Revista Educatrix 4

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por ivan aGuirra

Quando traçamos um objetivo, assim como numa expedição, podemos planejar os caminhos Que Queremos percorrer e as ações Que temos Que tomar para cheGar até nosso destino. 99

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ada mais irregular, mais caprichoso, mais sem plano qualquer, pode ser imaginado. As casas surgiram como se fossem semeadas ao vento e, conforme as casas, as ruas se fizeram. Há algumas delas que começam largas como boulevards e acabam estreitas que nem vielas; dão voltas, circuitos inúteis e parecem fugir ao alinhamento reto como um ódio tenaz e sagrado.” Assim Policarpo Quaresma, na célebre obra de Lima Barreto, descreve seu Rio de Janeiro do começo do século XX. A então capital federal respirava ares europeus enquanto se desenvolvia em meio a seus subúrbios sem eira nem beira, com seu tão famigerado “jeitinho brasileiro” para planejar o país. Porém, desde o período colonial já existia o plano de interiorização da capital, legitimado somente na Constituição de 1891, que vislumbrava a defesa estratégica, a coesão territorial e a criação de uma cultura nacional autêntica, sem as amarras da colonização. Mas foi no governo Kubitschek que 6

MAIO 2013

Brasília ganhou contornos mais precisos no Planalto Central. Além das curvas que fizeram o concreto buscar o infinito de Niemeyer, a visão urbanística genial de Lucio Costa e as paisagens idealizadas por Burle Marx, Brasília tornou-se também exemplo de como é difícil planejar: pensada para uma população de 500 mil habitantes, tem, hoje, cinco vezes mais pessoas do que o imaginado, e sofre com problemas típicos de grandes cidades. Não só na literatura, mas durante a história o homem sempre planejou: cidades, países, governos, sistemas de saúde, de educação. Durante o Iluminismo, por exemplo, surgiram tantos projetos para reformar o ensino e as escolas que se dizia, num tom irônico, que a cada semana um novo plano de educação surgia. Em nosso dia a dia, mais do que ninguém, sabemos da importância da educação como alicerce de um país. O que fazemos com nossas crianças e adolescentes pode refletir num futuro próximo e alterar a fisionomia de um futuro mais distante. A escola é o espaço no qual o planejamento é fundamental.


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