Revista Ulysses nº13

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e passamos a não tolerar pobreza, muito menos a pobreza extrema no Brasil, é extraordinário os resultados que a gente tem aqui nos últimos anos: aumento significativo da renda per capita dos brasileiros, consistente com o crescimento econômico, em linha com o crescimento econômico, com crescimento voltado para investimento e ao mesmo tempo redução do coeficiente de Gini que é o índice de desigualdade social no Brasil. E se vocês observarem, esses dois indicadores eles têm um movimento tendencial, quase autônomo em relação a flutuações cíclicas de curto prazo. Ele é persistente e continuado no tempo; independente dos movimentos de crescimento maior ou menor a economia brasileira continua gerando esses resultados sociais muito importantes. Também há um debate sobre inflação brasileira e se observarmos os dados do semestre, desse último semestre, eu poderia trazer os dados da inflação dos últimos 15 anos no Brasil, dos últimos 20 anos no Brasil; vocês iam observar que a inflação brasileira tem estado dentro do que nós chamamos de “metas anunciadas pelas autoridades monetárias”, pelo Conselho Monetário Nacional há dez anos. E quem já viveu um pouco mais no Brasil sabe muito bem; quem viveu os debates dos anos 80 sabe muito bem o que significa conseguirmos inflação dentro de metas anunciadas, dez anos consecutivos no Brasil. é um feito histórico, extraordinário da economia brasileira. Vivemos sim processos de choques de inflação causados por choques de alimentos. Tanto é que quando se retiram todos os itens de pressão de alimentos do IPCA, pode se observar que mais de 50% do IPCA em vários meses do ano nos últimos anos, eram associados à alimentação no Brasil. E obviamente que isso gerou algum tipo de constrangimento, que a gente chama de restrição, do lado do que a gente pode chamar da renda do trabalhador e da sua confiança. Só que esse processo se dissipou nos últimos seis meses. O que nós temos é uma redução consistente dos índices de preços no Brasil e o que é tão importante quan-

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to uma redução no índice de difusão da inflação que era 75%, caiu para 55%. Portanto, a inflação brasileira está sob controle. Ela persiste dentro das metas anunciadas pelas autoridades monetárias. E o que é mais importante para a população de classes de renda menor, a inflação de alimentos é bastante controlada após os choques de secas, chuvas e regimes diferentes de chuvas e secas nos Estados Unidos e diversos outros problemas que nós tivemos e vocês acompanharam. Esse assunto é um assunto passado da economia brasileira. Do lado fiscal, nós temos tido uma redução consistente da relação da dívida ali que está sobre o PIB; mais uma vez, esse ano vamos fechar com o indicador da relação dívida liquida sobre PIB inferior ao ano anterior e, por conseguinte isso tem acontecido ano após ano. Da mesma forma que eu acho tão importante quanto, tão importante quanto à redução persistente na dívida é a melhoria na qualidade da dívida. A dívida brasileira vem se alongando consistentemente e os seus indexadores são melhores; bem melhores do que no passado. Só para ter uma ideia, em 2002, quase 90% da dívida brasileira era pós-fixada ou cambial. Hoje menos – dados atualizados até junho – menos de 26% da dívida brasileira é pós-fixada ao cambial. Ou seja, ela não está sujeita a choques diversos de juros ou de câmbio; ela não oscila em função disso, o que é extremamente saudável para a economia brasileira. Não há cenário para discussão de problemas de solvência fiscal no Brasil. Da mesma forma, as despesas diversas de governo estão sob controle. Se observarmos as despesas de pessoal e encargos no Brasil em relação ao PIB, caiu de 4,5% para 4,2% ainda em 2013. Nós últimos dez anos caiu de 2003 a 2013, caiu em relação ao PIB de 4,5% para 4,2%. As despesas de juros nominal da dívida em relação ao PIB, dados com posição até junho desse ano caiu de 8,5% para menos de 5%, do PIB, de despesas de juros. E esses recursos, assim como as despe-


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