Poucos poetas terão um domínio métrico-rítmico como o de Érico Nogueira em seus versos brancos. Uma poesia que esbanja inteligência – cerrada, culta, alusiva e elíptica – e que, pois, reclama um público condigno. Fugindo às expectativas do tratamento mais convencional da lírica sem trilhar o caminho mais cômodo de certo minimalismo preguiçosamente "antiliterário", o poeta trabalha com apuro a máquina do poema e logra, enfim, fabricar nova bucólica. Na esteira de Gonzaga, Bocage e do mestre Caeiro.
- Antonio Carlos Secchin