Edição 51 - Destaque de Evolução

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GESTÃO

TRÊS NÍVEIS DE PLANEJAMENTO Planejamento estratégico: é uma atividade de gestão organizacional que auxilia a empresa a cumprir com seus objetivos a partir da definição clara de prioridades e estratégias no longo prazo. Esse plano assegura que os colaboradores e demais partes envolvidas trabalhem sempre em direção a metas comuns, concentrando energia e recursos. Planejamento tático: ele é o responsável por criar metas e condições para que as ações estabelecidas no planejamento estratégico sejam atingidas; e as decisões são tomadas entre diretores e gerentes. Os planos já serão mais detalhados e o escopo de tempo futuro será o médio prazo, de um a três anos. Planejamento operacional: é o desdobramento do planejamento tático e envolve toda a organização, todos que executam as ações para se atingir os objetivos, no curto prazo (de três a seis meses). Os níveis envolvidos serão os que irão cuidar diretamente das rotinas, executando as ações de acordo com o que foi definido.

É fundamental que, anualmente, as empresas desenvolvam um plano de ação prevendo metas futuras e que o mesmo seja ajustado sempre que houver mudanças no cenário

ra acadêmica da Academia de Va-

reversa, descarte ou saldões com di-

rejo, Patricia Cotti.

minuição de margem”, alerta Patricia

O que levar em consideração?

Cotti, da Academia de Varejo. E além da área de vendas, o vare-

No varejo, alguns temas são es-

jo também precisa contemplar ou-

senciais na hora de elaborar um pla-

tros pontos no planejamento. “Dian-

no de ação, a exemplo das questões

te de uma realidade em que o clien-

atreladas à área de vendas. “Deve

te deve ser foco de qualquer estra-

ser realizada a elaboração de metas

tégia, o comportamento do consu-

para vendas, bem como, controlar

midor precisa ser sempre levado em

e monitorar tais objetivos. Acompa-

consideração, entendendo suas de-

nhar as vendas por metro quadra-

mandas”, aconselha o consultor do

do, por funcionário e por checkout

Serviço Brasileiro de Apoio às Micro

são algumas das variáveis relevan-

e Pequenas Empresas, de São Paulo

tes para no setor de supermerca-

(Sebrae-SP), Fabiano Nagamatsu, sa-

dos”, sugere Mariano.

lientando que o plano também po-

É essencial ainda que o varejista es-

de contemplar outros pontos, como

tude bem as suas projeções e históri-

investimentos futuros; otimização

co, bem como o momento econômi-

das atividades operacionais; recur-

co do mercado e intenção de compra

sos humanos; tecnologias; fornece-

dos consumidores. Afinal, um planeja-

dores; e avaliação constante para vi-

mento de demanda errado pode oca-

sualizar se o que a empresa oferece

sionar tanto a falta de produto quan-

condiz com as necessidades do mer-

to o excesso dele. E ambos são extre-

cado. A concorrência também pre-

mamente prejudiciais à empresa. “A

cisa ser observada, mas com caute-

falta de produto, também conhecida

la. “Às vezes, a concorrência desen-

por ruptura, muitas vezes, ocasiona

volve uma ação, mas nem sempre a

o abandono da cesta de compras do

sua loja tem estrutura para acompa-

consumidor. Por outro lado, o esto-

nhar aquela realidade. Portanto, a

que elevado causa perdas e prejuízos

capacidade interna precisa ser ava-

financeiros, com custos de logística

liada”, adverte Nagamatsu.

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