Muitos autores classificam a arteterapia como sendo o caminho da
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descoberta pessoal através da arte e baseiam seus estudos e afirmativas nos grandes mestres da psicologia, como Philippini (2002), que afirma existir inúmeras possibilidades de conceituar Arteterapia. Uma delas é considerá-la um processo terapêutico decorrente da utilização de modalidades expressivas diversas, que servem à materialização de símbolos. Uma outra forma de dizer poderá ser simplesmente “terapia através da arte”. Já Pain (1980) afirma que o trabalho de arteterapia se orienta de acordo com várias tendências disponibilizadas pelo arteterapêuta e de acordo com as necessidades apresentadas pelo paciente. O efeito terapêutico sobrevém somente das trocas verbais em torno do conteúdo da obra. A expressão plástica é, então, utilizada como meio de ascender à comunicação verbal ou como única maneira de estabelecer uma comunicação. Na arteterapia o paciente é posto em várias situações, permitindo ao terapêuta
observá-lo
enquanto
vive
uma
experiência
nova,
em
seu
comportamento comunicativo biopsicossocial.
Urrutigaray (2003) diz que através de uma praxe particular, aplicada a uma matéria apta para sofrer transformações, é possível criar um objeto novo. A função desse objeto não vem do uso que se pode fazer dele, nem de seu fim. Sua função é tornar-se signo, assim dizendo, de colocar o sujeito compreensível na ordem de um código e, ao mesmo tempo, torná-lo significante pela diferença que ela impõe a esse mesmo código.