Ediçao nº 1542

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Nº 1542 (II Série) | 11 novembro 2011

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RIbanho

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POR LUCA

Hoje, sexta-feira, o céu vai estar muito nublado. A temperatura vai oscilar entre os 14 e os 19 graus centígrados. Amanhã, sábado, são esperadas muitas nuvens e no domingo podem cair algum aguaceiros na região.

¼ º º º

António Duro registou a marca PortugalGifts

G

alos de Barcelos, calçada portuguesa, rendas de birlos. Portugal pode ir nos bolsos e cruzar países e continentes, graças à ideia PortugalGifts, uma marca registada pelo ateliê de design de António Duro, um almodovarense que se prepara para produzir também pequenas recordações sobre a região natal. Segundo o designer , o Alentejo já goza de uma imagem de genuinidade e qualidade, mas perde-se pelo excesso de “capelinhas” e pela falta de “uma estratégia global bem definida” no que à promoção turística diz respeito. O seu ateliê de design assina uma coleção de souvenirs que se inspira em símbolos nacionais, como a calçada portuguesa ou o galo de Barcelos. O Alentejo, de onde é oriundo, já tem aqui lugar?

O Alentejo tem, e terá sempre, o primeiro lugar em tudo o que eu faça. O meu trabalho de pintura e cerâmica é praticamente exclusivo sobre o Alentejo. O PortugalGifts tem uma índole turística, e por isso era economicamente mais aconselhável começar por trabalhar o tema “Lisboa” e, de uma forma generalista, “Portugal”. “O Alentejo e o cante” é o centro do meu trabalho artístico; algumas destas peças vão passar a ser reproduzidas com molde e comercializadas. Que símbolos melhor representam esta região, em seu entender?

A paisagem, a arquitetura e a gastronomia. Os nossos “centros comerciais” são os campos, lindos em todas as épocas do ano; precisamos ensinar as pessoas a apreciar e a desfrutá-los… O melhor conceito que podemos PUB

DR

Azinheira, horizonte e humor são “marcas” alentejanas preservar é a ideia que as pessoas do resto do País têm do Alentejo: que a comida é boa, que aqui se descansa, que ser alentejano é ser genuíno. Para mim, os maiores símbolos são a azinheira e o horizonte…. E o humor, no qual somos imbatíveis e particulares. Há quem defenda que o Alentejo é a região com a identidade mais forte de toda a Europa. Parece-lhe que este recurso está a ser bem “vendido”?

António Duro, 48 anos, natural de Almodôvar

Cursou Design no IADE, em Lisboa, e mais tarde, fez uma especialização em cerâmica, nas Caldas da Rainha. Trabalhou como designer cerâmico em diversas fábricas nacionais exportadoras e na alemã Sheurich. Em 1995, funda a Mão de Obra Design e, em 2008, a António Duro Designers, onde regista a marca PortugalGifts, que já tem loja própria em Lisboa. Como artista plástico, com uma obra muito centrada no tema Alentejo, expõe regularmente desde 1989.

Não concordo. Todas as regiões têm a sua identidade e são únicas. Em termos de vender o Alentejo, não sei se temos conseguido. Continuamos cheios de capelinhas, a pensar que todas são únicas… Precisávamos de menos organismos e de uma estratégia global, bem definida, e toda a gente a trabalhar para o mesmo Alentejo. Nunca ninguém pense que alguém se poderá deslocar de onde quer que seja para visitar um só concelho ou um monumento. Enquanto responsável pelos projetos gráficos de várias instituições e empresas da região, qual tem sido o seu contributo?

Penso que o meu maior contributo passa por transmitir com a maior fidelidade que consigo aquilo que conheço e sinto, pelas experiências que aqui vivo e captei ao longo do tempo. Penso que é uma mais-valia preciosa sentir e conhecer estes lugares e estas gentes. Não sei se serei um justo avaliador deste contributo, só os clientes do ateliê e os compradores das minhas peças o poderão dizer. Carla Ferreira

Paizana expõe no IPBeja “Imagens” contra a voragem do tempo O reconhecido pintor António Paizana, que reside em Beja desde 1980, tem patente, desde terça-feira, 8, uma nova exposição da sua obra, a que resolveu chamar “Imagens”. A mostra encontra-se visitável na Galeria AoLado, do Instituto Politécnico de Beja, e reúne peças como o “Círculo”, “Face”, a “Esfinge”, o “Compasso” a “Estrela” ou a “Noite”, imagens que, descreve o autor, “golpes velozes do olhar não deixariam ver”. Isto porque as “Imagens” que António Paizana escolheu partilhar assumem a “evidência” da imobilidade. Circunstância em tudo contrastante com o mundo que habitamos, “denso de movimentos incessantes e dispersivos”. Nesta mostra, que decorre até ao próximo dia 20, o autor pretende desafiar o tempo, não competindo com ele na mesma lógica turbulenta, mas colocando-se de parte, a uma distância que permita ao observador “avistar algumas imagens, talvez matriciais, capazes de reposicionar o próprio olhar mediante um apelo vindo dos estratos profundos da memória cultural”. António Paizana passou pela Sociedade Nacional de Belas Artes, em Lisboa, e pela École Supérieure d’Architecture et des Arts Visuels, na Bélgica. Alguns trabalhos seus são pertença da Câmara Municipal, Governo Civil, Biblioteca Municipal e Seminário Diocesano de Beja.


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