Creio - Hermisten Maia

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Os Credos e as Confissões

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Alinhemos agora, alguns elementos que atestam a importância e o valor dos Credos: 1) Facilita a confissão pública de nossa fé, organizando de forma sucinta os principais pontos doutrinários de uma denominação. 2) Oferecem-nos de forma abreviada o resultado de um processo cumulativo da história, reunindo as melhores contribuições de diversos servos de Deus na compreensão da Verdade. As confissões refletem mais especificamente a compreensão de uma igreja, não de um teólogo em particular. Estas elaborações, ainda que revelem questões locais e circunstanciais, têm a sua fundamentação nas Escrituras, valendo-se de diversas contribuições da igreja, elaboradas, revistas, corrigidas e consolidadas ao longo da história. Ainda que a confissão seja individual, um testemunho de nossa fé, os credos se constituem num patrimônio da igreja.174 Não estamos sozinhos; podemos e devemos nos valer do que o Espírito tem operado por meio de seus servos ao longo da história. Como vimos parcialmente no início deste texto, Veith nos desafia e consola: Os cristãos modernos são os herdeiros de uma grande tradição intelectual cristã. Essa tradição de pensamento ativo e solução prática de problemas é uma aliada vital dos cristãos que lutam contra as tendências intelectuais do mundo contemporâneo. O uso das deve aprender nesta vida cristã e nesta guerra é que, se você estiver errado em sua doutrina, estará errado em todos os aspectos da sua vida. Provavelmente estará errado em sua prática e em sua conduta; e certamente estará errado em sua experiência” (David Martyn Lloyd-Jones, O Combate Cristão, São Paulo: PES., 1991, p. 101-102). “Não existe nada que seja tão errôneo e tão completamente falso como não perceber a importância primordial da doutrina verdadeira” (Ibidem., 102). “A verdadeira doutrina cristã é sempre urgentemente importante. É de suma importância para toda a vida da Igreja” (Ibidem., p. 103). “Se me pedissem para mencionar o maior problema entre os cristãos atuais, incluindo-se os conservadores, eu diria que é a nossa falta de espiritualidade e de um verdadeiro conhecimento de Deus” (D.M. Lloyd-Jones, As Insondáveis Riquezas de Cristo, p. 8. Prefácio). “Jamais poderemos conhecer demasiadamente as grandes doutrinas da fé, mas se esse conhecimento não nos leva a uma experiência cada vez mais profunda do amor de Cristo, não passa de conhecimento que ‘incha’ (1Co 8.1)” (Ibidem., p. 8. Prefácio) “O conhecimento é absolutamente essencial; sem conhecimento não pode haver nenhum crescimento. Todavia o conhecimento, no sentido verdadeiramente cristão, nunca é meramente intelectual. É assim, e isso porque é o conhecimento de uma Pessoa. O propósito de toda doutrina, o valor de toda instrução, é levar-nos à Pessoa do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo” (Ibidem., p. 165). “O evangelho não começa com as minhas dores e penas, minha necessidade de orientação, minha aflição. Não, começa com conhecer a Deus (...). O objetivo do cristianismo é levar-nos ao conhecimento de Deus como Deus, e ao conhecimento do Senhor Jesus Cristo” (Ibidem., p. 127). 174 Veja-se: W. Seibel, Confissão: In: Heinrich Fries, ed. Dicionário de Teologia, 2ª ed. São Paulo: Loyola, 1987, Vol. I, p. 274.


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