AHoraDoCinemaDigital_LuizGonzagaAssisDeLuca

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telas dos cinemas e nas vendas em dvd, embora tivesse um perfil hermético para o público. Os filmes que se destinam ao mercado não possuem regras fixas ou preeestabelecidas que permitam prever a sua carreira de vendas. Se assim fosse, os grandes estúdios norte-americanos não teriam fracassos. De toda forma, embora não se tenham fórmulas, sabe-se que, dificilmente, um filme produzido com parcos recursos técnicos e financeiros chegará à tela de um grande multiplex.

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O cinema digital viabiliza que os filmes produzidos sem o guarda-chuva da “grande indústria” cheguem às telas dos cinemas em seus nichos de mercado. Propicia, também, que existam salas de exibição construídas com um menor investimento, pois se propõem a exibir filmes adequados ao seu público, que não está interessado em uma projeção com telas de 200 metros quadrados, tampouco na poltrona de couro reclinável. Aqui, o PONTO CINE, instalado no bairro de Guadalupe, no Rio de Janeiro, é um exemplo de como se divide o “grande mercado” , o “mercado de nichos” e o trabalho eminentemente cultural. Lá é realizado um trabalho excepcional de difusão dos filmes, apoiado por recursos patrocinados, dirigidos a projetos específicos e não à promoção da marca do patrocinador por si própria. Deveria ser um modelo a ser copiado

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