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58 anos

DIÁRIO DE PETRÓPOLIS

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

economia

BNDES libera para a Vale financiamento de R$ 3 bi n

Alana Gandra/ABr

Financiamento no valor de R$ 3,882 bilhões foi aprovado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a mineradora Vale e permitirá a implantação do projeto Capacitação Logística Norte (CLN), que atenderá os estados do Maranhão e do Pará. O anúncio foi feito ontem pelo banco. Desde 2007, o BNDES já concedeu financiamentos para a empresa no valor de R$ 8,744 bilhões. A participação do BNDES corresponde a 52,3% do investimento total do CLN que, segundo a Vale, alcança US$ 4,114 bilhões e prevê a duplicação de 115 quilômetros da Estrada de Ferro Carajás, além da construção do quarto pier do terminal marítimo da Ponta da Madeira e a compra de locomotivas e vagões. As operações estão previstas para começar no primeiro semestre de 2014, informou a Vale por meio de sua assessoria de imprensa.

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De acordo com o BNDES, o projeto vai ampliar em 30,4% a capacidade de transporte e embarque de minério de ferro do sistema logístico da Vale, o que significa elevar a capacidade para 150 milhões de toneladas por ano. O banco acredita que o financiamento repercutirá de forma positiva sobre a indústria nacional de máquinas e equipamentos, por meio da encomenda de vagões e da expansão do emprego na região. As obras irão gerar cerca de 15 mil empregos. A operação logística envolverá a criação de 1,6 mil postos de trabalho diretos e indiretos. Um total de R$ 95 milhões será destinado pela Vale para a realização de ações sociais em 24 municípios do Maranhão e do Pará onde a empresa atua. A expectativa é que o projeto contribua para aumentar a competitividade da Vale no setor de mineração, onde o Brasil ocupa a segunda posição como maior produtor de minério de ferro do mundo.

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MPF denuncia 17 suspeitos por fraude no Panamericano n

Cley Scholz/Agência Estado

O Ministério Público Federal protocolou na quartafeira, 22, na 6ª Vara Criminal da Justiça Federal, em São Paulo, denúncia contra 14 ex-diretores e três ex-funcionários do Banco Panamericano, por crimes contra o sistema financeiro nacional. Entre os denunciados estão o ex-presidente do Conselho de Administração do banco, Luiz Sebastião Sandoval e o ex-diretor superintendente, Rafael Palladino.

Eles são acusados de fraudar a contabilidade do Banco Panamericano entre 2007 e 2010, turbinando o resultado dos balanços em pelo menos R$ 3,8 bilhões. No período, eles receberam da instituição financeira mais de R$ 100 milhões em “bônus” e outros pagamentos irregulares. Todos foram denunciados com base na lei 7.492/86, que trata dos crimes contra o sistema financeiro nacional. A ação não trata da possível fraude na venda do Panamericano para a Caixa Econô-

mica Federal, que está sendo investigada pelo Ministério Público do Distrito Federal. Mas, segundo o procurador da República Rodrigo Fraga Leandro de Figueiredo, autor da denúncia, “há indícios fortes no sentido de que os “vendedores” agiram com dolo, ocultando fraudulenta e conscientemente os problemas da instituição financeira durante a negociação da participação acionária”. Além dos crimes apontados no relatório da Polícia Federal, a análise do MPF

identificou outras possíveis irregularidades na gestão do Panamericano, como o pagamento de propina a agentes públicos, pagamento de doações a partidos políticos com ocultação do real doador, pagamento a escritório de advocacia em valores aparentemente incompatíveis com os serviços prestados e fornecimento de informações falsas ao Banco Central. Em nota, a atual administração do banco informa que não “comenta fatos relacionados à antiga gestão”.

Redução de tributos vai tornar etanol mais competitivo no rio n RJ

Divulgação

Marcelle Colbert/Imprensa

O Governo do Estado pretende incentivar a produção de etanol para atrair novos investimentos no setor e tornar o combustível mais competitivo do Rio de Janeiro. A principal ação deve ser a redução dos tributos que incidem sobre o etanol, que hoje correspondem a 24%. A iniciativa faz parte do Programa Rio Capital da Energia, que tem como objetivo fazer do Rio de Janeiro uma referência mundial em eficiência energética, inovação tecnológica e economia de baixo carbono. – O Rio não tem intenção de se tornar um grande produtor de etanol, mas seguindo a proposta do Rio Capital da Energia, queremos que o estado seja palco das discussões que envolvem a energia do século XXI. E vamos fazer nossa parte desonerando a produção desse combustível, tornando-o competitivo no Rio – explicou o secretário de Desenvolvimento Econômico, Julio Bueno, destacando que estudos nesse sentido estão em fase final. De acordo com o Sindicato das Distribuidoras de Combustíveis (Sindicom), a

O governo do Rio quer atrair novos investimentos e tornar o etanol mais competitivo no estado

demanda por gasolina cresceu 57% nos anos de 2010 e 2011, e este ano já aumentou 13% em relação ao ano passado. O Rio de Janeiro é líder no consumo de Gás Natural Veicular (GNV), com a maior frota de veículos movidos pelo combustível

das Américas, com cerca de 600 mil metros cúbicos consumidos diariamente. – O Rio tem vocação natural na área de energia – afirmou Bueno, lembrando que o estado está na vanguarda do setor de energia do país.

Seminário sobre o tema O atual cenário do etanol no Brasil e no mundo será tema de seminário realizado pela Secretaria de Desenvolvimento em parceria com a Usina Canabrava e com a Raízen na Procuradoria Geral do Estado .

Banco Central registra o maior lucro semestral desde 2008

Divulgação

n

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( 2235-7165

Wellton Máximo/ABr

O Banco Central (BC) lucrou R$ 12,3 bilhões nos seis primeiros meses do ano. O resultado foi divulgado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que aprovou o balanço da autoridade monetária no primeiro semestre. Esse é o maior lucro semestral do órgão desde 2008, quando mudou a forma de contabilidade e passou a separar o lucro efetivo dos resultados com operações cambiais. De acordo com o diretor de Administração do Banco Central, Altamir Lopes, além da depreciação cambial, a redução da taxa Selic (juros básicos da economia) também contribuiu para o lucro do órgão no primeiro semestre. “Com a diminuição dos juros, o passivo do Banco Central tem custo menor, o que ajuda no resultado”, explicou. Devido à mudança na forma de contabilidade, o resultado desconsidera o ganho de R$ 32,2 bilhões que a autoridade monetária obteve com a alta do dólar, que subiu de R$ 1,87 no fim de dezembro

Altamir Lopes acredita que a diminuição dos juros contribuiu para o lucro do Banco Central

de 2011 para R$ 2,02 no fim de junho. Se esses ganhos fossem considerados, o lucro do BC teria sido de R$ 44,5 bilhões. A alta do dólar favorece o Banco Central porque eleva o valor em reais das reservas internacionais e trouxe ga-

nhos nas operações de swap cambial, que funcionam como compra e vendas de dólares no mercado futuro. Desde 2008, no entanto, os resultados com operações cambiais são separados do lucro do Banco Central. Os R$ 44,5 bilhões – lu-

cro de R$ 12,3 bilhões mais ganhos com operações cambiais de R$ 32,2 bilhões serão repassados ao Tesouro Nacional nos próximos dez dias úteis. O dinheiro deverá ficar guardado, podendo ser usado somente para resgatar dívida pública.


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