Sandra brown uma cliente inesperada

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cinto e verificou de quem era a ligação. – É a Caroline. Ele atendeu, ouviu, depois disse: – Tudo bem, vamos já para aí. Quando desligou, disse para Berry que Caroline e Ski tinham terminado o que foram fazer na delegacia. – Aquele cretino do Mercury recebeu seu cheque. Ela disse que Ski precisa ficar lá. Todos o querem para alguma coisa. Caroline perguntou se podíamos ir pegá-la. Berry segurou a bolsa e deslizou do banco. – Você pode me deixar no hospital. – Errado. Vou levar você para casa. Sem discussão – ele disse com firmeza, interrompendo a reclamação dela. – Goste ou não, sou seu velho e estou dizendo agora que você vai para casa, descansar um pouco. No caminho para a casa do lago, Dodge observou a filha pelo espelho retrovisor. Sem expressão, ela espiava a noite pela janela, sem fazer nenhum movimento, nem emitir qualquer som. Ele daria mil dólares para saber o que ela estava pensando. Será que pensava nele? No Starks? No emprego perdido? Talvez estivesse apenas com saudade do Ski. Quem podia saber? O que quer que Berry estivesse pensando, ele queria ajudá-la. Mas aquele negócio de criar filhos era complicado, mesmo quando seu filho já era adulto. Devia ser mais difícil ainda, justamente porque Berry já era adulta. Ele foi categórico quanto a ela montar vigília para um criminoso cujo cérebro já estava praticamente morto. Mas, depois disso, não conseguiu pensar em nada mais para dizer que não parecesse burro, banal, desnecessário, ou uma combinação dessas três coisas, por isso não disse nada. Caroline devia estar pensando a mesma coisa, porque estava muito quieta quando a pegaram no prédio do tribunal, e ficou em silêncio o caminho todo. Dentro da casa, ele seguiu as duas escada acima. No segundo andar, as duas foram para um lado, ele, para o outro. Tomou uma ducha no banheiro onde tudo começou. Até abriu a cama. Mas não conseguiu descansar até saber que Berry estava bem, por isso se vestiu e foi lá para baixo esperar Caroline descer. Já estava esperando havia quase uma hora quando ouviu os passos leves na escada. Ela não notou que ele estava sentado lá no escuro da sala de estar quando passou a caminho do quarto dela. Dodge deu a ela alguns minutos, depois foi até a porta e bateu de leve. – Sou eu. Caroline abriu a porta e ele percebeu, pela sua expressão, que estava imaginando que alguma uma outra tragédia tivesse se abatido sobre a família. – O que foi dessa vez? – Nada. Antes de me deitar para dormir, eu só queria saber se a Berry está bem. Ela estava muito abatida.


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