8 mulheres de fe michael a g haykin

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bém quer salvar a alma da prima. Por isso, enviou um de seus capelães mais capacitados, um monge beneditino chamado John Feckenman (c. 1515–1584), para falar com Jane e convencê-la de seus erros teológicos.1 Feckenham não era nenhum novato no debate teológico, visto que havia argumentado com diversos teólogos protestantes importantes do começo dos anos 1550, homens como John Hooper (1500–1555) e John Jewel (1522–1571). É possível que ele tenha pensado que uma jovem como Jane encontraria dificuldade para resistir à sua capacidade de raciocínio. Após a partida de Feckenham, Jane fez o registro desse diálogo. De acordo com o relato dela – e não temos relato similar de Feckenham, embora não pareça haver motivo para duvidar da veracidade da recordação de Jane –, depois de ela haver confessado sua fé na triunidade de Deus, ela afirmou que as pessoas são salvas somente pela fé. Feckenham respondeu citando 1Co 13.2: “Ainda que eu tenha tamanha fé... se não tiver amor, nada serei”. Em outras palavras, Feckenham estava persistindo na ideia de que a salvação resultava tanto da fé como do amor demonstrado pelas boas obras. Jane manteve sua posição: 1  Seu nome verdadeiro era John Howman; ele nasceu em Feckenham, Worcestershire, e, como o historiador J. Stephan Edwards observa, era comum na época que monges abandonassem o sobrenome de suas famílias e, em seu lugar, usassem apenas seu primeiro nome e o nome da cidade em que haviam nascido – assim, “John de Feckenham”, em uma entrevista com Justin Taylor, “The Execution of Lady Jane Grey: 460 Years Ago Today”. Acesso em 27 jul. 2015. Disponível em http://www. thegospelcoalition.org/blogs/justintaylor/2014/02/12/the-execution-of-lady-jane-grey-460-years-ago-today/.

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