manualdodirigente pondo de lado reservas sem sentido relacionadas com raça, credo, sexo, cultura, classe social, nacionalidade, etc. e mostrando sempre disponibilidade interior para aceitar como possível amigo aquele que ainda lhe é desconhecido. Ao ser escuteiro, o jovem sabe que está ligado a todos os escuteiros do mundo pelo mesmo ideal, a mesma promessa e os mesmos valores, numa verdadeira fraternidade global.
“Os escuteiros de todo o mundo são embaixadores da amizade, que se dedicam a criar amigos e a abater barreiras erguidas pela cor, credo e classe social.” B.-P., Escutismo para Rapazes (Palestra de Bivaque nº26)
5º O Escuta é delicado e respeitador. Ser respeitador é ter consideração pelos outros e pela sua dignidade, é ter em conta os seus direitos e ser tolerante perante ideias diferentes. Esta consideração pela dignidade do outro traduz-se, na prática, pela delicadeza com que tratamos os demais. O escuteiro deve comportar-se de forma amável, sensível e afectuosa, mas não deve fazê-lo porque é bonito e fica bem: deve-o fazer sinceramente, com o coração. Ser delicado e respeitador é também não magoar os outros. O escuteiro não precisa de chocar, melindrar, ou afrontar as outras pessoas para fazer ver e respeitar o seu ponto de vista. Fá-lo de forma equilibrada e sem recurso à grosseria.
“Se desprezardes os outros rapazes, porque têm uma casa mais pobre do que a vossa, não passais de presunçosos. Se odiardes os outros rapazes, porque nasceram mais ricos do que vós, sois loucos. Cada um de nós precisa de aceitar a sorte que lhe tocou no mundo e aproveitá-la o melhor possível e colaborar com os que o cercam.” B.-P., Escutismo para Rapazes (Palestra de Bivaque nº26)
6º O Escuta protege as plantas e os animais. No tempo de B.-P., não existiam as preocupações ambientais que hoje proclamamos. Contudo, como visionário que era, Baden-Powell apercebeu-se da importância da Natureza e da necessidade de a respeitar e proteger. E por isso concebeu este artigo da Lei, através do qual todo o escuteiro é impelido a tomar consciência de que faz parte de um obra maior e de que, como tal, tem o dever de amar e proteger todas as outras criaturas,
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