Arte Londrina 5

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ARTE LONDRINA 5

A instalação Célula-Corpo reflete sobre diversas compreensões da ideia de corpo, considerando diferentes disciplinas. Com fios de cobre, Margarida Holler tece os corpos sociais do contemporâneo repensando suas reminiscências históricas transpassadas pelo “corpo utópico” descrito por Michel Foucault. Ao mesmo tempo que essas tessituras emergem em células individuais (que diferem nos tons das cores, nas espessuras dos fios e nas dimensões), uma simbiose emerge a partir de suas sobreposições. Esses corpos, por sua vez, instalados no espaço expositivo dão a ver uma discussão sobre sistemas – sociais, econômicos e culturais – pelos quais espera-se que o público perambule. Por fim, um corpo na parede engloba imãs cobertos por terra roxa: a terra que era a grande promessa para os migrantes e imigrantes que construíram a cidade de Londrina. E, nessa imantação (no seu sentido literal e figurado) ativada pelos trabalhos artísticos, Célula-Corpo é construída tal qual um mapa em que se pode imergir. Ananda Carvalho

Célula-corpo, 2016 Instalação Dimensões variáveis

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