Manual do Dirigente

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manualdodirigente relacionadas com a mística e imaginário, etc.. Neste sentido, deve-se zelar pela presença de símbolos e linguagem adequados à Alcateia. Isto permite que haja um ambiente propício a que a mensagem seja de facto absorvida, na medida em que os conteúdos possuem uma carga formativa. Sempre que possível, devese utilizar a Natureza para realizar os cerimoniais, já que o ar livre é o espaço privilegiado para as actividades escutistas). Ter dignidade e demonstrar respeito pelos valores escutistas: a título de exemplo, são de evitar cerimoniais de passagem de secção que se convertam em verdadeiros atentados à Lei do Lobito ou do Escuta, por implicarem faltas de higiene, perigos para a saúde ou perda de dignidade dos elementos. Ser preparados com antecedência e correctamente, a nível da sua duração (há que ter em conta a idade dos lobitos) materiais e ensaios, para que haja uma integração adequada na vivência das secção e na idade dos lobitos. Promover a participação directa e activa dos lobitos, na medida em que isto permite que todos se sintam envolvidos, motivados e integrados na Alcateia. No entanto, este envolvimento deve implicar sempre alguma flexibilidade, na medida em que é possível que algumas crianças tenham mais dificuldade em estar à vontade para participar. Sofrer modificações periódicas (com novos materiais, outras canções, etc.) e criativas, para que não se tornem desactualizado e desadequado. Note-se que, embora as tradições reforcem a coesão do grupo, caso não haja, de vez em quando, uma revisão das dinâmicas, dos símbolos e da forma como os conteúdos são explorados, os lobitos podem começar a desmotivar-se, por ser sempre tudo igual.

Nem sempre os cerimoniais tradicionais dos Bandos (como a permissão para aceder ao Livro de Ouro) possuem um fundo educativo ou ligado a valores. A este nível, é importante que o dirigente auxilie os seus elementos a construir cerimoniais que veiculem valores. Para isso, deve procurar-se que haja referências ao lema do Bando e aos valores místicos da Secção, promovendo uma reflexão sobre os gestos, as fórmulas e as acções desenvolvidas, no sentido de os levar a compreender o seu significado, riqueza e validade.

Bibliografia: B.-P., Manual do Lobito, Edições CNE. Alaiii, Edições CNE. Cerimoniais do CNE, Edições CNE.

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