Capa_Alves_Processos de movimentacao_P2.pdf 1 08/07/2021 13:35:23
1. Atividades antecedentes à chegada 2. Armazenamento 3. Estocagem 4. Atendimento de pedidos 5. Expedição Referências bibliográficas C
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Sem limitar o leitor, esta obra explica em cinco capítulos como adotar práticas sobre a rotina e movimentação de mercadorias em um depósito, visando um desempenho melhor e mais assertivo em cada processo da gestão de estoques. Aqui você encontrará informações que atenderão tanto o empreendimento já desenvolvido tecnologicamente, quanto o pequeno em busca de crescimento. Este livro é indicado para gestores de estoque, docentes e alunos dos cursos de estoquista, almoxarife, técnicos em administração, logística e demais áreas nas quais o estudo da movimentação do estoque é abordado.
DANIEL ALVES DANIEL ALVES Professor e palestrante de cursos das áreas de Gestão e Comércio do Serviço Nacional
PROCESSOS DE MOVIMENTAÇÃO DE MERCADORIAS
da mercadoria
ALVES
CONTEÚDO
Quando diz respeito ao trabalho na gestão de estoques, muitos imaginam que esta é uma etapa simples, mas a verdade é que sem controles e procedimentos adequados, o estoque não gera receita para a empresa.
PROCESSOS DE MOVIMENTAÇÃO DE MERCADORIAS
de Aprendizagem Comercial de Minas Gerais (SENAC-MG) desde 2014, Daniel Alves possui 13 anos de experiência em comércio supermercadista varejista. O autor é graduado em Contabilidade pela Universidade Presidente Antônio Carlos (UNIPAC), pós-graduado em Custos pela AVM Educacional e em Docência para a Educação Profissional no SENAC-SP, e MBA em Gestão de Operações, Produção e Serviços pela Universidade Estácio de Sá (UNESA).
Daniel Alves
PROCESSO DE MOVIMENTAÇÃO DE MERCADORIAS
Processo de Movimentação de Mercadorias © 2021 Daniel Alves 1ª edição – 2021 Editora Edgard Blücher Ltda.
FICHA CATALOGRÁFICA Rua Pedroso Alvarenga, 1245, 4° andar 04531-934 – São Paulo – SP – Brasil Tel 55 11 3078-5366 contato@blucher.com.br www.blucher.com.br
Segundo Novo Acordo Ortográfico, conforme 5. ed. do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, Academia Brasileira de Letras, março de 2009.
É proibida a reprodução total ou parcial por quaisquer meios, sem autorização escrita da Editora. Todos os direitos reservados pela Editora Edgard Blücher Ltda.
Alves, Daniel José Candido da Costa Processos de movimentação de mercadorias / Daniel José Candido da Costa Alves. -- São Paulo : Blucher, 2021. 150 p.
Bibliografia ISBN 978-65-5506-184-0
1. Administração de materiais 2. Armazenagem 3. Estoques - Administração 4. Logística (Organização) I. Título
21-2484
CDD 658.787
Índice para catálogo sistemático: 1. Administração de materiais
CONTEÚDO
APRESENTAÇÃO 11 INTRODUÇÃO 13 1. ATIVIDADES ANTECEDENTES À CHEGADA DA MERCADORIA 1.1
Contratos de fornecimento
15 16
1.2 Pedidos
19
1.3
20
Agendamento
1.4 Cadastro
25
1.4.1 Cadastro de fornecedores 25 1.4.2 Cadastro de mercadorias e produtos 29 1.5
Automação
33
1.5.1 Enterprise resource planning
34
1.5.1.1 Warehouse management system 34 1.5.1.2 Vendor managed inventory
35
1.5.1.3 Transportation management system 35 1.6
Resumo
35
1.7
Diagrama do capítulo
36
1.8
Exercícios de fixação
36
1.9
Referências
37
6
Processo de Movimentação de Mercadorias
2. ARMAZENAMENTO 2.1
Recebimento
39 40
2.1.1 Mecanismos para descarregar mercadorias 40 2.1.2 Pessoal 41 2.2
Conferência
42
2.2.1 Conferência quantitativa 42 2.2.1.1 Conferência por amostragem ou total
44
2.2.1.2 Via cega
44
2.2.1.3 Saldo de pedido de fornecedores
46
2.2.1.4 Segregação de função
46
2.2.2 Conferência qualitativa 47 2.2.2.1 Mercadoria viciada
48
2.2.2.2 Mercadoria fora dos padrões sanitários
48
2.2.2.3 Mercadoria próxima do vencimento
48
2.2.3 Conferência administrativa 55 2.2.3.1 Departamento financeiro
56
2.2.3.2 Departamento fiscal
57
2.2.3.3 Departamento contábil
58
2.2.3.4 Armazém
58
2.3
Resumo
59
2.4
Diagrama do capítulo
59
2.5
Exercícios de fixação
60
2.6
Referências
60
3. ESTOCAGEM 3.1
63
Layout 64 3.1.1 Área de recebimento e expedição 65 3.1.1.1 Docas
65
3.1.1.2 Área de conferência
66
3.1.1.3 Crossdocking 67 3.1.2 Área de estocagem
68
7
Sumário
3.1.2.1 Porta-paletes
68
3.1.2.1.1 Porta-palete simples
71
3.1.2.1.2 Porta-palete duplo
72
3.1.2.1.3 Cantilever
72
3.1.2.1.4 Drive-in e drive-through 73 3.1.2.1.5 Rackflow de paletes 3.1.2.2 Blocado
3.2
3.3
74 76
3.1.2.2.1 Blocado sem corredores
77
3.1.2.2.2 Blocado com corredores
77
3.1.2.2.3 Blocados 45º
78
3.1.2.3 Produtos com alto risco de furto (PARF)
79
3.1.2.4 Câmaras frigoríficas
80
3.1.2.5 Trocas
80
3.1.2.6 Uso e consumo
84
3.1.2.7 Área de movimentação
85
3.1.2.8 Área administrativa
85
Processo de movimentação
86
3.2.1 Principais maquinários utilizados para movimentação de mercadorias
86
3.2.1.1 Carrinhos
87
3.2.1.2 Paleteiras
87
3.2.1.3 Empilhadeiras
88
3.2.1.4 Esteiras rolantes
89
Paletes
89
3.3.1 Unitização 91 3.4
Endereçamento
91
3.4.1 Rua
92
3.4.2 Prédio 93 3.4.3 Coluna 93 3.4.4 Andar 94 3.4.5 Apartamento 95 3.4.6 Etiqueta 99
8
Processo de Movimentação de Mercadorias
3.4.7 Endereçamento de locais específicos 99
3.5
3.4.7.1 Blocado
100
3.4.7.2 Câmaras frigoríficas
100
3.4.7.3 Trocas
100
3.4.7.4 Uso e consumo
101
Reabastecimentos de endereços vazios
101
3.5.1 Endereçamento fixo 102 3.5.2 Endereçamento aleatório 102 3.6
Reendereçamento de mercadorias
3.7 Principais erros que ocorrem no processo de movimentação de mercadorias
102 103
3.7.1 Erro humano 103 3.7.2 Erro processual 104 3.7.3 Erro de outras origens 104 3.8
Montagem de kit
105
3.8.1 Produtos adquiridos para a montagem dos kits 105 3.8.1.1 Faturamento de kit
106
3.8.1.2 Faturamento de itens
107
3.8.2 Produtos adquiridos que são comercializados individualmente e em kits 107 3.8.3 Compra e revenda de kit 108 3.8.4 Compra de kit e revenda dos componentes 108 3.9
Resumo
109
3.10 Diagrama do capítulo
110
3.11 Exercícios de fixação
110
3.12 Referências
111
4. ATENDIMENTO DE PEDIDOS 4.1
Recebimento de pedidos
113 113
4.1.1 Recebimento dos pedidos de clientes externos 114 4.1.2 Recebimento dos pedidos de clientes internos 116
9
Sumário
4.2
Prazo de atendimento
117
4.3
Ferramentas
119
4.3.1 Romaneio 119 4.3.2 Coletor de dados 121 4.3.3 Picking by voice 121 4.4
Localização
122
4.4.1 Trajeto e sequência 122 4.5
Montagem do pedido
124
4.6
Principais erros na separação de pedido
125
4.7
Custo de pedido
126
4.8
Priorização de pedido
126
4.8.1 Saldo de pedido de clientes 127 4.9
Resumo
128
4.10 Diagrama do capítulo
129
4.11 Exercícios de fixação
129
4.12 Referências
130
5. EXPEDIÇÃO 5.1
Docas de expedição
133 133
5.1.1 Expedição e recebimento na mesma doca e no mesmo turno 134 5.1.2 Expedição e recebimento na mesma doca, mas em turnos diferentes 135 5.1.3 Docas distintas 136 5.2
Montagem de cargas
137
5.2.1 Carroceria fechada 138 5.2.2 Carroceria aberta 138 5.2.3 Equipe de expedição 138 5.3
Outros procedimentos do setor de expedição
141
5.3.1 A carga está devidamente separada e indicada? 141
10
Processo de Movimentação de Mercadorias
5.3.2 O caminhão está devidamente indicado? 141 5.3.3 A carga está devidamente documentada? 142 5.3.4 Checklist 142 5.4
Distribuição de mercadorias
143
5.4.1 Rota 144 5.4.1.1 Software
144
5.4.1.2 Clientes
145
5.4.1.3 Veículos
145
5.5
Resumo
145
5.6
Diagrama do capítulo
146
5.7
Exercícios de fixação
146
5.8
Referências
147
CAPÍTULO 1 ATIVIDADES ANTECEDENTES À CHEGADA DA MERCADORIA
Este capítulo apresenta os conhecimentos necessários e as atividades que devem ser executadas antes de as mercadorias chegarem fisicamente à empresa para serem estocadas no depósito. Quanto aos tipos e estruturas para a guarda de mercadorias, pode-se afirmar que são diversos. Alvarenga e Novaes (2000, p. 120), por exemplo, evidenciam “que um tipo comum é o depósito voltado à armazenagem e despacho de mercadorias de uma indústria, de uma grande loja, de uma firma varejista etc. Outro tipo bastante encontrado em grandes indústrias é o armazém de insumos ou de matérias-primas”. Já segundo Bowersox et al. (2014, p. 227), “a função do depósito é vista mais apropriadamente como a de combinar estoques para atender às necessidades do cliente. O ideal é manter o mínimo possível de produtos armazenados”. Independentemente do tipo de mercadorias com que a empresa trabalhe ou da estrutura de que disponha, as ações pertinentes à guarda são importantes e deverão ser realizadas objetivando uma melhor execução das rotinas internas. Como consequência, proporcionarão um aumento da qualidade percebida pelo cliente. A administração de estoque não se inicia com o recebimento de mercadorias: esta é apenas uma das atividades da empresa na gestão das mercadorias adquiridas. O gestor deve atentar para a adoção da melhor prática quanto aos diversos procedimentos existentes desde o recebimento até a expedição de pedidos para clientes, além de considerar os recursos disponíveis, como estrutura física, layout, tecnologia e mão de obra. Assim, afirma Tadeu (2010, p. 10) que “o conceito de gestão ou gerenciamento de estoques é mais abrangente que apenas [...] o controle físico dos materiais em uma empresa ou instituição”. Representa a interligação de setores-chave, como planejamento, produção, estoques, compra e logística, para o compartilhamento de informações e
16
Processo de Movimentação de Mercadorias
estratégicas de negócio que envolvam os recursos físicos que circulam e a determinação de níveis eficientes de operação e investimento na busca de maximização da rentabilidade. Em consonância com Tadeu, Ayres (2009, p. 86) afirma que “os estoques constituem, inegavelmente, fatores geradores de custos, mas, em contrapartida, exercem uma função essencial no favorecimento de realização das receitas, afetando direta e positivamente a competitividade e o resultado financeiro das organizações”. Os apontamentos anteriores ratificam o papel vital dos gestores na adoção de práticas operacionais, objetivando resultados satisfatórios no trato com o estoque. A Figura 1.1 evidencia algumas questões referentes às atividades que antecedem a chegada das mercadorias. Esses apontamentos nortearão o gestor na melhor prática para administrar o estoque.
Figura 1.1. Etapas antecedentes à chegada da mercadoria.
A Figura 1.1 é o mapa que será percorrido neste primeiro capítulo. Os tópicos apresentados que levam às mercadorias não são fixos, mas servem de orientação para que o gestor esteja atento ao planejamento operacional completo.
1.1 CONTRATOS DE FORNECIMENTO Antes mesmos de qualquer pedido ser feito, é necessário criar um documento celebrado pelas partes (vendedor e comprador). Esse documento é chamado de Contrato de Fornecimento e elucida as principais cláusulas comerciais que ambas as empresas deverão obedecer, objetivando, além do fornecimento das mercadorias, firmar uma parceria comercial sólida na qual ambos saiam ganhando1 e processos mercantis ágeis. Imagine o transtorno e a morosidade se, sempre que novas quantidades fossem pedidas para comercialização, as empresas tivessem a necessidade de propor novas condições. Assim, ratifica Corrêa (2014, p. 59) que, “quando uma entidade presta serviços não triviais a outra, esse relacionamento deveria ser regulado por contrato, o qual explicita o pacote de serviços oferecidos”. Requisições esporádicas não necessitam de firmação de contrato, mas é sempre razoável formalizar qualquer parceria comercial para evitar possíveis litígios jurídicos.
1
Atividades Antecedentes à Chegada da Mercadoria
17
Ainda no âmbito desse argumento, Gonçalves (2007, p. 281) afirma que, “normalmente, a formalização de um contrato implica a aceitação tácita ou expressa pelo contratante (comprador) e o contratado (fornecedor)”. Após o firmamento do contrato, o pedido é realizado em datas futuras e em conformidade com as condições definidas nas cláusulas do documento, isto é, o cliente solicita as quantidades necessárias para atender a demanda. Algumas das características dos contratos são: ` Validade: todo contrato deve ter sua validade definida expressamente, para que as partes celebrantes não tenham dúvida sobre até quando as condições estarão em vigência. Esse cuidado é um amparo jurídico para todos, pois as condições do cenário econômico sofrem variações constantemente. ` Quebra de contrato: deve-se definir quais situações, caso ocorram, implicarão quebra de contrato, seja pelo lado do fornecedor, seja pelo lado do comprador. Além disso, deve-se definir em quais penalidades incorrerá a parte que deu causa à quebra de contrato. ` Custo de aquisição por produto: é importante definir exatamente por quanto serão negociadas as mercadorias contempladas pelo contrato. A definição de pontos importantes, como os seguintes, traz clareza no momento da negociação: • O preço acordado é para pequenas ou grandes quantidades? • Em épocas sazonais, os preços poderão ou não sofrer alterações? • Algum tipo de despesa acessória incide sobre a operação? ` Formas e prazos de pagamento: como em toda operação comercial, as partes devem definir como irão tratar financeiramente a transação. Deve-se determinar quais formas de pagamento serão utilizadas. Outros pontos a considerar são: • Usualmente, as empresas trabalham com transferência bancária via internet, mas não há empecilho para outras formas de pagamento. • Os prazos devem ser claros, para que não haja entendimento equivocado e, consequentemente, atraso das obrigações. • Por exemplo, consideremos que um fornecedor estabeleceu o prazo de sete dias para pagamento da mercadoria vendida. Somente essa informação não instrui o cliente sobre quando deve realizar o pagamento, pois existem os seguintes cenários: Sete dias a partir da data do pedido? Sete dias a partir da data da mercadoria ter sido faturada? Sete dias a partir da data em que a mercadoria foi recebida (dia + 6) ou a partir do dia seguinte (dia + 7)?
CAPÍTULO 2 ARMAZENAMENTO
Este capítulo propõe a elucidação das etapas e a imersão em questões importantes para a tomada de decisões, que talvez sejam negligenciadas ou até mesmo desconhecidas pelos gestores de estoques dentro do processo de armazenamento. Armazenar consiste no conhecimento e na gestão de uma sequência lógica que compreende as etapas de recebimento, estocagem, atendimento de pedido e expedição. Ou seja, os termos “armazenamento” e “estocagem” não são sinônimos. Brito Júnior e Spejorim (2012, p. 19), por exemplo, dizem que “a função armazenar é relativa à guarda e preservação do material, e a função estocar, à disponibilidade do material”. Há variações deste conceito pormenorizando cada uma das etapas. Já o conceito sintético proposto por Tadeu (2010, p. 293) apresenta o processo de armazenamento como “a administração do espaço necessário para manter os estoques”. Por que há tanta preocupação em zelar pela guarda dos produtos? A resposta para esta pergunta é bem explorada por Slack, Chambers e Johnston (2009, p. 356), que “conceituam estoque como a acumulação armazenada de recursos materiais [...]”. Sob esta ótica, os produtos são mais do que artigos adquiridos para revenda ou produção, são também opções de investimentos cuja origem é o capital. O empresário, ao decidir adquirir produtos para comercialização, considera que essa ação é a melhor proposta para aplicar os recursos financeiros. Assim, pode-se fazer outra pergunta: por que existe estoque? Continuam os autores dizendo que “a justificativa para serem mantidas estocadas mercadorias é porque existe uma diferença de ritmo (ou de taxa) entre fornecimento e demandas. Se o fornecimento de qualquer item ocorresse exatamente quando fosse demandado, o item nunca precisaria ser estocado”. Já Viana (2006, p. 109) justifica que “estoques são utilizados para [...] permitir o atendimento regular das necessidades dos usuários para a continuidade das atividades da empresa, sendo o estoque gerado, consequentemente, pela impossibilidade de prever-se a demanda com exatidão”.
40
Processo de Movimentação de Mercadorias
Fica evidente a importância de se manter certa quantidade de mercadorias estocadas e de zelar por uma excelente gestão, que se inicia no recebimento. Isso faz com que todas as etapas devam ser entendidas como investimento, o que quer dizer que zelar pela qualidade das atividades existentes proporciona ganho financeiro para a empresa. Assim, Bowersox e Closs (2007, p. 226) ratificam que “o estoque consiste em substancial investimento em ativos e, portanto, deve proporcionar pelo menos algum retorno de capital”. Sabe-se que, no cenário econômico, a palavra-chave é escassez. Em vista disto, a adequação de recursos, como estrutura física, mão de obra e técnicas, pode variar de empresa para empresa, mas em sua essência as etapas terão características em comum, como se observará a seguir.
2.1 RECEBIMENTO A primeira etapa a ser apresentada é a de recebimento. Ratifica-se que esta fase é de suma importância para todo o processo de armazenamento. Em qualquer empresa, as rotinas são cíclicas. Viana (2006, p. 281) contextualiza que “a atividade de recebimento intermedeia as tarefas de compra e pagamento ao fornecedor, sendo de sua responsabilidade a conferência dos materiais destinados à empresa”. Para que se possa executar a atividade de recebimento eficazmente, todos os recursos necessários devem estar disponíveis para um excelente e minucioso desempenho do recebimento de mercadorias. Quaisquer irregularidades no ato do recebimento acarretarão problemas em todas as demais etapas subsequentes se não forem corrigidas. Ou seja, se um conferente não atentar para alguma irregularidade no ato do recebimento e aceitar as mercadorias, o problema passa a ser da empresa. No recebimento, existem duas situações distintas que serão base para este capítulo: conferência física e administrativa. Assim, ratifica Tadeu (2010, p. 260) que “uma questão a ser enfatizada nesta etapa é a atenção que deve ser dada à separação entre recebimento fiscal1 [grifo nosso] e físico por causa das especificidades de cada tipo”. Desse modo, é imperativo que se definam processos claros que contemplem tanto o recebimento físico quanto o administrativo. Esses aspectos devem ser estabelecidos e delimitados antes mesmo de a mercadoria chegar à empresa. Esse mapeamento deve atentar para situações extraordinárias que podem existir, como produtos sazonais, mudança de embalagens e tecnologias.
2.1.1 MECANISMOS PARA DESCARREGAR MERCADORIAS Desde a época do mercantilismo medieval, a força braçal sempre foi utilizada nas atividades de recebimento, movimentação e expedição das mercadorias comercializadas. 1
Nota-se que o autor utiliza a expressão fiscal para o termo aqui apresentado como conferência administrativa.
Armazenamento
41
Mas como vivemos em uma época cuja tecnologia potencializa as atividades, faz-se necessário, e até mesmo vital, utilizar equipamentos para tais atividades. Quando a mercadoria pedida chega à doca para descarregamento, é imperativa a disposição dos maquinários corretos para cada tipo de carga. Destacam Alvarenga e Novaes (2000, p. 142) que “unidades pesadas, indivisíveis, podem ser descarregadas por meio de guinchos, guindastes ou pontes rolantes ou num carrinho. [...] O processo mecânico mais utilizado para mercadorias unitizadas se baseia na empilhadeira”. Dessa forma, o investimento no equipamento correto potencializa as ações inerentes ao processo de descarregamento e aprimora o fluxo operacional das etapas da conferência física, que serão apresentadas a seguir.
2.1.2 PESSOAL Apesar dos avanços tecnológicos, é impossível não considerar a participação de mão de obra qualificada na conferência. As empresas devem buscar, constantemente, instruir seu pessoal, objetivando a manutenção dos procedimentos e um olhar crítico sobre as mercadorias que estão sendo entregues. Algumas vantagens de um conferente qualificado são as seguintes: ` proporciona uma melhor acurácia nos julgamentos necessários em situações que a empresa não tenha contemplado nos treinamentos; ` melhora a relação comercial entre a empresa e os fornecedores; ` assegura credibilidade nas decisões tomadas; ` otimiza os processos seguintes. Essas vantagens não são alcançadas se essas características não existirem nesses profissionais. Algumas habilidades são importantes, como: visão crítica processual, conhecimento técnico sobre manuseio de maquinário, gestão de pessoas, gestão de tempo e ética. Isso fica claro na quando Chiavenato (2014, p. 36) diz que “uma das preocupações que as empresas deverão ter com o futuro é a preocupação em educar, treinar, motivar, liderar as pessoas que trabalham na organização, incutindo-lhes o espírito empreendedor e oferecendo-lhes uma cultura participativa ao lado de oportunidades de plena realização pessoal”. Claro que existem outros atributos tão importantes quanto esses, mas o que é imperativo é que esse profissional seja notadamente assistido, já que ele é a última barreira antes de a mercadoria estar sob a posse da empresa. Outro ponto extremamente relevante é a determinação das atividades funcionais de cada trabalhador. Assim, Bruni e Gomes (2010, p. 65) afirmam que “as atribuições dos colaboradores ou setores internos da empresa devem ser claramente definidas e limitadas, de preferência por escrito, mediante o estabelecimento de manuais”.
CAPÍTULO 3 ESTOCAGEM
A fase de estocagem consiste em manter as mercadorias guardadas à espera de transferência para outras filiais, ou serem vendidas a clientes ou consumidas internamente. O gestor deve atentar, mediante procedimentos operacionais de otimização, para que as mercadorias não fiquem estocadas por muito tempo, visto que quanto mais rápido for o giro,1 melhor. Segundo as principais vertentes, o propósito do estoque é, como expõe Ballou (2006, p. 416), “minimizar as despesas com manuseio dos materiais, conseguir a utilização máxima do espaço do armazém e superar determinadas restrições à localização das mercadorias, como aquelas necessárias para a segurança, a proteção contra incêndio, a compatibilização dos produtos e a separação de pedidos”. Todas essas observações têm um pano de fundo, que é o alcance da maximização dos espaços disponíveis. Assim, reforça Ayres (2009, p. 242) que, “inerentemente à gestão dos depósitos, os processos de armazenagem devem privilegiar a máxima racionalidade possível, justamente com o objetivo de se reduzirem atividades que não agreguem valor aos produtos”. Este capítulo apresenta pontos relevantes para se compreender como se dá a integração e a utilização dos equipamentos e maquinários na perspectiva operacional nas áreas de movimentação. Essa compreensão reforça a necessidade dos cuidados que a empresa deve adotar com a guarda de mercadorias. Além disso, proporciona uma visão acurada e tempestiva das rotinas intrínsecas ao depósito por meio da implantação e estudo do layout. Evidencia-se quão complexo poderá ser o funcionamento de uma empresa em caso de não observância de alguns detalhes. Cada setor tem suas características, e o inter-relacionamento entre eles explicita a importância de se entender cada um deles. Para iniciarmos os estudos de armazenagem, o primeiro tópico apresentado é o layout. 1
Giro: período em que o estoque é renovado.
64
Processo de Movimentação de Mercadorias
3.1 LAYOUT Também conhecido com arranjo físico, é o conjunto das disponibilidades estruturais para atendimento do fluxo operacional e administrativo da empresa, contemplando todos os maquinários, áreas de movimentação e tecnologias. Moura (2004, p. 206) completa que “layout é um estudo sistemático que procura uma combinação ótima das instalações”. Já para Viana (2006, p. 309), o termo “é o modo pelo qual, ao se inserirem figuras e gravuras, surge uma planta, podendo-se, por conseguinte, afirmar que o layout é uma maquete no papel”. Então, como é determinado o layout que uma empresa vai utilizar? A definição e instalação do layout em um depósito são condicionadas por quatro vertentes: ` as particularidades das mercadorias comercializadas, como volume, peso, característica, formas; ` os tipos de equipamentos de movimentação; ` as estruturas disponíveis; ` o próprio local no qual a empresa está instalada. Para corroborar os apontamentos mencionados, façamos o seguinte exercício comparativo entre alguns tipos de depósitos: venda de botijão de gás de cozinha; marcenaria; loja de materiais de construção; açougue; posto de combustível; loja de eletroeletrônicos; farmácia; entre outros. É perceptível para quem já teve a oportunidade de estar nesses ambientes que a estrutura de estocagem é distinta entre eles, porque cada variedade de mercadoria requer especificações distintas. Não teria lógica alocar produtos resfriados ou congelados em locais aberto ou mercadorias sensíveis à luz perto de lâmpadas ou claraboias. Daí a necessidade de conhecer cada uma das vertentes apresentadas há pouco, para, posteriormente, definir como guardar as mercadorias. Agora que questões salutares foram expostas, façamos uma análise da estrutura física dos layouts adotada nos depósitos. Para isso, apresentaremos tópicos relativos a áreas de recebimento, estocagem, movimentação, expedição e administrativa. Para melhor entendimento do assunto, é importante seguir a ordem proposta. Esses locais constituem, via de regra, toda a estrutura da armazenagem. O exemplo da Figura 3.1 ilustra os principais pontos encontrados em um depósito, e variações dessas estruturas serão, certamente, encontradas nas empresas. A questão aqui é evidenciar os diferentes momentos e os respectivos locais onde as mercadorias ficarão durante a permanência da empresa.
Estocagem
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Figura 3.1. Layout de depósito: (1) docas; (2) área de conferência; (3) área de movimentação de funcionários, maquinários e mercadorias; (4) porta-paletes; (5) rua ou corredor; (6) blocado; (7) mercadorias avariadas; (8) administração.
3.1.1 ÁREA DE RECEBIMENTO E EXPEDIÇÃO Esta primeira parte compreende o local no qual os procedimentos de recebimento, expedição e conferência de mercadorias são realizados. Ela é composta das docas e da área de conferência.
3.1.1.1 Docas São os portões que dão acesso ao interior do depósito. Essas entradas levam em consideração a largura das carrocerias dos caminhões e devem estar na mesma altura dos veículos para facilitar o recebimento. Quando as plataformas não estão no mesmo nível dos caminhões, utiliza-se uma rampa elétrica ou mecânica ou uma empilhadeira para movimentação das mercadorias. Existem caminhões que já possuem acoplados na carroceria modelos de rampas que auxiliam no carregamento ou descarregamento da mercadoria. De acordo com o layout dos depósitos, a configuração das docas e da plataforma de descarregamento pode ser expressa conforme os dois exemplos da Figura 3.2.
CAPÍTULO 4 ATENDIMENTO DE PEDIDOS
Um dos grandes propósitos da utilização dos depósitos é o atendimento dos pedidos feitos pelos clientes, sejam eles internos ou externos. Não fará nenhum sentido se a mercadoria, até esse instante, tiver sido corretamente gerenciada e, no momento de atender a demanda, a empresa cometer falhas. Assim, justifica Novaes (2015, p. 12) “que o foco básico do varejo e da logística está localizado no consumidor final”. Por isso, uma série de rotinas irá contribuir para o êxito da entrega, considerando o papel importante do cliente na cadeia de abastecimento. Em outras palavras, negligenciar essas etapas poderá gerar: ` inviabilidade econômica, como quebras de contratos firmados e perdas de clientes para a concorrência; ` gargalos, como inoperância plena das rotinas internas; ` descrédito quanto à capacidade de atendimento ao cliente. E isso é reforçado por Arnold (2008, p. 271), para quem a expressão “atendimento ao cliente” descreve a “disponibilidade de itens quando necessário, sendo uma mensuração da eficácia da administração de estoque”. Neste capítulo serão apresentadas as principais etapas da atividade de recebimento e atendimento de pedidos de clientes internos e externos.
4.1 RECEBIMENTO DE PEDIDOS A definição de processos para recebimento de pedido de clientes internos e externos é vital para que as rotinas possam ser executadas sem gargalos. Sem esses procedimentos, aumentam significativamente as chances de o pedido não ser atendido
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Processo de Movimentação de Mercadorias
corretamente pela empresa. Esse atendimento incorreto não se limita aos produtos pedidos, mas inclui também o atraso na entrega. Confirma esse entendimento a definição proposta por Ayres (2009, p. 268) de que “o processamento de pedido consiste na capacidade das organizações fornecedoras de processar de maneira adequada [grifo nosso] os pedidos dos clientes”. Um cenário perfeito, em que a empresa dispõe de processos, maquinários diversos, estruturas variadas e mão de obra 100% disponível, pode parecer fantástico, mas será que essa abundância de recursos é acessível a todas as empresas? Claro que não. Isso significa que nem sempre a empresa disporá de recursos para o atendimento desses clientes. Ou seja, tanto os clientes internos como os externos terão seus pedidos atendidos pelos mesmos funcionários, mesmo maquinário, mesmo local e talvez no mesmo horário. Cabe ao gestor de estoque desenvolver procedimentos para cada uma dessas solicitações. A seguir serão apresentadas algumas técnicas que, se bem executadas, proporcionarão ao gestor maior confiabilidade no atendimento dos pedidos.
4.1.1 RECEBIMENTO DOS PEDIDOS DE CLIENTES EXTERNOS Antes de partir para o atendimento de pedidos dos clientes, é importante entender de que forma os pedidos são efetuados. Certo dessa necessidade, destaca Ballou (2006, p. 122) que “a preparação do pedido engloba as atividades relacionadas com a coleta de informações necessárias sobre os produtos e serviços pretendidos e a requisição formal dos produtos a serem adquiridos”. Para o funcionário responsável pelo atendimento dos pedidos, é importante entender a contextualização das rotinas que antecedem e que sucedem a execução da tarefa. Em face dessas pontuações, a relação a seguir ilustra os caminhos de onde podem vir as demandas dos clientes. ` O vendedor é quem “tira” o pedido junto ao cliente: • O vendedor é quem se dirige aos clientes e deverá ter disponível algum meio de conhecer a quantidade em estoque de todos os itens ofertados pela empresa. Ter acesso remoto e on-line sobre as quantidades exatas de mercadorias em estoque promoverá um atendimento assertivo das disponibilidades junto ao cliente. ` O cliente acessa o site da empresa e “enche o carrinho”: • Neste caso, é necessário que a disponibilidade ou indisponibilidade das quantidades do estoque estejam, expressamente, informadas junto à imagem da mercadoria no site. ` O cliente vai, pessoalmente, fazer o pedido ou efetuar a compra: • Essa prática é mais usual nos ramos varejistas. Nessa situação, o cliente adquire o estoque existente no momento da compra.
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Atendimento de Pedidos
• Outra prática é solicitar ao empresário que encomende a quantidade de mercadorias necessárias para as atividades que levaram o cliente a ir ao local. ` Atendimento automático: • Algumas empresas trabalham com pedidos automáticos por meio da ferramenta eletronic data interchange (EDI). A tecnologia consiste na comunicação entre parceiros comerciais de forma eletrônica, e o pedido é feito mediante uma comunicação criptografada entre ambos. Nesse caso, o fornecedor atenderá imediatamente o cliente quando este atingir o ponto de pedido do estoque. A adoção dessa tecnologia é justificada por Martins (2009, p. 91), que afirma que “o EDI proporcionou que o relacionamento entre cliente e fornecedor evoluísse de tal forma que o processo de compra foi totalmente automatizado”. Essas situações mencionadas ilustram o caminho que percorre o pedido até chegar à empresa para análise. Cada uma delas exige cuidados específicos que diferem de empresa para empresa, mas, de modo geral, apresentam o mesmo propósito: atendem exatamente o que o cliente demanda.
Figura 4.1. Esquema para atendimento de cliente externo.
O esquema apresentado contempla as principais atividades de atendimento de pedido de clientes externos. A depender da estrutura da empresa, a certas etapas do
CAPÍTULO 5 EXPEDIÇÃO
Este setor é o último em que as mercadorias passarão antes de serem entregues aos clientes. Sendo um setor de grande destaque, o objetivo principal desta etapa é a conferência física e documental do pedido feito pelo cliente, pois, assim como na entrada, há a necessidade de averiguar com exatidão todas as mercadorias que estão saindo do depósito. Para que as operações ocorram de forma produtiva, é necessário ter um profissional qualificado. Esse profissional atua como um interlocutor entre os motoristas, separadores e a própria empresa, contribuindo com as normas de saída de mercadorias para os caminhões. A depender do porte da empresa e da definição dos processos de expedição, é imperativa a definição de quem são os responsáveis por atuar nesse setor. Assim, afirma Tadeu (2010, p. 263) que “a etapa de expedição é de grande relevância para fins operacionais, para se delinear com clareza os limites das competências entre o pessoal que cuida da movimentação e da conferência física e os que gerem a parte fiscal”. Entender a estrutura física existente na expedição permite compreender a relevância desse setor para a empresa. A seguir serão apresentadas questões ligadas diretamente ao setor de expedição.
5.1 DOCAS DE EXPEDIÇÃO A estrutura de expedição se assemelha à do recebimento, mas o propósito agora é a conferência da mercadoria para envio ao cliente. Tendo em mente que nem todos os depósitos têm docas de recebimento e de expedição distintas, fazem-se necessárias algumas observações para entendimento e aprimoramento do processo de expedição.
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Processo de Movimentação de Mercadorias
5.1.1 EXPEDIÇÃO E RECEBIMENTO NA MESMA DOCA E NO MESMO TURNO Nesta primeira situação, os eventos de recebimento e a expedição de mercadorias ocorrem no mesmo turno e na mesma doca. Alguns motivos podem justificar isso: ` não há a necessidade de trabalhar em mais de um período; ou ` o galpão não foi construído para ter docas distintas de entrada e saída. Quadro 5.1. Mesma doca e mesmo turno Recebimento e expedição?
Mesmo turno?
Sim
Sim
Um ponto importante é com relação à concentração de funcionários de recebimento e expedição juntos. Caso não haja procedimentos claros e precisos, o resultado pode ser atrasos e erros que afetarão as duas atividades. Duas preocupações e suas respectivas soluções são exploradas a seguir. ` Como separar fisicamente as mercadorias para que não se misturem? Uma solução para isso é a criação de divisórias (grades) cujas laterais possam ser utilizadas para a separação. Como mostra a Figura 5.1, é perceptível a praticidade da separação da doca, pois de um lado ficam as mercadorias para serem conferidas ou endereçadas, isto é, mercadorias que estão dispostas para entrar no depósito, e do outro lado as mercadorias que estão aguardando para serem expedidas, isto é, mercadorias que sairão para clientes.
Figura 5.1. Mesma doca para recebimento e para expedição durante o mesmo turno. (1) Área destinada à conferência e movimentação tanto de entrada quanto de saída de mercadorias; (2) área destinada aos produtos que serão endereçados; (3) área destinada aos produtos que serão expedidos.
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Expedição
Usando as laterais para a guarda temporária, a empresa atua com assertividade e sincronia, diminuindo eventuais problemas. Para Alvarenga e Novaes (2000, p. 138), “a vantagem de se juntar na mesma doca a recepção e o despacho de mercadorias é o melhor aproveitamento das posições de acostagem de caminhões. [...] por outro lado, a conjugação dos dois processos numa só plataforma pode diminuir bastante a extensão total da plataforma”. ` Como organizar funcionários (recebimento e expedição) em um ambiente reduzido? Para isso, é vital a adoção de um fluxo operacional para otimizar o espaço. Com isso, os funcionários necessitam compreender todos os pontos para não criar gargalos. Esse dinamismo deverá ser bem estudado e trabalhado, pois a concentração de funcionários propicia conversas no ambiente passíveis de provocar dispersões que poderão provocar erros nas ações tanto na entrada como na saída.
5.1.2 EXPEDIÇÃO E RECEBIMENTO NA MESMA DOCA, MAS EM TURNOS DIFERENTES Nessa situação, haverá momentos distintos para recebimento e outro para expedição. Isso facilita tanto a fluidez das rotinas operacionais quanto o fluxo de funcionários e, obviamente, a não interferência um no outro. Quadro 5.2. Mesma doca, turnos diferentes Recebimento e expedição?
Mesmo turno?
Sim
Não
Nesse cenário, é aconselhável atentar para que no momento da troca dos turnos não fiquem mercadorias sem destinação, quer na entrada, para endereçamento, ou na saída, para expedição. Por exemplo: se após o término do primeiro turno (recebimento) ainda ficarem mercadorias para serem endereçadas e tiver início o segundo turno (expedição), essas mercadorias podem ser misturadas às unidades a serem expedidas. Talvez a empresa possa definir um procedimento operacional padrão no qual só haverá o início do segundo turno quando não houver mais mercadorias nas áreas de conferência. Nesse caso, como há turnos diferentes para ambas as atividades, de entrada e saída de mercadorias, toda a área reservada será destinada à conferência.
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1. Atividades antecedentes à chegada 2. Armazenamento 3. Estocagem 4. Atendimento de pedidos 5. Expedição Referências bibliográficas C
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Sem limitar o leitor, esta obra explica em cinco capítulos como adotar práticas sobre a rotina e movimentação de mercadorias em um depósito, visando um desempenho melhor e mais assertivo em cada processo da gestão de estoques. Aqui você encontrará informações que atenderão tanto o empreendimento já desenvolvido tecnologicamente, quanto o pequeno em busca de crescimento. Este livro é indicado para gestores de estoque, docentes e alunos dos cursos de estoquista, almoxarife, técnicos em administração, logística e demais áreas nas quais o estudo da movimentação do estoque é abordado.
DANIEL ALVES DANIEL ALVES Professor e palestrante de cursos das áreas de Gestão e Comércio do Serviço Nacional
PROCESSOS DE MOVIMENTAÇÃO DE MERCADORIAS
da mercadoria
ALVES
CONTEÚDO
Quando diz respeito ao trabalho na gestão de estoques, muitos imaginam que esta é uma etapa simples, mas a verdade é que sem controles e procedimentos adequados, o estoque não gera receita para a empresa.
PROCESSOS DE MOVIMENTAÇÃO DE MERCADORIAS
de Aprendizagem Comercial de Minas Gerais (SENAC-MG) desde 2014, Daniel Alves possui 13 anos de experiência em comércio supermercadista varejista. O autor é graduado em Contabilidade pela Universidade Presidente Antônio Carlos (UNIPAC), pós-graduado em Custos pela AVM Educacional e em Docência para a Educação Profissional no SENAC-SP, e MBA em Gestão de Operações, Produção e Serviços pela Universidade Estácio de Sá (UNESA).