Número 3 - Ano I

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Vista frontal do Leopard 1 A5BR da EsMB no Rio de Janeiro À direita, interior do tanque: notar a instrumentação de tiro no compartimento do comandante do carro

No Brasil, a origem da arma blindada no Exército remonta a 1921, quando foram adquiridos na França 12 carros de combate leve Renault FT-17 para formar a Companhia de Carros de Assalto, que seria extinta em 1932.

Família Leopard: Diversas tentativas isoladas ocorreram por ocasião das revoluções intestinas de 1924, 1930 e 1932, estimuladas pela experiência de estrangeiros aqui residentes, que tinham lutado na Grande Guerra (1914-1918) e visto esses engenhos no teatro de operações em variadas formas, tanto sobre rodas como sobre lagartas. Por aqui, os modelos foram produzidos artesanalmente, aproveitando chassis de tratores agrícolas, caminhões e até de carros de passeio. Isso constituiu o que podemos chamar de “embrião” do que viria a ser a indústria de blindados no Brasil com sua ascensão nos anos 1970 e declínio nos anos 1990. A consolidação dos blindados no país se deu em 1938 quando da aquisição de 23 tanquetes italianos Fiat-Ansaldo CV 3 35 II. No 24

DEFESA LATINA

ano seguinte, era criado o Centro de Instrução de Motorização e Mecanização (CIMM) no Exército, transformado em Escola de Motomecanização (EsMM) em 1942 e em 1960 em Escola de Material Bélico (EsMB), berço dos blindados e templo da manutenção no Exército. Somente em 1996 foi criado o Centro de Instrução de Blindados “General Walter Pires” (CIBld), no Rio de Janeiro, hoje operando em Santa Maria (RS), onde as planuras foram consideradas mais propícias ao emprego de carros de combate e a lógica decorrente mandou concentrar os veículos na região para facilitar sua manutenção. Essa unidade tornou-se, assim, responsável pelas ações de formação, padronização, modernização e atualização em instru-

ção e adestramento dos futuros combatentes blindados, muito embora a EsMB tenha reativado os cursos para a área no Rio de Janeiro. Depois da Segunda Guerra Mundial, o Brasil passou a receber modernos carros de combate americanos, sendo os mais expressivos os M-4 Sherman, M-3 Lee e M-3 Stuart, e, em decorrência disso, são criadas várias unidades blindadas no território brasileiro. Já em plena Guerra Fria, nos anos 1960 e 1970, chegaram os carros de combate leve M-41 Walker Bulldog, que, além de irem gradualmente substituindo alguns modelos, tornaramse a espinha dorsal da arma blindada do Exército Brasileiro. Nas duas décadas seguintes, a indústria nacional desenvol-


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