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V WORKSHOP DO CYSMUS 2 5
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A quinta edição do encontro anual do Núcleo de Estudos em Música e Cibercultura decorre a 25 de Junho 2020 adaptado aos contornos actuais em que todos nos encontramos devido ao surto pandémico de COVID-19. Numa edição totalmente digital via ZOOM com admissão livre através da inscrição prévia num formulário, este encontro reúne os membros e colaboradores do núcleo, convidados e estudantes de outros ciclos de estudo, sendo assim um espaço aberto para a apresentação, partilha e discussão dos trabalhos em curso dos seus investigadores, aliado à oportunidade de dar a conhecer a produção de estudantes interessados na área da musicologia e cibercultura. A edição deste ano de 2020 conta com seis comunicações em dois painéis e ainda uma mesa redonda intitulada AC | DC: os impactos da pandemia COVID-19 na produção artística on e offline.
coordenação
Joana Freitas Júlia Durand Paula Gomes-Ribeiro
participação de
André Malhado Joana Freitas João Francisco Porfírio João Pedro Cachopo Jorge Martins Rosa
Júlia Durand Mariana Cabica Marcelo Franca Paula Gomes-Ribeiro
SOBRE O CYSMUS O CysMus define-se como um núcleo de investigação que integra investigadores e estudantes de diferentes graus académicos com um interesse comum: a exploração das diferentes práticas e interacções musicais no panorama actual de sociabilidades e comunidades existentes na internet das coisas. As bases teóricas do núcleo procuram ser interdisciplinares, de modo a formar um enquadramento que se adeqúe à complexidade dos objectos e processos estudados. Com esse objectivo em vista, as suas abordagens integram perspectivas e metodologias da musicologia, sociologia e antropologia da música, game studies, estudos culturais, estudos digitais, média e estudos de comunicação, música e cinema, narratologia, entre outros. O CysMus integra também o núcleo mais abrangente SociMus, dedicado à investigação de uma grande variedade de práticas musicais partindo dos preceitos e ferramentas da sociologia da música. Estas motivações do CysMus advêm em grande parte do reconhecimento do quão prevalentes e determinantes são as sociabilidades e fenómenos culturais desenvolvidos numa multiplicidade de plataformas online e criações audiovisuais. Advêm, também, da consciência de que esses mesmos meios e produtos são ainda pouco representados e discutidos em estudos académicos, sobretudo quando atendendo à sua enorme quantidade e impacto actualmente. Com essas preocupações em vista, entre as várias questões e problemáticas que o CysMus pretende abordar podem destacar-se: O estudo de cibercomunidades e da cultura de fãs em torno de determinados músicos e criações musicais, bem como as múltiplas políticas de interactividade e sociabilidades entre utilizadores, consumidores, criadores e empresas; A análise de música em tipos variados de produtos audiovisuais digitais (videojogos, séries, filmes, spots publicitários, videoclips, entre outros); A exploração dos modos de circulação e partilha de materiais ou conteúdos audiovisuais em diversas plataformas e sistemas online (como o streaming, liveblogging, Youtube e outras plataformas de partilha de conteúdos, redes sociais), juntamente com a coprodução e co-criação de produtos audiovisuais por parte de utilizadores, e a sua possível capitalização por entidades ou empresas online; O estudo das transformações de determinadas profissões e práticas musicais, associadas a novas lógicas de direitos de autor e hipóteses de comercialização e disseminação. O CysMus procura assim contribuir para a criação de intersecções entre os estudos de videojogos, cinema, televisão, internet, e outros média com a investigação em música. Para além disso, tem como objectivo dinamizar encontros científicos, workshops e outros eventos pontuais onde se possam reunir todos os interessados, independentemente do seu background ou experiência, de modo a criar um espaço de discussão e partilha de ideias que visem estas questões, que considera incontornáveis e essenciais de serem abordadas e exploradas.
COORDENAÇÃO
Joana Freitas, Júlia Durand e Paula Gomes-Ribeiro
EQUIPA
Membros: André Malhado, João Francisco Porfírio, Joana Freitas, Júlia Durand, Luís Espírito Santo, Marcelo Franca, Marília Moledo, Paula Gomes-Ribeiro Colaboradores: Daniel Camalhão, Filipa Cruz , Fábio Rodrigues, Tiago Fonseca e Vasco Completo
CONTACTOS cysmus.cesem@fcsh.unl.pt www.cysmus-cesem.weebly.com @cysmus.cesem
programa Painel 1
14h
Júlia Durand
“Medical Tension”, “In It Together”, e outros preparativos da música de catálogo face ao Covid-19 Joana Freitas
"Covid and chill": diversidade (d)e respostas dos videojogos e dimensões musicais à pandemia COVID-19 João Francisco Porfírio “Sleep Music to Boost Immunity” – a adaptação de conteúdos sonoros e audiovisuais à situação de pandemia e confinamento social
Painel 2 16h
André Malhado
Ontologias do metodológicas
vídeo
musical:
reflexões
teórico-
Marcelo Franca Convergências entre o pensamento estético de J. Rancière e T. W. Adorno: DIY e a faculdade social da obra de arte Mariana Cabica
A criação musical por inteligência artificial
Mesa redonda 18h
AC | DC: os impactos da pandemia COVID-19 na produção artística on e offline com Jorge Martins Rosa (ICNOVA), João Pedro Cachopo (CESEM) e Paula Gomes-Ribeiro (CESEM) moderação André Malhado
resumos notas biogrรกficas
ANDRÉ MALHADO
Ontologias do vídeo musical: reflexões teórico-metodológicas Na maioria das reflexões existentes sobre os vídeos musicais existe uma tendência para o considerar uma ferramenta de marketing e um produto que, socialmente, tem como propósito divulgar o trabalho artístico. Partindo de diversos estudos existentes, defende- se que o vídeo musical não pode ser visto apenas como objecto promocional, pois é um elemento fundamental na construção da identidade artística dos músicos. A abordagem é interdisciplinar e cruza fundamentos musicológicos, sociológicos e semióticos. Como método, analisam-se algumas perspectivas importantes no estudo desta problemática e complementa-se com teorias da identidade e representação. Os estudos de caso fazem parte da cultura de electrónica de dança. Esta reflexão conduzirnos-á à desconstrução de abordagens unilaterais que, por um lado, evidenciam o formato, ou o modo como produz representações políticas, sendo clara uma certa ideologia da visão. Por outro, é igualmente insuficiente desincorporar a imagem e ter primazia no som, visto o dispositivo ser constituído por mais do que a dimensão auditiva. A perspectiva adoptada nesta comunicação é a de que o vídeo musical deve ser analisado dialogicamente, observando a música à luz de uma teoria social crítica da identidade, pois permite ir além das funcionalidades mais habituais e entrar no campo da prática significante. Conclui-se que são dispositivos que oferecem experiências musico-dramáticas onde os músicos forjam, reproduzem e transformam as suas identidades artísticas. Isto é ainda mais notório se o artista fizer parte da diegese, na qualidade de actor, propiciando um espaço para a performatividade da sua identidade. Nota biográfica Doutorando em Ciências Musicais Históricas pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (NOVA FCSH) e detentor de uma bolsa da Fundação para a Ciência e Tecnologia (SFRH/BD/145674/2019). Tem um Curso de Produção e Criação Musical (2014), bem como uma licenciatura (2017) e mestrado (2019) em Ciências Musicais na NOVA FCSH. As suas áreas de interesse são a Sociologia da Música, Música e Audiovisuais, Música e Media, Estudos de Cibercultura e Estudos de Género. Desde 2016 é colaborador no Centro de Estudos de Sociologia e Estética Musical da NOVA FCSH, onde é membro do grupo Teoria Crítica e Comunicação, e dos núcleos de Estudos Avançados em Sociologia da Música (SociMus) e de Estudos em Música e Cibercultura (CysMus). Contacto andreadnmalhado@gmail.com
JOANA FREITAS
"Covid and chill": diversidade (d)e respostas dos videojogos e dimensões musicais à pandemia COVID-19 A pandemia COVID-19 e o respectivo impacto a nível internacional despoletou um conjunto de reflexões e posteriores transformações de hábitos de consumo e relacionamento social no quotidiano. A necessidade de confinamento e de consequente aumento da frequência de espaços em rede resultou, entre outros factores, na deslocalização do consumo musical dos movimentos diários entre trabalho e casa, por exemplo - seja no carro ou em transportes públicos - para contextos domésticos e a qualquer hora do dia, reconfigurando assim as rotinas pessoais e as respostas das indústrias também. Em particular, é de notar o aumento significativo da audição musical via Spotify em suportes gaming, desde consolas a plataformas de videojogos, aliado ainda à subida exponencial da compra e/ou contacto por parte de um público muito heterogéneo a esta indústria desde início de Março 2020. No panorama actual de um processo crescente de videoludificação da sociedade (Mäyra 2008, 2017; Muriel e Crawford 2018), os videojogos têm um papel central no tecido social contemporâneo e na compreensão do panorama cultural de hoje em dia. No contexto pandémico do início do ano, o isolamento é contraposto pela necessidade de integrar espaços virtuais de produção de significado e agência, cuja dimensão musical atravessa todo o processo interactivo e de formação de imersão, empatia e identidade. Numa altura em que não é possível sair de casa e sim explorar universos alternativos, este trabalho tem como objectivo examinar o videojogo Stardew Valley (Barone 2016) no qual, alusivo à prática de farming, as suas dimensões musical e sonora muito têm um papel central na ideia não só de relaxamento como de engajamento com o mundo e a criação de empatia com a personagem controlada pelo jogador. Nota biográfica Joana Freitas é doutoranda em Ciências Musicais Históricas na NOVA FCSH com uma bolsa de doutoramento FCT (SFRH/BD/139120/2018) e concluiu o mestrado na mesma instituição com a dissertação “The music is the only thing you don’t have to mod": a composição musical em ficheiros de modificação para videojogos. É actualmente membro do Grupo de Teoria Crítica e Comunicação (GTCC) e respectivas linhas de investigação SociMus, CysMus e NEGEM do Centro de Estudos em Sociologia e Estética Musical (CESEM). As suas principais áreas de interesse são a ludomusicologia e o estudo da música em videojogos e audiovisuais, a música e sociabilidades em plataformas digitais e estudos de música e género. Contacto joanareisfreitas@fcsh.unl.pt
JOÃO FRANCISCO PORFÍRIO
“Sleep Music to Boost Immunity.” – a adaptação de conteúdos sonoros e audiovisuais à situação de pandemia e confinamento social O ano de 2020 fica marcado pela propagação do vírus Covid-19 a nível mundial, pela implementação de medidas de confinamento e de distanciamento social e pela consequente reestruturação das rotinas diárias. O perigo de contaminação por Covid19 e a restruturação da vida doméstica e familiar em articulação com a vida laboral, levam a que muitas pessoas se encontrem em estados de ansiedade característicos de momentos de stress como o que vivemos atualmente. No YouTube, em março e abril - meses em que o confinamento foi assumido de forma quase generalizado - a procura de conteúdos a partir dos termos de pesquisa como “sleeping meditation music” ou “relaxing music for stress relief”, aumentou exponencialmente. Nesta plataforma, um dos principais agentes de difusão deste tipo de conteúdos é o canal Yellow Brick Cinema - Relaxing Music que, também nos meses de março e abril, viu aumentados o número de subscritores e de visualizações dos seus vídeos. No mesmo período o canal começou a partilhar conteúdos que contém no título termos como “Lockdown sleep music” ou “Sleep music for quarentine 24/7”. Nesta comunicação, circunscrevendo-me a este canal de YouTube específico, recorro a comentários dos utilizadores dos vídeos aqui em destaque e a ferramentas como o GoogleTrends ou SocialBlabe, para explorar a forma como estes conteúdos sonoros e audiovisuais se adaptaram à situação de pandemia, tentando ir ao encontro das expectativas e necessidades dos seus utilizadores e como as necessidades diárias dos consumos audiovisuais foi influenciada pela situação de confinamento social.
Nota biográfica João Francisco Porfírio é atualmente Doutorando de Ciências Musicais na NOVA FCSH e Bolseiro de Doutoramento FCT (SFRH/BD/136264/2018). Concluiu o Mestrado em Artes Musicais na mesma instituição com a dissertação ‘Sounds Like Home’ – as paisagens sonoras domésticas na construção do quotidiano e como objeto de composição. No CESEM é membro do Grupo de Teoria Crítica e Comunicação, do SociMus e do Cysmus, onde desenvolve investigação em assuntos relacionados com música ambiente e as paisagens sonoras do quotidiano doméstico. Contacto joaoporfirio@fcsh.unl.pt
JÚLIA DURAND
“Sleep Music to Boost Immunity.” – a adaptação de conteúdos sonoros e audiovisuais à situação de pandemia e confinamento social Com a propagação do vírus Covid-19 e as consequentes medidas de isolamento social implementadas por vários países, rapidamente se instalou uma consternação generalizada entre músicos profissionais de diferentes sectores das indústrias musicais: quais seriam os impactos da pandemia na sua actividade laboral? Desde as novas práticas que teriam de adoptar à redução drástica (ou total) da sua remuneração, as soluções a seguir e o debate em seu torno têm maior visibilidade pública no que toca aos concertos cancelados e às aulas de instrumento suspensas. Já a discussão sobre o impacto da pandemia na música de catálogo e nos seus compositores, como tão frequentemente sucede com esta produção musical, passa totalmente despercebida fora desta indústria. Contudo, a pandemia afecta também a música de catálogo, revelando, nos danos que causa – e no que deixa intacto – as suas particularidades: por um lado, a maioria dos seus músicos, habituados a compor com samples nos seus estúdios caseiros, não viram o seu trabalho quotidiano alterado; mas seguiram com preocupação o cancelamento de eventos ou produções audiovisuais (do Super Bowl aos trailers cinematográficos) que teriam utilizado a sua música e que, em tempos normais, seriam uma fonte importante de rendimento. Por outro lado, prepararam-se para continuar a sua principal tarefa: compor música para acompanhar a cobertura mediática da actualidade, respondendo a encomendas da parte de empresas de faixas para playlists com temas como “Medical Tension” e “Hard News”. É essa e outras adaptações da indústria da música de catálogo à actual pandemia que proponho aqui explorar. Nota biográfica Júlia Durand é membro do Núcleo de Estudos em Género e Música (NEGEM), do Grupo de Estudos Avançados em Sociologia da Música (SociMus) e do Núcleo de Estudos em Música e Cibercultura (CysMus), do Centro de Estudos de Sociologia e Estética Musical (CESEM). Concluiu a licenciatura e mestrado em Ciências Musicais na NOVA FCSH, encontrando-se de momento a realizar o doutoramento em Ciências Musicais – Ciências Musicais Históricas na mesma universidade, enquanto Bolseira de Doutoramento FCT (SFRH/BD/132254/2017). A sua investigação centra-se maioritariamente no uso da música em meios audiovisuais, em particular na produção e utilização de música de catálogo (ou library music) e a sua comercialização em plataformas online. Desde 2015, desempenha também uma actividade de escrita de guiões para espectáculos musico-teatrais e música electrónica. Contacto juliahmc94@gmail.com
MARIANA CABICA
A criação musical por inteligência artificial A criação de música exclusivamente por inteligência artificial é uma área ainda no início do seu desenvolvimento. Apesar disso, a primeira experiência de composição através de inteligência artificial aconteceu em 1957. Em seguimento desta experiência inicial, este campo começou a ser mais explorado, e atualmente já existem vários exemplos deste tipo de composições. A maioria vem em softwares de criação musical, outros em artistas que utilizam músicas compostas por inteligência artificial e novos artistas não humanos cujas músicas são compostas por inteligência artificial. Os exemplos a ser usados neste trabalho passam pelos softwares Amper Music, Ecrett Music e Aiva, de entre os quais a maioria são comercializados como uma alternativa para a stock music, pois não lidam com questões de copyright, e os outros servem apenas para criação criativa. Além disso serão explorados os exemplos da label Auxuman que é composta por 5 artistas, que utilizam exclusivamente inteligência artificial para a composição e apresentação das suas músicas, e o álbum I Am AI de Taryn Southern, que foi produzido exclusivamente por softwares de composição musical. Estes exemplos levantam questões: Como é definido o copyright de músicas compostas por inteligência artificial? Como é que certos softwares de composição musical podem vir a substituir stock music? Qual a possibilidade de estrelato de artistas não humanos? Tendo em conta o histórico expressivo da música, como é possível a inteligência artificial transmitir o sentimento humano nas suas composições musicais? Com o desenvolvimento técnologico é possível que a aplicação da inteligência artificial na música pode vir a aumentar, mas até ao momento as formas como é utilizado não são muito conhecidas. Nota biográfica Mariana Cabica é estudante da Licenciatura em Ciências Musicais da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa desde 2018. Completou o ensino artístico especializado em música em Violino no Conservatório Regional de Setúbal, onde despertou o interesse pela investigação em música com a realização de uma Prova de Aptidão Artística no tema das mulheres na história da música erudita. Os seus principais interesses são os estudos de género em música, a interação da sociedade com a música, especialmente o consumo de música, e, mais recentemente, a aplicação da inteligência artificial no processo de criação musical. Contacto marianacabica@gmail.com
MARCELO FRANCA
Convergências entre o pensamento estético de J. Rancière e T. W. Adorno: DIY e a faculdade social da obra de arte A cultura DIY é privilegiada de inúmeras ramificações, desde comportamento de consumo, a mudanças de quotidiano doméstico e estudos de género, “historiografia” que possibilita a existência desta ética na Grécia Antiga, até à Maker Culture que engloba o espírito de artesão do ser humano, o learning-through-doing e a felicidade de quem participa nesta, e ainda a determinadas cenas musicais, desde o punk até ao heavy metal. Num conjunto vasto de problemas que podem ser levantados associados à disseminação desta prática na contemporaneidade, é possível destacar a relação entre a cultura DIY e a sua consequente economia circular e ecossistemas sociais em espaços artísticos de modo a analisar a sua ligação com as questões social e política da obra de arte. Ao procurar estabelecer uma ponte entre o activismo artístico e, em simultâneo, a crítica do mesmo, este trabalho pretende discutir as concepções dos autores T. W. Adorno e Jacques Rancière acerca deste fenómeno na arte e o seu enquadramento das esferas políticas e sociais actuais, procurando salientar determinadas perspectivas que podem ser particularmente relevantes para a análise deste movimento como uma resposta ao capitalismo, a autonomia da obra de arte e a influência do indivíduo na produção artística contemporânea.
Nota biográfica Marcelo Franca é mestrando em Filosofia na área de especialização de Estética na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade NOVA de Lisboa, sendo licenciado em Ciências Musicais na mesma instituição. Actualmente é membro do CysMus (Núcleo de Estudos em Música e Cibercultura) do Grupo de Teoria Crítica e Comunicação (GTCC) integrados no Centro de Estudos de Sociologia e Estética Musical (CESEM), no qual foi bolseiro de iniciação científica (BIC) entre 2017-2018 (EAT/00693/2013). É guitarrista na banda de melodic hardcore Dharma e os seus interesses focam-se no panorama do metal/hardcore, na música para videojogos e na filosofia e estética musical. Contacto marcelo.franca@fcsh.unl.pt
MESA REDONDA
AC | DC: os impactos da pandemia COVID-19 na produção artística on e offline moderação André Malhado O surto pandémico do vírus COVID-19 é indissociável do #fiqueemcasa. Desde meados de Março de 2020, assiste-se a um conjunto incessante de transformações, adaptações e remediações das diferentes formas de produção artística como resposta à necessidade de fruição cultural a partir dos espaços domésticos. Com os teatros, cinemas e casas de ópera fechados, a interrupção de digressões musicais e o boom de chill music e música para fim-de-semana durante a semana, o consumo musical e artístico tem sido alvo de diversos olhares e atenções em muitas plataformas. Nesta mesa redonda, discutem-se, entre outros aspectos inerentes a este fenómeno, a relação intrínseca das tecnologias e da cultura em rede na produção artística antes de depois do COVID-19, a crescente sensibilização para a valorização do artista em tempos de pandemia e o lugar da arte na sociedade actual on e offline.
Convidados(as): João Pedro Cachopo Jorge Martins Rosa Paula Gomes-Ribeiro
prรณxima iniciativa do cysmus:
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Youtube, music and cyberculture before and after the new decade 1 - 3 October 2020 โ ข Lisbon, Portugal
youtubeconference.cysmus@fcsh.unl.pt https://youtcc2020.weebly.com/ @cysmus.cesem @cysmus_cesem
última publicação do cysmus:
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