Manual de tricotomia

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Sem Tricotomia Dvilevicius et al. (2004) em estudo com 640 pacientes não mostrou diferença estatística para números de casos e infecção do sítio cirúrgico quando apresentou 1,06% de infecção com pacientes sem tricotomia. A tricotomia como norma não deve ser realizada, pois não altera o índice de infecção em cirurgias limpas (BIRD; CHRISP; SCRIMGEOUR, 1984).

Meta-análise Em meta-análise realizada em 3 estudos observou-se que 2 deles ( Bekar et al., (2001) e Hoe; Nambiar (1985) apresentaram efeito quase nulo com risco relativo de 1,15 e 0,92, mostrou que as diferenças nos índices de infecção comparados com a não tricotomia são parecidos 5,08% para o grupo com tricotomia para 5,6% para o grupo sem tricotomia, confirmando que os efeitos da tricotomia como a não tricotomia não influenciam nas taxas de infecção. O outro estudo (Tang; Sgourosa, 2001) com menor risco relativo 0,72, favoreceu o efeito benéfico em relação a não tricotomia.

Em relação a Tricotomia com lâmina versus tricotomizador elétrico foram analisados 2 artigos Sellick; Stelmach; Mylotte (1991); Alexander et al. (1983).

Tricotomia com lâmina O uso da lâmina de barbear provoca micro lesões na pele principalmente quando realizada mais de duas horas antes do procedimento cirúrgico, e isto provoca o crescimento bacteriano onde se forma exsudação nos folículos pilosos (AGUIAR et al., 2012; MANGRAM et al., 1999; SEROPIAN; REINOLDS, 1971). Sua utilização deve-se restringer ao mais próximo possível ao tempo do procedimento cirúrgico (KJONNIKSENL; SONDENAA; SEGADALL, 2002).

Tricotomia com tricotomizador elétrico O método de realização da tricotomia demonstra resultados diferentes em relação às infecções e com a utilização do tricotomizador elétrico se torna menos significantes comparados aos outros métodos (De GEEST, 1996; DVILEVICIUS et al., 2004).


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