Correio Paranaense - Edição do dia 08-02-2017

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Brasil

Quinta-feira, 8 de Fevereiro de 2018

Wilson Dias/Agência Brasil

Marun: “É natural que o parlamento sugira ainda alguns aprimoramentos ao texto”

PSDB fecha apoio à reforma, mas não punirá “dissidentes” A Executiva Nacional do PSDB decidiu ontem reafirmar o fechamento de questão e orientou que os 46 deputados da legenda votem pela aprovação da reforma da Previdência, mesmo com a bancada dividida na Câmara. O presidente da legenda e governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, garantiu, no entanto, que quem votar

contra não sofrerá nenhuma sanção interna. A medida já havia sido aprovada na reunião da Executiva em dezembro. O governador de Goiás, Marconi Perillo, foi um dos defendeu punição àqueles que votarem contra a proposta, mas foi voto vencido. “Se não aprovar a reforma da Previdência agora, o Brasil vai quebrar”, alertou Perillo. n

Para Marun, governo terá 314 votos favoráveis à reforma

Arquivo/EBC

Ministro de Governo destacou que ainda é preciso conquistar “de 40 a 50 votos” O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, garantiu ontem que o Governo Federal terá 314 votos para aprovar a reforma da Previdência na Câmara dos Deputados, a partir da nova versão da proposta apresentada. Também ontem, o relator da reforma, Arthur Maia (PPS), apresentou uma nova versão da proposta. A previsão do governo é aprovar o texto até o próximo dia 28. O ministro foi questionado

Segundo Alckmin, não haverá “caça às bruxas” dentro do PSDB

Senado

Bloqueadores de celulares em presídios serão obrigatórios

Paulinho da Força: “É bom para o Brasil que a discussão seja feita nas próximas eleições”

De acordo com o projeto, os recursos do Fundo Penitenciário Nacional (Funpen) poderão ser direcionados também à instalação e manutenção de aparelhos que bloqueiam sinais de telecomunicação em estabelecimentos penais. Caso o projeto seja aprovado pelos deputados e vire lei, as unidades de detenção devem instalar os bloqueadores em até seis meses. n Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O Senado aprovou ontem, por unanimidade, o projeto de lei que torna obrigatória a instalação de bloqueadores de telefones celulares em presídios. A proposta, apresentada em meio a um esforço do Congresso Nacional para criar uma agenda positiva em torno da segurança pública, foi aprovada pelos 60 senadores presentes e agora segue para análise da Câmara.

Projeto foi aprovado ontem pelo plenário do Senado

Editora Correio Paranaense

sobre quantos votos as alterações promovidas pelo relator trarão ao governo. “314 votos, é o que nós vamos ter no dia da votação”, garantiu o ministro. Marun voltou a afirmar que o governo ainda precisa de 40 a 50 votos entre os deputados da base de apoio para conseguir aprovar a reforma. Por isso, novas alterações no texto podem acontecer até o momento da votação em plenário, desde que isso represente mais votos favo-

Centrais sindicais não querem votação neste ano Representantes das centrais sindicais reuniram-se ontem com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), para pedir que a reforma da Previdência não seja votada este ano. A previsão é que a matéria comece a ser discutida no dia 19. As centrais pedem que a questão seja bem discutida com a sociedade nas eleições e que fique a cargo do próximo governo. “Na medida em que [a reforma] tiver uma derrota acacha-

pante na Câmara, com certeza as bolsas vão cair, o dólar vai subir, será muito ruim para a economia. É bom para o Brasil que a discussão seja feita nas próximas eleições”, defendeu o deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força Sindical (SDSP). Para a vice-presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Carmen Helena Ferreira Foro, “é preciso retirar a reforma da pauta e fazer um amplo debate com a sociedade”. n

ráveis ao projeto. “Consideramos que há possibilidade, o governo entende que é natural que o parlamento sugira ainda alguns aprimoramentos ao texto”, disse Marun. Ele deu como exemplo de eventuais mudanças uma regra de transição para servidores públicos, incluindo policiais, a modificação no acúmulo de aposentadoria e pensão, e a equiparação previdenciária de policiais e agentes penitenciários. n

Associação de juízes quer adiar julgamento de auxílio-moradia

A Associação de Juízes Federais (Ajufe) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) o adiamento de um julgamento, previsto para março, que discutirá o direito ao auxílio-moradia para a categoria. Num pedido encaminhado ao relator da ação, Luiz Fux, a Ajufe alegou que o processo ainda não está pronto para decisão, porque falta uma manifestação da própria entidade, que defende a manutenção do benefício. Em dezembro, Fux liberou o processo para julgamento em plenário, mas ainda não há data definida para a decisão. Em setembro de 2014, nesta mesma ação, o ministro concedeu decisão liminar (provisória) assegurando o direito ao auxílio-moradia a todos os juízes federais em atividade no país. n


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