ISTOÉ Gente (16/05/11)

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DIVULGAÇÃO

‘‘Meu objetivo neste momento é sedimentar minha carreira no Brasil. (...) Não pretendo ir lá (tentar carreira internacional) ficar batendo na porta das agências para conseguir um papel”

O advogado desempregado de Não Se Pode Viver Sem Amor é o personagem mais dramático da trama. Quais os desafios de representá-lo? Não considero o João o personagem mais dramático do filme, mas talvez seja o mais descontrolado. Para a preparação, me encontrei diversas vezes com o Ângelo Antônio e com a Fabíula Nascimento para entender bem a história do João. E teve também a direção do Durán, que orientava a gente o tempo todo para chegar aonde queria. Como entrou para o projeto e de que forma acha que o filme pode sensibilizar o público? O próprio Durán me convidou e fiquei lisonjeado, pois admiro muito o trabalho dele, adorei Proibido Proibir. Falar sobre o amor sempre toca e o filme mostra diversas situações em que o amor aparece de forma pungente, com pessoas vivendo situações-limite em suas vidas. Mas o filme fala também sobre esperança. É uma bela história. O tema central é a necessidade de amar e ser amado. Concorda que somos guiados pelo amor ou pela falta dele? Como o amor se faz presente na sua vida e na sua carreira? Concordo. Somos, sim, guiados pelo amor ou pela falta dele. Na minha vida o amor está presente nas relações afetivas e também no meu trabalho e nas coisas que gosto de fazer. Não se pode viver sem amor (risos)! O tema do longa é delicado e não há muito espaço para o humor. Mas você se lembra de alguma ocasião de maior descontração durante as filmagens? Foi um filme divertido de fazer, pois o elenco se deu muito bem desde o início. Mas teve uma cena específica que foi muito engraçada, quando o saco de leite estoura no rosto do meu personagem. Fizemos essa cena umas oitos vezes e o saco nunca estourava da maneira que deveria. Foi engraçado e bem dolorido, mas é uma das cenas de que mais gosto. Você já interpretou tipos polêmicos em novelas, como o viciado de Passione e tem assumido papéis sofridos também no cinema. O processo de atuação é diferente na tevê e no cinema? O processo de criação não é diferente, mas o desenvolvimento do personagem sim. No cinema, você já conhece o início, meio e fim daquilo que você vai viver. Na tevê, a história tem um começo, mas vai mudando ao

longo da trama, conforme a decisão do autor, as próprias mudanças do ator e, também, conforme a empatia de seu personagem com o público. A reação do público é um fator cada vez mais importante para definir os rumos de uma história na tevê. Este ano você ainda estará nas telas em Estamos Juntos, Reis e Ratos e Meu País. É difícil coordenar o cinema com as gravações da novela? É bem difícil, sim, tanto que não tenho férias há anos. Venho emendando trabalhos. Ano retrasado, fiz quatro filmes após a A Favorita e depois comecei a gravar Passione. Não parei de trabalhar! Para mim, o fundamental é estar envolvido em bons projetos e, recentemente, tive a sorte de ter sido convidado para papéis interessantes no cinema e na televisão. Acho importante para o ator ter mais de um canal de comunicação com o público e vivenciar processos de produção diferentes, por isso tenho vontade de fazer mais teatro. Sente vontade de investir na carreira internacional, como Rodrigo Santoro? Meu objetivo neste momento é sedimentar minha carreira no Brasil. Tenho vontade de trabalhar com diretores com os quais não trabalhei e voltar a estar com alguns diretores. Se eu estivesse em um filme que fizesse sucesso lá fora, ficaria feliz. Mas, por enquanto, não pretendo ir lá para ficar batendo na porta das agências para conseguir um papel. Selton Mello e o diretor José Eduardo Belmonte têm feito elogios à estreia de Grazi Massafera no cinema na comédia Billi Pig (com previsão de estreia para dezembro). Vocês têm planos de atuar juntos no cinema? Não temos nada em vista, mas seria ótimo trabalhar com a Grazi em algum projeto. Por que não? Suzana Uchôa Itiberê 91


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