IAE

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Relatório de Atividades 2011

25a Ilustração de uma separação de estágio durante o voo. 25b e 25c Ensaio funcional da separação do 1o estágio do VLS-1 em setembro de 2011.

25a

Instituto de Aeronáutica e Espaço

primeiro estágio. Em 1999, durante o segundo lançamento, ocorreu a explosão em voo do propulsor do segundo estágio. Apesar destas falhas, houve um enorme aprendizado para as equipes envolvidas. A terceira tentativa ocorreria em 2003, mas, com a ignição intempestiva de um dos propulsores do primeiro estágio durante a montagem do veículo, houve a perda completa da Torre Móvel de Integração (TMI) e a morte de 21 técnicos que trabalhavam na montagem final do foguete no CLA. Como consequência do acidente, foi efetuada uma revisão do projeto, conduzida com o apoio da empresa russa SRC Makeyev, que também colaborou no processo de investigação do acidente de 2003. Uma das decisões emanadas desse processo de revisão foi a necessidade de se realizar um voo tecnológico antes da colocação de um satélite no topo do foguete. O veículo a ser utilizado nesse voo tecnológico foi batizado de VSISNAV, que, apesar de fisicamente semelhante ao VLS-1 em sua configuração geométrica, apresenta algumas importantes distinções, quais sejam: somente o 1o e o 2o estágio estarão carregados com propelente e este veículo estará equipado com uma plataforma inercial nacional, denominada SISNAV, que constituirá sua carga útil. Além da plataforma inercial nacional, o voo do VSISNAV permitirá testar a separação do 1o e 2o estágios do veículo e a ignição do 2º estágio sob efeito de aceleração. Em dezembro de 2011, foi realizada 25b

a revisão do projeto preliminar (PDR) das redes elétricas do VSISNAV, em desenvolvimento pela indústria nacional. Além disso, foram realizados dois importantes testes em solo, apresentados nas duas próximas seções. Ensaio de separação dos propulsores do primeiro estágio

Em setembro de 2011, ocorreu o ensaio funcional da separação do 1o estágio do VLS-1, conduzido nas dependências da Divisão de Integração e Ensaios do IAE. Neste ensaio, o foguete foi montado com os seus sete motores. Por questões de segurança os motores do 2º, 3º e 4º estágios foram carregados com propelente inerte. Os motores do 1º estágio estavam vazios simulando a condição de final de queima. O objetivo do ensaio foi avaliar, de modo qualitativo e quantitativo, como se dava a separação dos quatro motores do primeiro estágio. Na teoria, os quatro motores do 1o estágio separam-se instantaneamente do 2o estágio. Na prática, contudo, sabe-se que isso não ocorre. Portanto, a realização desse ensaio visou medir a diferença de tempo entre a separação do primeiro propulsor e o quarto, que é da ordem de 5 milissegundos. Aparentemente insignificante, esse tempo é crucial para o sistema de navegação e controle do veículo. Muito embora o ensaio realizado tenha demandado milissegundos, o seu planejamento e preparação demandou mais de um ano de trabalho e envolveu profissionais de todas as divisões da Subdiretoria de Espaço, quais sejam: 25c


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