Julie cross 01 tempest

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conseguia aquele emprego ou me matricularia na escola dela. Eu deixaria essa segunda opção para o plano B. Mas ia evitar a todo custo o plano B, porque envolvia o ensino médio. E, admito, embora eu nunca tivesse estudado numa grande escola pública como a de Holly, as regras básicas das escolas de ensino médio eram praticamente as mesmas em toda parte. Não era fácil entrar no círculo social de alguém sem frequentar os mesmos lugares. – Tudo bem, são vinte horas por semana. Você é quem vai fechar a academia todas as noites. Temos quase mil crianças passando por aqui a cada semana, de modo que nada nunca é igual; esteja pronto para surpresas. – Eu não sou de me chocar facilmente. Não mais. – Ótimo, você pode começar hoje? Levei um segundo para responder. – Sério? Estou contratado? Ele se levantou e caminhou em direção à porta do escritório. – É, eu já estou desesperado. Acabou de queimar uma lâmpada sobre as barras assimétricas e a lista de consertos está crescendo a cada dia. – Obrigado, sr. Steinman. O senhor não faz ideia do quanto preciso deste trabalho – admiti. Ele abriu a porta. – Parece que nós dois vamos sair ganhando. E todos por aqui me chamam de Mike. – Certo. – Venha, vou lhe mostrar o vestiário dos funcionários e o armário da manutenção. Meu pulso já estava acelerando. Ela estava ali, em algum lugar. Mas não era a minha Holly. Pelo menos, ainda não. Eu segui Mike por todo piso acarpetado da academia de ginástica e entre as traves de equilíbrio. Minhas pernas tremiam e eu mal ouvi quando ele abriu um armário vazio e me passou instruções e horários de limpeza.


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