Revista LiV nº 65

Page 42

No verão as praias emergem do Tapajós e há muitas para se escolher. A Ilha do Amor é a mais conhecida. A travessia é feita por catraias ao preço de R$ 5,00 por viagem. Não demora quase nada para chegar ao paraíso. Areia de praia, água clara e quente, pouco mais de uma dezena de barracas com cerveja gelada, sucos de frutas típicas, peixes da região, petiscos locais, como o bolinho de piracuí, feito de farinha de Acari. Se chegar cedo, é possível pegar uma barraca bem na beira d’água e aproveitar o dia com água nos pés. Para quem não quer atravessar para a Ilha, é possível ficar na Praia do Cajueiro, com barracas e público mais local ou ainda buscar o Lago Verde, mais tranquilo, mas sem estrutura de bares e restaurantes – por isso é preciso levar água e comida se for passar o dia. Se você quer um serviço mais exclusivo, pode ir na praia de um dos maiores hotéis da vila. Com espreguiçadeiras na areia, tem carta de vinhos, cervejas especiais e cozinha de primeira. Passeios Há ainda praias nas quais só é possível o acesso por barco, como a Ponta do Muretá, Ponta da Valéria e Ponta do Cururu. Está última com um pôr-do-sol sensacional. De dentro d’água se contempla o sol baixando no Tapajós, colorindo o céu com tons de vermelho e laranja. Tem muitas lanchas que fazem esses passeios. Dê preferência aos cadastrados na Associação de Turismo Fluvial de Alter (ATUFA), com uma base na orla da cidade. É só perguntar para qualquer pessoa, que vai saber lhe indicar. Com tantos passeios, bom mesmo é ter um guia no seu grupo para mostrar não apenas as melhores opções de Alter, mas contar um pouco sobre a história do lugar. E para isso não existe ninguém melhor do que a Neila Borari. Nativa, indígena, compositora, artesã e também guia, conhece tudo sobre a região. Da cerâmica ao artesanato. Da Resex Tapajós/Arapiuns à Floresta do Nacional do Tapajós. Dos quitutes mais simples à culinária internacional. Nascida e criada em Alter do Chão, há anos montou uma agência turística, com pacotes diversificados e riquíssimos de belezas naturais e cultura da terra. É possível fechar grupos de todos os tamanhos, até mesmo individual, para conhecer o Canal do Jari e suas vitórias-régias enormes, o igarapé do Jamaraquá, a ponta do Icuxi, no rio Arapiuns ou tantos outros roteiros de tirar o fôlego pela região. Para quem pode passar mais dias, a boa pedida é fretar um barco e se hospedar nele. Há dos mais simples, do tipo regional, onde se dorme em rede, até iates de luxo, com suítes com ar condicionado. Daniel Govino Gutierrez e Marcelo Cwerner, são empresários especializados neste tipo de locação e experientes em organizar esse serviço. Ambos paulistas (que escolheram Alter do Chão para viver), eles trocaram os fechados escritórios de São Paulo pelo vento no rosto das embarcações do baixo-amazonas. Organizam casamentos em praias desertas, festas em picos paradisíacos e viagens inesquecíveis pelos rios e comunidades no entorno da vila.

42 | www.revistaliv.com.br


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.