GESTÃO
TRÊS NÍVEIS DE PLANEJAMENTO Planejamento estratégico: é uma atividade de gestão organizacional que auxilia a empresa a cumprir com seus objetivos a partir da definição clara de prioridades e estratégias no longo prazo. Esse plano assegura que os colaboradores e demais partes envolvidas trabalhem sempre em direção a metas comuns, concentrando energia e recursos. Planejamento tático: ele é o responsável por criar metas e condições para que as ações estabelecidas no planejamento estratégico sejam atingidas; e as decisões são tomadas entre diretores e gerentes. Os planos já serão mais detalhados e o escopo de tempo futuro será o médio prazo, de um a três anos. Planejamento operacional: é o desdobramento do planejamento tático e envolve toda a organização, todos que executam as ações para se atingir os objetivos, no curto prazo (de três a seis meses). Os níveis envolvidos serão os que irão cuidar diretamente das rotinas, executando as ações de acordo com o que foi definido.
É fundamental que, anualmente, as empresas desenvolvam um plano de ação prevendo metas futuras e que o mesmo seja ajustado sempre que houver mudanças no cenário
ra acadêmica da Academia de Va-
reversa, descarte ou saldões com di-
rejo, Patricia Cotti.
minuição de margem”, alerta Patricia
O que levar em consideração?
Cotti, da Academia de Varejo. E além da área de vendas, o vare-
No varejo, alguns temas são es-
jo também precisa contemplar ou-
senciais na hora de elaborar um pla-
tros pontos no planejamento. “Dian-
no de ação, a exemplo das questões
te de uma realidade em que o clien-
atreladas à área de vendas. “Deve
te deve ser foco de qualquer estra-
ser realizada a elaboração de metas
tégia, o comportamento do consu-
para vendas, bem como, controlar
midor precisa ser sempre levado em
e monitorar tais objetivos. Acompa-
consideração, entendendo suas de-
nhar as vendas por metro quadra-
mandas”, aconselha o consultor do
do, por funcionário e por checkout
Serviço Brasileiro de Apoio às Micro
são algumas das variáveis relevan-
e Pequenas Empresas, de São Paulo
tes para no setor de supermerca-
(Sebrae-SP), Fabiano Nagamatsu, sa-
dos”, sugere Mariano.
lientando que o plano também po-
É essencial ainda que o varejista es-
de contemplar outros pontos, como
tude bem as suas projeções e históri-
investimentos futuros; otimização
co, bem como o momento econômi-
das atividades operacionais; recur-
co do mercado e intenção de compra
sos humanos; tecnologias; fornece-
dos consumidores. Afinal, um planeja-
dores; e avaliação constante para vi-
mento de demanda errado pode oca-
sualizar se o que a empresa oferece
sionar tanto a falta de produto quan-
condiz com as necessidades do mer-
to o excesso dele. E ambos são extre-
cado. A concorrência também pre-
mamente prejudiciais à empresa. “A
cisa ser observada, mas com caute-
falta de produto, também conhecida
la. “Às vezes, a concorrência desen-
por ruptura, muitas vezes, ocasiona
volve uma ação, mas nem sempre a
o abandono da cesta de compras do
sua loja tem estrutura para acompa-
consumidor. Por outro lado, o esto-
nhar aquela realidade. Portanto, a
que elevado causa perdas e prejuízos
capacidade interna precisa ser ava-
financeiros, com custos de logística
liada”, adverte Nagamatsu.
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