Diário do Comércio

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sexta-feira, 10 de junho de 2011

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15 Todos devem continuar tomando cuidado para não receber notas com tinta. Marcel Solimeo, da ACSP

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BC manda trocar notas manchadas Banco Central volta atrás e determina aos bancos, em nova norma, que o cidadão seja ressarcido caso saque notas manchadas com tinta antifurto. Divulgação

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Banco Central (BC) editou ontem norma que reorienta os bancos de todo o País a trocarem notas manchadas com tinta antifurto, que forem sacadas, inclusive em caixas eletrônicos, por cédulas novas. "Esse procedimento deverá ocorrer imediatamente após a apresentação da cédula à instituição financeira", afirma o texto da norma do BC. A medida anunciada ontem altera norma anterior da própria instituição que considerava as notas manchadas com tinta antifurto como inválidas. Portanto, o cidadão não seria ressarcido ao apresentar as notas manchadas aos bancos – em nenhuma hipótese. Essa norma deixava apenas a possibilidade de o cidadão abrir um processo se estivesse convencido de que a mancha não era consequência de roubo. Essa determinação do BC, no entanto, gerou reclamações de entidades de defesa do consumidor. A Fundação Procon de São Paulo disse ter informação de clientes que sacaram notas manchadas por acidente nos caixa eletrônicos. Explosão – A tinta rosa nas cédulas são de dispositivo que é acionado nos casos de roubos ou explosões dos caixas eletrônicos. Em São Paulo, na madrugada de ontem, mais um roubo, seguido de explosão, foi registrado em unidade de saque 24 horas instalada dentro de uma farmárcia. O BC informa que, no caso de saque em terminal eletrônico, a pessoa que se deparar com uma cédula marcada deve retirar um extrato imediatamente para comprovar o saque, dirigirindo-se ao banco para fazer a reclamação. Desta vez, o cidadão será devidamente ressarcido. (Agências)

Uma tinta rosa mancha as notas de real nos casos de tentativa de roubo ou explosões dos caixas eletrônicos. Mas algumas notas acabaram em circulação. O BC, no primeiro momento, disse que os bancos não iriam trocar as cédulas manchadas.

Cidadão não pode ser punido, diz ACSP. Ricardo Osman

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economista-chefe da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Marcel Solimeo, considerou acertada a decisão do Banco Central (BC) que reorientou os bancos a trocarem, por cédulas novas, as notas manchadas com tinta antifurto que forem sacadas. "Não se pode transferir o prejuízo do problema para o cidadão. O

Confiança no futuro dos shopping centers

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patrulhamento ostensivo. "No momento, os comerciantes devem avaliar as vantagens e os riscos de manter os equipamentos nas lojas", disse Solimeo. "Eles ficam na expectativa de que o problema seja resolvido. E esperamos que seja." Solimeo reforçou que todos devem redobrar a atenção diante da possibilidade de notas manchadas estarem em circulação. "Todos devem continuar tomando cuidado para não receber notas com tinta."

CET quer mapa da logística Renato Carbonari Ibelli

das, uma das estratégias é criar promoções e ações diferenciadas para tornar o Dia dos Namorados (a ser comemorado domingo) uma data tão expressiva quanto o Dia das Mães. A previsão da Alshop para as vendas do Dia dos Namorados é de alta de 10% nas vendas sobre igual período de 2010. Mão de obra – Apesar dos números positivos, José Baeta Tomás, presidente do Grupo Sonae Sierra, composto por cerca de dez shopping centers no Brasil, avalia que o atual ritmo do crescimento das vendas é inferior ao observado nos últimos dois anos e, além disso, a falta de mão de obra qualificada para desenvolver os novos projetos acaba por tornar mais lento o avanço do setor. Em relação ao modelo de shopping center a ser adotado nos próximos anos no Brasil, Antonio Ruotolo, diretor do Ibope Inteligência, disse que os empreendedores terão dificuldades para construir e lançar grandes e tradicionais estabelecimentos por causa do encarecimento dos terrenos nas principais cidades do País. A solução talvez seja a construção de shopping centers específicos para cada perfil de consumidor.

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Companhia de Engen h a r i a d e Tr á f e g o (CET) sondará empresas de São Paulo para traçar um mapa da logística das cargas movimentadas na Capital. Essa abordagem deve começar no primeiro semestre de 2012, e as informações abastecerão um banco de dados que tornará viável a realização da primeira Pesquisa de Origem e Destino de Cargas de São Paulo, que deve estar pronta no início de 2013. A metodologia do levantamento ainda está sendo definida mas, segundo Mauricio Losada, gestor de trânsito da CET, até o final do ano ela estará pronta. O projeto terá aporte de US$ 2,1 milhão do Banco Mundial (Bird). Também serão consultados o varejo, a indústria e as empresas de serviços, a fim de que o levantamento também inclua os horários em que as cargas são recebidas, os dias em que são entregues e onde são armazenadas. Das cerca de 300 mil empresas do município, Losada acredita que 10 mil comporão uma amostragem adequada. "O importante é que as empresas privadas se envolvam

Estudo permitirá avaliar como é feito o transporte de cargas

no processo. Não queremos dados estratégicos, e o sigilo será respeitado", disse. As informações obtidas ficarão à disposição do público na web. Planejamento – A finalidade é localizar novas plataformas logísticas e terminais de carga, antecipar demandas de carga e seus impactos, e determinar custos logísticos, de estoque e administrativos. Para Losada, os dados possibilitarão que as políticas voltadas a logística sejam mais abrangentes. Nos últimos anos, as políticas de intervenção logística do poder municipal foram pontuais, limitando-se a restrições de horários e locais

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segmento de shopping center do País c re s c e r á c e rc a d e 10% em 2011 – sobre o faturamento geral do setor que foi em 2010 de R$ 93 bilhões. Os números indicam ainda que o segmento não foi afetado pelas medidas de contenção do crédito adotadas pelo governo federal e mantém vendas em bom ritmo. A avaliação é do presidente da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping Center (Alshop), Nabil Sahyoun, e foi feita ontem, no segundo dia de realização da Brasilshop – Feira e Congresso Internacional de Varejo, que acontece no Expo Center Norte, na Capital. A Brasilshop termina hoje. Sahyoun continua otimista quanto aos rumos do setor, pois acredita que os shopping centers serão os últimos a serem afetados pelos impactos da política do governo. Ele disse que confia também na capacidade de reação do segmento, lançando promoções para aumentar as vendas caso haja retração no consumo. Eduardo Oltramari, superintendente do Shopping Total, de Porto Alegre, disse que, para aumentar as ven-

eletrônicos, por conta da insegurança nas grandes cidades, a qualidade das cédulas não é verificada na hora. "Em alguns locais, até por questão de segurança, a pessoa não confere o dinheiro, guarda no bolso e só vai perceber o problema depois." Inteligência – Segundo o economista da ACSP, o problema das notas manchadas pelo dispositivo antifurto deve ser resolvido com o trabalho de inteligência da polícia e com

Ciete Silvério

Paula Cunha

cidadão não é o culpado", disse Marcel Solimeo, referindo-se à medida anterior do BC que não previa o ressarcimento da pessoa que recebesse uma nota manchada com a tinta antifurto. "Um cidadão pode, de maneira inadvertida, receber notas manchadas", disse Solimeo. "Isso pode acontecer se a pessoa ou o comerciante não conferir o dinheiro com atenção." O economista destacou que, em alguns saques em caixas

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para a operação de veículos de carga. "As informações possibilitarão que a CET dialogue com outros entes públicos. Grande parte dos problemas do trânsito se origina em outros setores. Mudanças no uso e ocupação do solo afetam o tráfego, por exemplo", disse o gestor. A CET já tem um mapa com a origem e destino de passageiros – algo que, segundo Losada, tem ajudado o poder público a traçar estratégias de adequação de oferta de transporte coletivo. Nesse caso, a pesquisa é atualizada a cada dez anos. No caso de transporte de carga, pelo impacto na cidade, a ideia é que o levantamento seja atualiza-

do a cada cinco anos. Centros – Para o consultor Vernon Kohl, da VRK Desenvolvimento de Logística e Transporte, resolver o problema logístico exige mais do que o poder público tem feito até o momento. Para ele, uma das propostas a ser estuda é a criação de centros de distribuição de pequeno porte em diversos pontos da cidade. Eles receberiam as cargas à noite, que seriam redistribuídas em veículos menores. De acordo com Kohl, a criação desses pequenos centoros de distribuição permitirá a redução dos espaços de estoques nas lojas, já que as mercadorias poderiam ser armazenadas externamente. "É uma maneira de o comércio operar com mais eficiência. É um grande desperdício fazer estoque nas lojas, já que se perde espaço útil de comercialização em regiões de grande valor imobiliário." Kohl estimou que São Paulo movimente 30 milhões de veículos/km por dia – especialmente caminhões. Segundo ele, só a movimentação de cargas para construção civil mobiliza 1,5 milhão de veículos/km por dia. Mas o custo direto de transporte de carga é pequeno, algo em torno de R$ 2 bilhões por ano.


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