Carta Pastoral 2018-2019

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✤ SOMOS IGREJA QUE EVANGELIZA ✤

entre nós, em todos os campos da vida da Igreja diocesana75. Assim sendo, quais são então os resultados até ao presente? Depois de uma acentuada relutância e até rejeição da parte predominantemente de sacerdotes — estranho! —, nota-se, pelos dados que, ano a ano, vêm sendo apresentados e publicados, que está a crescer a adesão; pelo menos, às normas. Assim, a quase totalidade das paróquias e instituições afins faz e entrega as colectas — pelo menos as principais —, para os fins consignados a que se destinam, alargando assim a sua comunhão cristã para além dos seus limites. Também a maioria apresenta à comunidade local e diocesana o relatório anual de contas, sinal do rigor e da transparência com que devem ser usados os bens da Igreja, para que os fiéis não percam a confiança e a generosidade e se respeite a gratuidade e a sacralidade própria desses bens. É dessas ofertas, juntamente com outras, que vive e sempre viveu a Igreja. Enquanto expressão de amor, são, ainda que parcas, a sua maior riqueza. O mesmo se diga do Fundo Diocesano do Clero, uma das mais concretas expressões da comunhão entre os sacerdotes. A grande maioria deles entrega pontualmente o seu contributo anual. Contudo, fazem-no só para terem o direito a usufruir dele, quando necessário, ou porque, primariamente, querem assim pôr em prática o amor fraterno específico da Igreja e, concretamente, dos sacerdotes que a servem? Se é a primeira razão que nos move, então percebem-se as falhas que existem, não tanto no número dos contribuintes, mas, sobretudo, na contribuição. Há bastantes que entregam apenas o mínimo estabelecido para todos, quando podiam e deviam entregar mais. Referimo-nos aos que usufruem de outros rendimentos fixos, com origem directa ou indirecta na actividade sacerdotal, para além do que recebem das comunidades que ainda servem. O mesmo se diga do vencimento de base, igual para todos. Há sacerdotes que não o aceitam e continuam

75 .  Cf. Legislação para a Administração dos Bens da Igreja na Diocese de Viana do Castelo, 2012, pp. 11-19; OLIVEIRA, Anacleto — Há mais Felicidade em Dar(-se), Viana do Castelo 2013, 29 pp.

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