CLIPPING FAPEAM

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Brasileira (AEB/MCTI), José Raimundo Coelho, o diretor do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden/MCTI), Agostinho Ogura, o chefe do Departamento de Ciência e Tecnologia do Ministério de Relações Exteriores, Ademar Seabra, e o embaixador do Japão no Brasil, Akira Miwa, entre outros. Modelo O secretário Carlos Nobre ressaltou a histórica relação com a Jica na área de mudanças do clima, estudos em florestas tropicais e, recentemente, em desastres naturais. A própria criação do Cemaden, comentou ele, segue modelo implantado pelo Japão ao adotar uma estrutura técnico-científica à parte e de suporte ao sistema de defesa civil. “Hoje o Cemaden conta com 100 funcionários e 30 doutores e cientistas”, informou Nobre aos japoneses ao destacar o esforço do governo brasileiro, que desenvolveu programas e ações específicas para a área, e a nova percepção da sociedade sobre a vulnerabilidade do país, diante da seca e das chuvas –especialmente, após a maior tragédia natural, ocorrida há dois anos, na região serrana do Rio de Janeiro, que resultou na morte de mais de 900 pessoas. Agostinho Ogura falou da trajetória do Cemaden, que foi criado por decreto presidencial em julho de 2011 e passou a operar 24 horas por dia, monitorando 56 municípios em áreas de risco, em dezembro. “Foi um recorde técnico-científico”, avaliou. Ogura também ressaltou o interesse em firmar parcerias com instituições de outros países. Para o diretor do centro, o Japão é um país de referência na gestão de risco de desastres naturais, onde se montou uma estrutura de obras de proteção, prevenção, redução de riscos, monitoramento e alertas em função da ocorrência em seu território dos principais desastres naturais – tanto de natureza geológica (como terremotos, tsunamis e erupções vulcânicas) quanto de natureza meteorológica (chuvas torrenciais, deslizamentos e enxurradas). “Então essa cultura japonesa é milenar. É um país consolidado sob o ponto de vista de como lhe dar com os desastres, tanto na área técnico-científica e no entendimento dos cenários de risco, quanto na possibilidade de uso de tecnologias e de organização do sistema público para atuar na questão do desastre”, frisou. “Eles têm muito a contribuir com o Brasil.” Cooperação Brasil-Japão Em 2008, o governo japonês instituiu o programa Parceria em Pesquisa Científica e Tecnológica para o Desenvolvimento Sustentável, iniciativa de apoio a pesquisas conjuntas de ponta com instituições congêneres de países em desenvolvimento. O Programa de Cooperação Técnica do Japão no Brasil é conduzido pela Jica e tem como objetivo contribuir para o desenvolvimento socioeconômico do país, por meio da transferência de conhecimento e tecnologia japoneses a instituições brasileiras. Entre as parcerias estão atividades nas áreas de biocombustíveis, produção de soja, estudo sobre a dinâmica do carbono na região amazônica, para o desenvolvimento de tecnologia na área agrícola e para diagnóstico de infecções por fungos em pacientes com Aids e para o estudo de cenários futuros de mudança do clima. O projeto para Fortalecimento da Estratégica Nacional em Gestão Integrada de Riscos em Desastres Naturais prevê a parceria, além do MCTI, com o Ministério das Cidades e com o Ministério da Interação Nacional. http://www.mcti.gov.br/index.php/content/view/344802/Brasil_e_Japao_discutem_cooperacao_na_ area_de_desastres_naturais.html


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