afetados são os jovens de 18 a 24 anos: 77% deles sofrem com o transtorno. Em segundo lugar, estão as pessoas de 25 a 34 anos e, em terceiro, usuários com mais de 55 anos. Independentemente do sexo ou da idade, os nomofóbicos têm os mesmos sintomas: “O celular ocupa um espaço na vida dele e ele não sabe como se controlar”, define Nabuco.

REALIDADE Sobre o assunto, a estudante de Rádio e TV, Isadora Gabriela, compartilha algumas experiências negativas. “Cheguei ao ponto de considerar meu celular uma extensão do meu corpo”, revela. Isadora conta que ficava segurando o aparelho nas mãos o dia inteiro, apesar de nem sempre usá-lo, de fato. Se estava almoçando, em uma roda de amigos, junto à família, na fila de um banco e até mesmo em momentos festivos não tirava os olhos da tela do smartphone – mesmo

VOCÊ É NOMOFÓBICO? Pesquisadores da UFRJ e do Instituto Delete desenvolveram testes on-line para dar esse diagnóstico. Porém, o check-list abaixo já pode ajudar você a identificar se tem abusado ou não do celular. (1) Checa o celular a cada 10 minutos, impreterivelmente. (2) Prioriza a vida virtual mais do que a real. (3) Tem dificuldade de ficar longe do smartphone em situações simples do cotidiano. (4) Fica ansioso e nervoso quando, por algum motivo, o celular está inativo. (5) Perde o contato com pessoas próximas em função do aparelho. (6) O rendimento no trabalho tem diminuído e as tensões relacionais aumentado por causa do celular.

33492 – CONEXÃO 01/2016

e e

________ Designer

Fonte: Instituto Delete (institutodelete.com)

________ Editor ________ Ger. Didáticos ________ C.Qualidade JAN-MAR

33492_Conexao1tri2016.indd 15

2016 | 15

20/11/15 10:13

________ Depto. Arte


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.