OS IMORTAIS - Lua Azul 02

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e achando o seu quarto “especial” “Ah, vamos lá” ela disse, sorrindo como uma adolescente rebelde que recebeu a notícia que os pais vão ficar fora o fim de semana. “A escola termina que horas ? 14:50?” Eu balanço a cabeça, mais isso é o bastante para encorajá-la . “E então leva o que? 10 minutos da escola até aqui?” “Mais pra 2” Eu balancei a cabeça “Não, menos que isso. Mais pra 30 segundos. Você não tem idéia do quão rápido Damen dirige” Ela olhou o relógio de novo, e então olhou para mim. Um sorriso brincando no canto da sua boca quando ela disse: “Bem, isso ainda nos deixa tempo para dar uma olhada ao redor, trocar as bebidas, e ir pelo nosso caminho.” E quando eu olho para ela, tudo o que eu posso ouvir é uma voz gritando na minha cabeça: Diga não! Diga não! Só. Diga. Não! Uma voz que eu deveria ouvir. Uma voz que é imediatamente cancelada quando ela diz: “Vamos lá Ever, não é todo dia que eu posso dar um tour em uma casa como essa. Além disso nós podemos achar alguma coisa útil, você já considerou isso ?” Eu pressionei meus lábios juntos, e aceno, como se isso me doesse. Relutantemente eu a sigo quando ela corre como uma adolescente excitada em ver sua sala na escola, quando a verdade é, que ela é uma década mais velha que eu. Indo direto a primeira porta que ela vê, o que aconteceu de ser só o seu quarto, e eu a segui para dentro, não tendo certeza de estar surpresa ou aliviada de estar do jeito em que eu o deixei. Bagunça. Só bagunça. E eu me recuso em pensar como isso aconteceu. Os mesmos lençóis, os mesmos móveis, até a tinta na parede – nada disso - eu estou feliz em informar – mudou. São as mesmas coisas que eu o ajudei a escolher semana passada, quando eu me recusei a passar outro minuto com o seu mausoléu assustador, que acredite ou não, ele costumava dormir. Quero dizer, todas aquelas memórias antigas, estão começando a realmente a me apavorar. Nunca esquecendo o fato que, tecnicamente, eu sou uma dessas memórias antigas também. Mas mesmo depois dos móveis novos, eu ainda prefiro a minha casa. Eu acho que eu só me sinto – eu não sei – segura?. Como se saber que Sabine chegará em casa a qualquer minuto me impeça de fazer alguma coisa que eu não tinha certeza, que eu estava pronta para fazer. Que agora, com tudo isso acontecendo, parece mais que ridículo. “WOW! De uma olhada nesse banheiro!” Ava disse, vendo o chuveiro romano, com o mosaico e desenhado para caber 20 pessoas. “Eu poderia me acostumar a viver assim” Ela se empoleirou na borda da jacuzzi e começou a brincar com as torneiras. “Eu sempre quis uma dessas! Você já usou isso?” Eu desviei o olhar, mais não antes de ela me ver corar. Quero dizer, não é porque eu dividi alguns segredos com ela e permiti que ela subisse aqui, não significa que ela tem acesso livre para a minha vida privada. “Eu tenho uma em casa,” Eu disse finalmente, esperando que isso seja suficiente para terminarmos com o tour aqui, para que eu possa voltar lá para baixo e trocar o elixir de Damen com o meu. E se ela ficar sozinha aqui em cima, tenho medo que ela nunca saia. Eu apontei para o relógio, só para ela lembrar de quem está no comando aqui. “Tudo bem” Ela disse, arrastando os seus pés do banheiro para o corredor. Só para parar algumas portas depois e dizer: “Sério, o que tem aqui?” E antes que eu possa pará-la, ela entrou no quarto – o espaço secreto de Damen. O seu santuário privado. Seu museu assustador. Só que está mudado. Quero dizer, drasticamente e dramaticamente mudado. Todas as lembranças do velho Damen, foram completamente apagadas – sem Picasso, Van Gogh , sem veludo ou canapé a vista. Tudo trocado por uma mesa de bilhar com feltro vermelho, o bem estocado bar de mármore preto, esculturas cromadas, e uma longa fileira de bancos em frente a uma enorme TV de


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