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Diário do Amazonas Terça-feira, 12 de abril de 2011

SALAS ONDE ACONTECEU MASSACRE NÃO SERVIRÃO MAIS PARA AULA

DO JAPÃO

Importação de Após tragédia, pais tem pedem transferência alimentos novas regras

A movimentação ainda é bem grande na porta da Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na zona oeste da cidade, cinco dias depois de um atirador matar 12 crianças e deixar dez feridas.

A calçada do colégio está tomada por flores, velas, cartazes e até brinquedos. Ontem, garis da Companhia de Limpeza Urbana (Comlurb) do município, começaram a limpar o interior da escola. Eles estão lavando as manchas de sangue nas paredes, portas, no chão das salas, corredores, escada e na entrada do prédio. A escola continua fechada, e o acesso só é permitido a professores e funcionários. Pela manhã, dois responsáveis foram à escola pedir a transferência dos netos, mas ouviram do porteiro que talvez não fosse possível conseguir o documento nesta segunda-feira. Os pais que chegam para pegar as mochilas e material escolar das crianças es-

Bilhete colocado na escola Tasso da Silveira indica horário de terapia e em grupo para pais e alunos após massacre de quinta-feira / Foto: Tasso Marcelo/AE

tão sendo orientados a retornar a partir das 14 h. Ubiratan Soares, de 65 anos, disse que a neta, que estuda na Tasso da Silveira à tarde, não quer mais entrar no colégio e que por isso foi pedir a transferência da menina. “Ela não quer mais voltar para essa escola. Ela não consegue dormir, fica vendo televisão a noite toda”, desabafou.

Salas de aula As duas salas da Escola Municipal Tasso da Silveira onde, na última quinta-feira, o atirador Wellington Menezes de Oliveira fez disparos contra os alunos não serão mais destinadas às aulas. Os espaços serão transformados em biblioteca digital. Fale com o editor redacao@diarioam.com.br

DEZANOS

IBAMA

Triplicamos formados em cursoSuperior

Menos de 1% das multas são pagas

O número de estudantes formados por ano na Educação Superior é o triplo do que se formava há dez anos, disse ontem o ministro da Educação, Fernando Haddad, em Natal. Hoje são 950 mil contra os 350 mil de dez anos atrás, segundo Haddad. De acordo com o ministro, “ampliamos a proporção de estudantes por função docente e investimos em inovações pedagógicas como os bacharelados interdisciplinares, entre outras ações”, disse. Fernando Haddad disse, aindaR que o desenvolvimento da Região Nordeste passa pela geração de mão de obra qualificada e pelo desenvolvimento de projetos de resgate da enorme dívida que o País tem com a região.

Menos de 1% do valor das multas aplicadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) por infrações ambientais chegam efetivamente aos cofres públicos, aponta relatório do próprio órgão obtido pelo jornal O Estado de S. Paulo. O documento traz um panorama das autuações feitas entre 2005 e 2010. O porcentual médio de multas pagas no período foi de 0,75%. No ano passado, o índice foi ainda menor - apenas 0,2%. Os dados mostram ainda que o número de multas aplicadas caiu 42% no período - de 32.577 multas em 2005 para 18.686 em 2010,

bem como os valores relacionados a essas multas. A maior parte das autuações está associada a crimes contra a flora, o que inclui desmatamentos, queimadas e venda de madeira ilegal. Há ainda Estados com autuações bilionárias. É o caso do Pará, que desde 2005 encabeça a lista de recordistas em multas por infrações ambientais. Só em 2010, o valor das autuações soma R$ 1,02 bilhão. Mato Grosso vem em segundo lugar, com R$ 376,5 milhões em 2010. O baixo porcentual de multas efetivamente pagas reflete, segundo o próprio Ibama e especialistas, a complexa tramitação dos processos de apuração de infrações ambientais.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) definiu critérios para a importação pelo Brasil de produtos e matérias-primas originários do Japão e fabricados a partir de 11 de março. A resolução foi publicada ontem no Diário Oficial da União. As normas detalham regras de outra resolução, publicada no último dia 1º. Entre elas, está a de que os produtos importados do Japão só poderão chegar aos portos do Rio de Janeiro e de São Paulo. De acordo com a resolução, fica proibida a entrada

no Brasil de produtos trazidos do Japão por pessoa física. No caso das empresas, a importadora deverá apresentar a Declaração da Autoridade Japonesa sobre cada produto. O rótulo do produto deverá conter informações como a origem e a data de fabricação e de embalagem. As mercadorias importadas só serão disponibilizadas para consumo após emissão do laudo laboratorial da Anvisa. Os produtos que estiverem em desacordo com os limites de radiação serão descartados ou devolvidos ao exportador.


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